Capítulo 13 - Final de tarde e Clima pesado

O sol brilhava intensamente, e o clima na praia estava perfeito. Frederico segurou a mão de Margarita, puxando-a em direção ao mar.

— Vamos lá, eu prometo que vai ser divertido! — ele disse, sorrindo.

Margarita hesitou por um momento, mas a alegria no olhar dele a fez sentir-se mais à vontade. Juntos, eles correram em direção às ondas, rindo enquanto a água fresca os recebia.

Enquanto isso, na areia, Tales estava visivelmente nervoso quando Marcela chegou. Ele olhou para ela com surpresa, e a garota caminhou em sua direção, cheia de energia.

— Oi, Tales! — ela disse, sorrindo.

Kira, que estava ao lado de Tales, percebeu a mudança de expressão dele e perguntou:

— O que foi? Você ficou pálido.

— Ah, está tudo bem — respondeu Tales, tentando disfarçar sua ansiedade.

— Você não parece — insistiu Kira, mas Tales desviou o olhar.

Leona, que observava a cena com Luigi, comentou em voz baixa:

— Eu conheço bem a personalidade de Tales e Frederico. Eles estão apenas fingindo. Ambos são egoístas, e a qualquer momento vão fazer algo pior com Margarita e Kira.

Luigi balançou a cabeça, divertido.

— E eu vou estar na plateia rindo de tudo isso.

Marcela, animada, se aproximou de Leona e, com um brilho nos olhos, disse:

— Leona, você não vai acreditar! Eu dormi com o Tales!

Leona ficou em choque, mas logo seu rosto se iluminou com um sorriso.

— Sério? Isso é incrível! Como foi?

— Foi... bem intenso — respondeu Marcela, com um sorriso tímido. — Eu estava tão confusa, mas a conexão foi real.

Leona vibrou.

— Eu sei muito bem a índole de Tales e sei que ele vai acabar largando essa garota.

No meio disso, Tales, segurando uma cerveja, ofereceu uma para Kira.

— Quer um pouco? — perguntou ele, mas Kira respondeu:

— Não, obrigada. Eu não bebo.

Ele franziu a testa, mas não desistiu.

— Vamos ao mar, então. Você vai se divertir!

Kira hesitou, mas não se sentia à vontade. Ela olhou para as ondas e, em seguida, viu Tales tirar a camiseta e correr para o mar sozinho.

— Tchau! — ele gritou, pulando nas ondas.

Marcela, percebendo a cena, correu até o mar, ansiosa para se juntar a Tales. Kira, por outro lado, sentiu um frio na barriga e decidiu que precisava de um tempo para si.

Enquanto isso, ela pegou o celular de Tales, tentando desbloquear a tela. O coração dela acelerou quando percebeu que não conseguia.

— Que estranho... — murmurou para si mesma, um péssimo pressentimento a consumindo.

Na praia, o amigo de Maicon observou Kira sozinha e sugeriu:

— Ei, por que você não vai falar com ela?

Maicon olhou para Kira e balançou a cabeça.

— Não, não vou tentar nada. Estou tranquilo. Vamos surfar! — disse ele, chamando um amigo que estava ali por perto. O amigo concordou, e os dois se dirigiram para a água, deixando Kira sozinha em seus pensamentos.

A atmosfera na praia estava carregada de tensão e insegurança, enquanto os personagens se moviam entre risos e preocupações, prontos para enfrentar os altos e baixos que o dia ainda traria.

O clima na praia estava cada vez mais animado, com risos e conversas misturando-se ao som das ondas. Luigi observou Tales entrando no mar e não conseguiu conter um comentário:

— Olha lá, o homem tubarão! — ele disse, rindo.

Margarita e Frederico saíram do mar, com Frederico segurando uma água de coco.

— Aqui, para você! — ele ofereceu a Margarita, que sorriu e aceitou a bebida refrescante.

— Obrigada! Isso é perfeito — respondeu ela, tomando um gole enquanto observava o cenário ao redor.

No entanto, a felicidade de Leona foi interrompida por uma ligação inesperada. Ela atendeu e ouviu a voz de seu pai do outro lado da linha:

— Leona, vi pelas câmeras que você entrou em casa. Você é uma ladra!

Leona ficou em choque e rapidamente desligou o telefone, a preocupação estampada em seu rosto.

— O que aconteceu? — perguntou Luigi, percebendo a expressão dela.

— Meu pai viu que entrei em casa e me chamou de ladra! — ela exclamou, inquieta. — Tenho medo de ele chamar a polícia.

