Capítulo 5 - A Fulga Feroz

O clima na sala de aula estava tenso quando o Dr. Veigan decidiu reunir os sete novamente. Os olhares inquietos se cruzaram, e a ansiedade se espalhou como uma onda. Todos estavam cientes de que algo sério estava prestes a acontecer, mas ninguém poderia prever a profundidade da revelação que se seguiria.

— Prestem atenção, — começou o Dr. Veigan, sua voz firme ecoando no ambiente. — Vocês estão sendo rastreados a todo momento.

Os alunos trocaram olhares confusos, até que ele completou:

— Eu implantei um chip em cada um de vocês.

A indignação tomou conta do grupo. Os garotos começaram a protestar, mas suas vozes foram silenciadas quando homens de preto, com capacetes vermelhos, entraram na sala, prontos para garantir a ordem. O ar se tornou pesado e opressivo.

— Quem você pensa que é para fazer isso conosco? — desafiou Luigi, tentando manter a postura. Mas o Dr. Veigan simplesmente sorriu, uma expressão sinistra nos lábios.

— Eu sou quem manda aqui, Luigi. E você vai continuar sendo um lagarto, — respondeu, com um tom de desprezo.

As meninas sussurraram entre si, intrigadas e apavoradas com a transformação do professor. Ele parecia ter duas personalidades: a figura do mentor carinhoso na faculdade e o tirano sombrio no laboratório secreto.

— O que você quer de nós? — perguntou Kira, a voz trêmula.

— Ah, isso é simples, — disse o Dr. Veigan, com um brilho maligno nos olhos. — Eu sofro de transtorno de personalidade. E agora, vocês vão entender a verdadeira extensão do que significa estar sob minha influência.

Tales, sempre arrogante, ergueu a cabeça, desafiador.

— Eu tenho dinheiro. Não preciso ser um tubarão. Vou acabar com você, — declarou, sua voz cheia de raiva.

O Dr. Veigan riu, um som frio e ameaçador.

— Você pode tentar, Tales. Mas saiba que o chip no seu cérebro tem uma função bem específica: com um simples apertar de botão, eu posso fazer você perder o controle.

A palidez tomou conta de Kira, enquanto os outros olhavam para o Dr. Veigan, aterrorizados. O professor não estava brincando.

Os alunos foram forçados a se mover para uma sala adjacente, onde grandes tubos de vidro os aguardavam. A atmosfera era claustrofóbica e opressiva. Sem opção, os garotos foram colocados dentro dos tubos, enquanto as meninas foram colocadas em outros tubos. O medo e a vergonha misturavam-se com a expectativa do que estava por vir.

As lágrimas escorriam pelo rosto de Kira, sem que ela conseguisse contê-las. Maicon, em um dos tubos ao lado, a olhava com pena. A situação era desumana.

No fundo da sala, o Dr. Veigan e sua assistente Renata analisavam os dados em um monitor, conversando sobre as modificações realizadas nos corpos dos jovens. A expressão de ambos era de satisfação ao contemplar o controle que exerciam sobre os alunos.

Após alguns minutos de espera angustiante, os alunos foram liberados dos tubos, ainda atordoados e desnorteados.

— Eu não vou me tornar um lagarto! — gritou Luigi, a determinação na voz. — E eu não gosto de moscas!

Maicon, tentando quebrar a tensão, soltou uma risada, mas sua leveza foi rapidamente interrompida pelo Dr. Veigan, que apertou um botão em seu controle.

Um choque percorreu o corpo de Maicon, fazendo-o gritar de dor. O Dr. Veigan olhou para ele com desprezo.

— Risadinhas não vão salvar vocês, — avisou, sua expressão imutável.

Kira, apavorada, assistiu à cena, a sensação de impotência a sufocando. As risadas e a amizade que um dia compartilhou com os outros pareciam distantes, como um eco perdido em um pesadelo. Eles estavam em uma encruzilhada, e as decisões que tomariam a partir daquele momento definiriam seu futuro — e talvez suas vidas.

O que o Dr. Veigan pretendia fazer com eles? E como eles iriam escapar dessa armadilha? Com o olhar vazio e o coração acelerado, os sete sabiam que a luta pela liberdade estava apenas começando.

O sol estava se pondo quando os sete jovens foram entregues em casa por carros escuros. O clima era pesado, e a tensão pairava no ar. Os pais, alheios à situação, achavam que seus filhos haviam passado mais um longo dia de aulas na faculdade de medicina, enquanto, na verdade, estavam enfrentando um pesadelo.

