Capítulo 14 . As compras.

Sofia chamou Joana porque além de ser uma amiga, dirige por toda cidade, conhece todas as lojas, é discreta e gosta de ser útil. O primeiro lugar aonde vão é num cabeleireiro, amigo de Sofia, ouve o pedido dela, ele olha para cabeça de Alice, toca o seu cabelo, reclama "Mais quem cortou esse cabelo curto assim?" Alice explica envergonhada, ser ela mesma a responsável pelo estrago. Ele lava, seca, mexe de um lado, corta do outro, resmunga. Alice pensa que vai ficar sem cabelo algum, na cabeça quando vê a quantidade de cabelo no chão. Quando ele termina, sorri, a aconselha a deixar crescer, pois ficará mais harmonioso com o seu rosto, dá-lhe alguns conselhos sobre como cuidar dos cabelos, como pentear e quando ele lhe vira para o espelho…

O espelho, a anos, Alice não se olha no espelho e o que vê a faz sorrir, o que um bom corte de cabelo é uma roupa nova não faz, parece ser outra pessoa olhando para ela.

Sofia sorri: — Não disse que ele daria um jeito? Veja como mudou o seu rosto, valorizou os seus olhos, está linda e sexy, se Vinícius pudesse ver…

Alice abraça o cabeleireiro emocionada, o agradece e a Sofia por terem a deixado "bonita".

A próxima missão é encontrar o vestido de noiva, passam por algumas lojas e nada as empolga. Até que numa loja nova, com vestidos mais simples, Alice experimenta um que lhe fica perfeito, não é de todo branco, como os vestidos de noiva tradicionais, tem alguns detalhes num tom verde bem claro, um decote em V delicado valorizando o seu busto. Sofia e Joana concordam ser o vestido feito para ela.

Sofia: — Alice! Você está parecendo uma fada!

Alice sorri, se sente mesmo um ser fantástico saindo de um esconderijo atrás de alguma árvore, deixando ser vista e encantando os que a observam. As compras continuam, sapatos, calças, blusas, casacos...

Alice fica apreensiva: — Não estamos gastando muito? Será que Vinícius não vai se incomodar?

Sofia: — Não se preocupe. Vinícius nos deu carta branca. Ele não é mesquinho.

Joana: — Tenho certeza que ele vai adorar o resultado. Ainda falta o principal!

Alice: — Mais já compramos tanta coisa!

Joana: — Não compramos as peças íntimas, as que farão a noite pegar fogo!

Alice cora. Mostram-lhe uma infinidade de peças e modelos, ela lembra-se do toque de Vinícius que vê com as pontas dos dedos e escolhe peças macias, rendadas, uma camisola branca, afinal será sua noite de núpcias. Sofia pega um conjunto mais ousado.

Sofia: — Este estou-te dando de presente. Vinícius pode não enxergar, mais tenho certeza que vai imaginar e isso despertará a curiosidade dele. - Sorri com malícia.

Voltam para casa cheias de sacolas, Vinícius, Pedro, Marcos, Mateus e mais algumas pessoas estão na sala. Quando Marcos vê Alice arregala os olhos.

Pedro gagueja: — Ah! Nossa! Como está... está bonita a menina. Quero dizer... Não que era feia... mais... me desculpe sou todo atrapalhado. Está muito bonita Alice.

Alice sorri: — Obrigada.

Vinícius se vira para Marcos e cochica: - Como ela está?

Marcos: — Diferente. Não parece mais um espantalho. Está bonita até.

Vinícius chama Alice e a apresenta aos outros amigos, entre eles uma mulher, Vera, forte, robusta, esteve com eles em momentos difíceis, a única mulher do grupo. Alice a admira, os homens a respeitam, a tratam como igual.

Vinícius: — Estes são alguns dos meus amigos do pelotão do qual fiz parte. Ainda estão faltando alguns, dizeram que estarão no casamento. Consegui marcar para amanhã às dez horas.

Joana: — Então vamos organizar um almoço para todos depois do casamento.

Sofia: — E quem serão os padrinhos? Eu gostaria...

Vinícius e Alice riem.

Alice: — Ficarei muito feliz se fosse minha madrinha Sofia. Você e Pedro. — os abraça.

Vinícius: — Eu gostaria que Marcos fosse meu padrinho com Joana, Se Mateus não se opor.

Mateus: — De forma alguma. Estou feliz pelo amigo se casar. Estão ficando poucos os solteiros. Cada um dos nossos que encontra uma parceira é uma alegria.

Os amigos de Vinícius vão embora e Sofia puxa Pedro para o quarto dizendo que precisam deixar os noivos a sós para conversarem sobre o casamento.

Vinícius pega as mãos de Alice: — Me descreve como está e como foi seu dia?

Alice leva as mãos dele ao seu cabelo: — O amigo de Sofia deu um jeito no meu cabelo, não sei como ele fez mais ficou bom. Ele disse-me como pentear e aconselhou-me a deixar crescer.

Vinícius toca a pele do seu pescoço: — Está feliz? Se arrepende de ter vindo comigo?

Alice se arrepia: — Estou feliz... mais... e você?

Vinícius: — Acredito que tomei a decisão certa. Meus amigos gostaram de você.

Alice: — E eu deles. Eu gostaria de poder ajudar em algo, até agora você só tem tido gastos comigo. As meninas se empolgaram nas compras.

Vinícius: — Não se preocupe com isso, sei que vai ajudar-me e muito. Já está-me ajudando.

Vinícius puxa Alice para mais perto de si, toca o seu rosto, seus lábios, a beija, um beijo suave, delicado, de início, saboreando a maciez dos lábios de Alice e lentamente fica mais ousado. Alice o abraça, fazendo carinho nos seus cabelos, se deixa ser envolvida pelo beijo, deixa a língua ávida de Vinícius explorar a sua boca, correspondendo com mesmo ardor a língua que a invade, se separam quando lhes falta o ar.

Vinícius sorri: — Você é tão doce... quente...

Alice: — E você é muito gentil.

Vinícius: — Acredito que nos daremos muito bem no nosso acordo.

Alice sente uma quebra no encanto ao ouvir a palavra acordo: — Penso mesmo que sim, nos daremos bem…

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