Luigi tentou acalmá-la:

— Calma, ele não faria isso com a própria filha. Não é o tipo dele.

Leona balançou a cabeça, ainda preocupada.

— Você não conhece meu pai. Ele pode fazer qualquer coisa.

Enquanto isso, Marcela se aproximou de Tales, que estava mergulhando no mar. Quando ele voltou à superfície, pediu para ela disfarçar.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou ele, arqueando a sobrancelha.

— Eu gostei da noite que tivemos juntos — respondeu Marcela, com um sorriso malicioso.

Tales olhou para Kira, que estava um pouco afastada, observando-os.

— Kira não tem nada a ver com você.— disse Marcela, percebendo o olhar dele. — Ela é diferente. Você gosta de se divertir e de se aparecer, e Kira não se encaixa nesse seu perfil.

Tales deu de ombros, desinteressado.

— Não perguntei nada sobre Kira — retrucou ele, com um tom de indiferença.

— Ah, sei que quer me beijar. — provocou Marcela, enquanto a maré puxava seus pés.

Tales, em um impulso, mergulhou de volta no mar, como se quisesse se afastar daquela conversa. Marcela o observou, rindo, enquanto ele nadava, perdendo-se nas ondas e deixando para trás as complicações da praia, mesmo que apenas por um momento.

Enquanto Maicon e seu amigo André surfavam tranquilos nas ondas do mar, a diversão foi abruptamente interrompida por um avistamento alarmante: um tubarão. Com o coração acelerado, eles rapidamente nadaram em direção a uma enorme pedra que se erguia da água, buscando abrigo.

— Você viu aquilo? — André perguntou, assustado, enquanto se segurava na rocha. — Temos que avisar a todos que tem um tubarão por aqui!

Maicon, por sua vez, tentou acalmar o amigo.

— Fica tranquilo, André. O tubarão não vai nos atacar — respondeu ele, com um tom de confiança que parecia desproporcional à situação.

— Como você pode ter certeza? — André questionou, preocupado.

Maicon apenas sorriu enigmático, sem dar uma resposta clara. Um misto de bravura e indiferença tomava conta dele.

Enquanto isso, na areia, Marcela se aproximou de Kira, que estava sentada, observando a movimentação do mar.

— Kira, preciso te contar uma coisa — disse Marcela.

Kira franziu o cenho, nervosa.

— Eu fiquei com o Tales ontem a noite.

— Você está mentindo, Marcela! — protestou, com a voz trêmula.

— Não estou! — Marcela insistiu, determinada. — E vou provar que Tales não é de confiança.

— Eu não acredito em nenhuma se quer palavra que sai de sua boca. Você é amiga de Leona e não posso esperar nada de vocês duas.

— Então fica sem acreditar. Eu e Leona conhecemos ele mais tempo que você. Desde do tempo da escola. Você foi conhecer ele o ano passado no início do semestre.

Kira ignora o que Marcela diz e a garota caminha saindo de perto.

Do outro lado da praia, Margarita e Frederico estavam sentados juntos, aproveitando o momento, quando Margarita decidiu tocar em um assunto que a intrigava.

— E a Leona? — ela perguntou casualmente. — O que você acha dela?

Frederico fez uma careta, claramente desinteressado.

— Leona é um grande problema que eu não quero na minha vida — respondeu ele, com desdém.

Margarita sorriu, aliviada.

— Tudo bem, então. Eu só quero aproveitar o momento com você — disse ela, olhando nos olhos dele.

De repente, uma criança passou correndo pela praia, gritando desesperadamente:

— Tem tubarão no mar!

As pessoas ao redor começaram a sair apressadamente da água, alarmadas com a notícia. Frederico soltou uma risada, olhando para Margarita.

— Olha só, Tales deve estar aproveitando suas habilidades.

Kira observava a movimentação na praia, até que seu olhar se fixou em Maicon, que estava se enxugando após um mergulho. Com um sorriso no rosto, ela acenou para ele, mas Maicon apenas respondeu com um aceno de cabeça, sem se aproximar. Kira achou estranho; ele não tinha ido até ela, como costumava fazer.

— O que está acontecendo com você? — murmurou para si mesma, um misto de confusão e desagrado crescendo dentro dela.

Nesse momento, Tales retornou da água, com gotas brilhantes escorrendo por seu corpo. Ao vê-lo, Kira não hesitou em expressar sua irritação.

— Você assustou todos que estavam no mar, sabia? — disse, com um olhar sério.

Tales apenas riu, despreocupado, sem entender a gravidade da situação.