Margarita, ao chegar em casa, rapidamente pegou o celular e enviou uma mensagem a Maicon. Com cuidado para que ninguém visse, ela escreveu:

— Preciso de você. Vou tentar descobrir como tirar o chip que o Dr. Veigan colocou em nós. Não podemos ficar assim, sendo rastreados.

Maicon leu a mensagem e respondeu rapidamente:

— Estou dentro! Vamos encontrar uma maneira de acabar com isso.

A conversa deu a Margarita um pouco de esperança. Eles precisavam de um plano.

Enquanto isso, em sua casa, Kira respirava fundo antes de confessar a sua mãe que estava apaixonada por Tales. A revelação a deixou nervosa, mas a necessidade de ser honesta com sua mãe era maior.

— Mãe, eu... estou gostando do Tales, — disse Kira, com a voz hesitante.

A mãe, surpresa, perguntou:

— E seus amigos? Como estão eles?

Kira rapidamente desviou o olhar e mudou de assunto, evitando o tema que a deixava ansiosa.

— Estou indo tomar um banho.

No dia seguinte, a atmosfera na faculdade estava carregada. Frederico se aproximou de Tales, a curiosidade estampada em seu rosto.

— Então, você e a Kira... estão juntos? — questionou Frederico.

— Pretendo ficar com ela, — confirmou Tales, um sorriso no rosto. — Gosto dela.

Frederico ergueu uma sobrancelha, surpreso, mas decidiu apoiar o amigo.

— Tudo bem. Se você está feliz, fico feliz por você.

Enquanto isso, Luigi estava sentado sob uma árvore no pátio da faculdade, olhando para o chão em silêncio. Leona, percebendo sua presença, se aproximou.

— O que há com você? — perguntou ela.

— Estou preocupado com o que o Dr. Veigan vai fazer com a gente. Ele vai nos transformar em animais, — respondeu Luigi, sua voz trêmula.

Leona, por um momento, compartilhou a preocupação de Luigi, mas rapidamente mudou de assunto.

— Eu estou preocupada também, mas precisamos agir. Eu quero me juntar a você para fazer algo contra o Tales e o Frederico, — sugeriu, seus olhos brilhando com um misto de raiva e determinação.

— O que você tem em mente? — indagou Luigi, sentindo uma centelha de esperança.

— Vamos elaborar um plano, — disse Leona, olhando em volta para se certificar de que ninguém os ouvia.

Leona então se aproximou de Kira mais tarde e, com um semblante triste, desabafou:

— Fui usada por Frederico. Ele fez uma aposta, e depois que ficou comigo, me ignorou. Você acha que o Tales fará a mesma coisa com você?

As lágrimas escorriam pelo rosto de Kira, a insegurança e a dor a atingindo com força. Ela se afastou e decidiu procurar Margarita, mas ao encontrá-la, viu que a amiga estava com Maicon no jardim.

— Margarita! — chamou Kira, mas a amiga a ignorou e saiu, deixando Kira sozinha em meio à agonia.

No final do dia, Luigi estava em seu quarto, a mente turvada por pensamentos sobre o Dr. Veigan e o chip que lhe fora imposto. Ele olhou para o pulso e notou uma mancha esverdeada, um ponto que parecia brilhar levemente.

Intrigado e apavorado, ele pressionou seu dedo contra o ponto verde, e a sensação de pânico se intensificou. O que estava acontecendo com ele? O que era aquele chip? As perguntas dançavam em sua mente, enquanto a realidade se tornava cada vez mais distorcida.

Luigi sabia que precisava agir rapidamente antes que fosse tarde demais. O jogo havia começado, e ele estava determinado a não perder.

A dor pulsava no braço de Luigi enquanto ele pressionava o ponto verde, determinado a se livrar do chip que o mantinha preso ao controle do Dr. Veigan. A lâmina da faca cortou sua pele, e uma onda de dor intensa o envolveu, mas a sensação de liberdade era mais forte. Ele respirou fundo ao retirar o chip de seu corpo, observando-o brilhar sob a luz da lâmpada.

— Finalmente, estou livre, — murmurou para si mesmo, enquanto enfaixava o braço, manchado de sangue. Ele pegou uma sacola com algumas roupas e deixou uma carta para sua avó, explicando que precisava sair por um tempo e que voltaria.

Com o coração acelerado, Luigi correu até a casa de Leona, sabendo que ela poderia entender sua urgência. Ao chegar, ele bateu freneticamente na porta, e Leona rapidamente o deixou entrar, a expressão preocupada no rosto.

— O que aconteceu? — perguntou, enquanto ele tentava recuperar o fôlego.

— O Dr. Veigan implantou um chip em mim, e eu... eu tirei. Ele vai fazer mal a mim e a você. Precisamos fugir, — explicou Luigi, mostrando o chip ensanguentado.

Leona, inicialmente assustada, logo entendeu a gravidade da situação. Sem hesitar, ela o ajudou a remover o chip dela também, e juntos, com a adrenalina correndo em suas veias, eles decidiram se refugiar no matagal próximo à faculdade.

A escuridão da noite os envolveu enquanto caminhavam pela mata. A sensação de liberdade logo se transformou em algo mais profundo; eles começaram a sentir uma conexão com a natureza ao seu redor, como se a essência dos animais estivesse despertando dentro deles.

— Isso é estranho, — murmurou Leona, olhando em volta enquanto as folhas sussurravam ao vento. — É como se estivéssemos nos transformando.

— Eu sinto isso também, — respondeu Luigi, inquieto. — Temos que nos manter juntos. O Dr. Veigan pode nos encontrar.

Na manhã seguinte, a faculdade estava agitada com a ausência de Luigi e Leona. Kira, Tales, Margarita e Maicon se reuniram, preocupados com o que poderia ter acontecido.

— O que vocês acham que aconteceu? — questionou Maicon, seu tom de voz refletindo a preocupação.

— Não sei, mas algo não está certo. Eles deveriam estar aqui, — respondeu Kira, com um nó no estômago.

Enquanto isso, Kira tentava conversar com Tales, que estava se afastando emocionalmente.

— Eu não sou um brinquedo que você pode usar e descartar, — afirmou Kira, tentando se fazer entender.

Tales, impassível, respondeu:

— Você se afastou dos seus amigos porque quis, Kira. Eu nunca usei você.

A culpa começou a pesar sobre Kira, e ela percebeu que tinha se colocado em uma posição superior a seus amigos, esquecendo-se do que realmente importava.

Com o coração apertado, decidiu se desculpar com Margarita e Maicon. Ao encontrá-los, ela olhou nos olhos de Margarita e disse:

— Eu sinto muito por tudo. Por me afastar e te tratar mal.

Margarita, embora ainda magoada, respondeu:

— Eu perdoe você, mas a nossa amizade não será mais a mesma.

Maicon, sempre gentil, a abraçou e deu um beijo em sua testa.

— Eu te perdoo, Kira. Todos nós cometemos erros. Vamos tentar superar isso juntos.

Kira, cheia de remorso, chorou abraçada a Maicon, arrependida por como tratou a amiga.

Enquanto isso, Leona e Luigi estavam em um carro que haviam roubado, dirigindo pela cidade em busca de um lugar seguro. O medo e a adrenalina misturavam-se com a empolgação da liberdade, mas eles não sabiam que o Dr. Veigan estava à sua procura, determinado a trazê-los de volta a qualquer custo.

A noite ainda estava longe de terminar, e a jornada deles estava apenas começando.

A escuridão da noite os envolveu enquanto caminhavam pela mata. A sensação de liberdade logo se transformou em algo mais profundo; eles começaram a sentir uma conexão com a natureza ao seu redor, como se a essência dos animais estivesse despertando dentro deles.

— Isso é estranho, — murmurou Leona, olhando em volta enquanto as folhas sussurravam ao vento. — É como se estivéssemos nos transformando.

— Eu sinto isso também, — respondeu Luigi, inquieto. — Temos que nos manter juntos. O Dr. Veigan pode nos encontrar.

Na manhã seguinte, a faculdade estava agitada com a ausência de Luigi e Leona. Kira, Tales, Margarita e Maicon se reuniram, preocupados com o que poderia ter acontecido.

— O que vocês acham que aconteceu? — questionou Maicon, seu tom de voz refletindo a preocupação.

— Não sei, mas algo não está certo. Eles deveriam estar aqui, — respondeu Kira, com um nó no estômago.

Enquanto isso, Kira tentava conversar com Tales, que estava se afastando emocionalmente.