— Relaxa, Kira! Foi só um susto. — Ele a encarou, com um sorriso desafiador, mas Kira permaneceu séria, incomodada com a atitude dele.

Enquanto isso, na sombra de um grande guarda-sol, Leona olhava para a cena com uma expressão de preocupação. Ao seu lado, Luigi percebeu o olhar ansioso dela e tentou acalmá-la.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem — disse ele, segurando a mão de Leona.

Leona sorriu para ele, mas logo voltou a pensar na confusão ao redor.

— Sabe, eu estou tão doida por você que estou pensando em fazer uma tatuagem. Um desenho de um lagarto! — confessou, com um brilho nos olhos.

Luigi riu, achando graça da ideia.

— Você vai ficar linda! — elogiou, fazendo-a sorrir ainda mais. — E isso só mostra o quanto você está realmente apaixonada.

Os dois se aproximaram e se beijaram, a tensão da praia ao redor deles desaparecendo por um momento. Leona se sentia em paz, mesmo com a confusão ao seu redor.

Frederico parou em frente à casa de Margarita e, antes que ela pudesse sair do carro, ele segurou sua mão.

— Obrigado pelo dia. Foi incrível — disse ele, com um sorriso que iluminava seu rosto.

— Eu que agradeço. Foi ótimo mesmo! — respondeu Margarita, com um brilho nos olhos.

Ao entrar em casa, no entanto, a atmosfera mudou. Sua mãe estava na cozinha, com a expressão fechada. Ao ver Margarita, ela não hesitou em questioná-la.

— Você sabe que a classe social de vocês é diferente, não? — disse a mãe, com um tom de preocupação. — Ele pode estar usando você.

Margarita ficou furiosa.

— Você não sabe nada sobre ele! — respondeu, sentindo a raiva subir. — Frederico é diferente, e eu gosto dele!

Sem esperar uma resposta, Margarita subiu as escadas, batendo a porta do quarto. Ela não queria ouvir mais nada.

Enquanto isso, Tales estava levando Kira para casa, percebendo que ela estava desconfiada dele.

— Kira, espera! — ele a chamou, parando o carro em frente à sua mansão.

Ele tentou puxá-la para um beijo, mas ela se afastou, com um olhar firme.

— Não, Tales.

Kira sai do carro correndo e Tales fica irritado.

—Kira você é muito fresca! —Disse Tales.

Ao aproximar-se de sua mansão ele observa um carro na porta. E ver que Marcela estava lá o esperando.

— O que ela está fazendo aqui? — pensou, mas não disse nada.

Ao sair do carro, Marcela se aproximou com um sorriso.

— Eu só queria tomar um vinho com você — disse, com um olhar sedutor.

Sem resistir ao convite, Tales aceitou e os dois entraram na mansão. Assim que estavam dentro, Marcela o confrontou.

— Você precisa parar de fingir ser um bom moço.

— E por que eu não poderia ter Kira e você ao mesmo tempo? — ele respondeu, desafiador.

Marcela sorriu, sabendo que tinha conseguido o que queria, e o puxou para um beijo intenso.

— Eu sabia que você não iria resistir — ela provocou, enquanto Tales sorriu, satisfeito.

Enquanto isso, Leona e Luigi chegavam em casa, cheios de sacolas de comida. A avó de Luigi, que estava na cozinha, levantou a cabeça e olhou para eles com estranheza.

— O que aconteceu aqui? — perguntou, arqueando uma sobrancelha.

Luigi, tentando disfarçar, sorriu e explicou:

— Fiz um trabalho por aí, e a gente trouxe algumas coisas para o jantar. Você pode aproveitar e fazer algo gostoso!

A avó sorriu, animada, e começou a cantar enquanto ia para a cozinha.

— Depois que você chegou aqui, tudo mudou! Até meu neto está mais feliz! — disse, enquanto começava a preparar algo na cozinha.

No quarto, Leona decidiu mostrar sua nova tatuagem para Luigi. Com um sorriso, ela ergueu a blusa e mostrou o desenho.

— Olha! — disse, animada.

Luigi ficou encantado e, em resposta, mostrou seu braço, coberto de tatuagens.

— Você é o tipo de garota que eu gosto — comentou, admirando-a.

Mas de repente, a avó de Luigi entrou no quarto, com uma expressão preocupada.

— Luigi, a polícia está na porta! — avisou, deixando os dois aflitos.

O clima leve se desfez rapidamente, e um silêncio tenso tomou conta do quarto. Ambos se entreolharam, o coração disparando, sem saber o que esperar a seguir.

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