— Eu não sou um brinquedo que você pode usar e descartar, — afirmou Kira, tentando se fazer entender.

Tales, impassível, respondeu:

— Você se afastou dos seus amigos porque quis, Kira. Eu nunca usei você.

A culpa começou a pesar sobre Kira, e ela percebeu que tinha se colocado em uma posição superior a seus amigos, esquecendo-se do que realmente importava.

Com o coração apertado, decidiu se desculpar com Margarita e Maicon. Ao encontrá-los, ela olhou nos olhos de Margarita e disse:

— Eu sinto muito por tudo. Por me afastar e te tratar mal.

Margarita, embora ainda magoada, respondeu:

— Eu perdoe você, mas a nossa amizade não será mais a mesma.

Maicon, sempre gentil, a abraçou e deu um beijo em sua testa.

— Eu te perdoo, Kira. Todos nós cometemos erros. Vamos tentar superar isso juntos.

Kira, cheia de remorso, chorou abraçada a Maicon, arrependida por como tratou a amiga.

A noite ainda estava longe de terminar, e a jornada deles estava apenas começando.

Leona estava radiante, segurando uma cerveja enquanto ria junto com Luigi. A sensação de liberdade pulsava entre eles, e ela olhou nos olhos dele, sorrindo.

— Eu nunca me senti tão livre e tão bem com alguém, — disse Leona, rindo de maneira contagiante.

Luigi, sorrindo de volta, não pôde deixar de concordar.

— Você é muito louca, sabia? — comentou, divertindo-se com a energia dela.

— Louca, mas feliz! — respondeu Leona, dando um gole na cerveja e deixando escapar uma risada alta.

A cena contrastava com a agitação que pairava na faculdade. No refeitório, Kira tentava entender a situação com Tales. Ele parecia calmo, mas Kira estava dividida entre o que sentia e as confusões que a cercavam.

— Eu não fiz nenhuma aposta. A culpa foi do Frederico, — disse Tales, olhando nos olhos de Kira. — Leona está chateada, e isso foi uma forma dela se vingar.

Kira, ainda confusa, começou a acreditar nas palavras de Tales. Ela se aproximou mais dele, e antes que pudesse pensar muito, os dois se beijaram. A química entre eles era palpável.

— Então, você gostaria de namorar comigo? — Tales perguntou, segurando a mão dela e acariciando-a suavemente.

— Sim, eu aceito! — Kira sorriu, seu coração acelerando. Um novo começo se formava ali, e ela sentia que finalmente estava no caminho certo.

Enquanto isso, do outro lado do refeitório, Margarita e Maicon estavam em uma conversa intensa.

— Você fica bobo perto de Kira, — disse Margarita, com um olhar crítico. — Já percebi que você gosta dela.

Maicon não hesitou em admitir:

— É verdade, eu sou apaixonado por Kira.

Margarita, no entanto, não estava satisfeita com a resposta.

— Kira não é uma boa pessoa, Maicon. Nunca foi uma verdadeira amiga para mim, e você ainda está cegamente apaixonado por ela!

A discussão elevou a tensão entre eles, mas logo foram interrompidos quando o grupo se reuniu para discutir a ausência de Luigi e Leona.

— Os pais da Leona disseram que ela disse que estava na casa de Frederico, — comentou uma garota do grupo.

Frederico, que estava presente, confirmou rapidamente a história, tentando cobrir a verdade sobre o paradeiro de Leona. O clima no refeitório mudou, e o grupo se dividiu entre preocupações e fofocas.

Do outro lado da cidade, o Dr. Veigan estava em seu laboratório, cada vez mais irritado. Ele se deparou com a tela que mostrava que os rastreadores não estavam funcionando como deveria.

— Como é possível? — murmurou, batendo o punho na mesa. A frustração o consumia, e ele não suportava a ideia de não ter controle sobre Luigi e Leona. A raiva crescia dentro dele, e ele sabia que precisava de um plano para recuperar a situação.

A tensão na faculdade e no laboratório aumentava, enquanto Luigi e Leona desfrutavam de sua liberdade, alheios aos perigos que os aguardavam. O jogo entre eles e o Dr. Veigan apenas estava começando, e as consequências de suas escolhas se aproximavam cada vez mais.

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Comments

Claudia

Claudia

Esse Dr Veigan é muuiiitttoo louco 🤭🤭🤭🤭♾🧿

2024-10-28

1

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