O sol brilhava intensamente no final de semana, e a energia da academia pulsava com jovens cheios de vitalidade. Frederico, exibindo seu físico tonificado, caminhava com confiança até a área de musculação. Leona o observava com os olhos brilhando, admirando cada movimento dele.
— Uau, você realmente se dedicou — comentou Leona, com um sorriso travesso. — Eu não esperava que você fosse tão... intenso.
Frederico, surpreso com o elogio, sorriu.
— E você? Não sabia que você tinha esse lado mais divertido.
Depois de um treino exaustivo, eles foram para os vestiários e tomaram um banho de chuveiro juntos. A água quente caía sobre eles, e as risadas ecoavam no espaço apertado.
— Isso é incrível — disse Leona, olhando para Frederico com uma expressão que misturava admiração e carinho. — Você é um cara incrível. Não esperava que você fosse tão gentil e divertido.
Frederico piscou, divertido.
— E eu não esperava que você fosse tão amorosa e sensível. Pensei que você era só uma garota revoltada e superior a todos.
Leona franziu a testa, por um momento parecendo vulnerável.
— É uma forma de proteção — respondeu ela, desviando o olhar. — Meus pais me exigem muito. Eles esperam que eu me torne uma doutora, mas... às vezes eu só queria ser eu mesma.
Frederico sentiu um aperto no coração. Ele se aproximou e segurou a mão dela.
— Não precisa ser assim. Você é mais do que apenas as expectativas deles.
Após o banho, eles se acomodaram no sofá com uma garrafa de vinho e uma pizza. As luzes baixas criaram uma atmosfera aconchegante, e Leona começou a se abrir mais.
Enquanto isso, em outra parte da cidade, Luigi estava em casa, sentado à mesa da cozinha, ouvindo sua avó reclamar sobre sua falta de foco nos estudos.
— Você lutou tanto para entrar na faculdade, Luigi — dizia ela, balançando a cabeça. — Não pode se deixar influenciar por esses mauricinhos. Eles não são melhores que você.
Luigi olhava para a mesa, sua mente longe. Ele sabia que sua avó tinha razão, mas as coisas na faculdade estavam muito mais complicadas do que pareciam.
— Eu sei, vovó. Só... preciso descobrir algumas coisas — respondeu ele, tentando desviar do assunto.
No fundo, ele sabia que precisava resolver a situação com o doutor Veigan e seu experimento.
Em outro canto da cidade, Kira estava em casa quando recebeu um enorme buquê de flores de Tales. Ele havia feito uma surpresa, e a beleza das flores era inegável. Contudo, sua mãe estava preocupada.
— Você precisa tomar cuidado com esse Tales, Kira — disse a mãe, com uma expressão séria. — Ele parece agressivo, e eu sinto uma energia estranha nele.
Kira hesitou, quase revelando o que havia acontecido com o experimento. Mas a lembrança das ameaças de Veigan a paralisou.
— Mãe, está tudo bem. Eu só quero... ser feliz — disse Kira, tentando soá-la confiante. Mas a expressão desconfiada da mãe não a deixou à vontade.
A mãe franziu a testa, parecendo mais preocupada.
— Você está escondendo algo de mim, não está?
Kira sorriu forçadamente, sabendo que não podia contar a verdade.
Enquanto isso, no parque, Maicon estava aproveitando o dia. Ele fazia algumas acrobacias, chamando a atenção de crianças e adultos. Mas, em um momento de impulso, ele roubou uma banana da mão de uma criança que estava distraída.
— Ei! — gritou a criança, surpresa e indignada.
Todos ao redor começaram a rir, achando a situação engraçada. Maicon, por outro lado, se sentiu mal.
— Eu não queria fazer isso! — ele disse, um pouco envergonhado. — Só... foi um impulso.
Os risos continuaram, mas Maicon não se divertiu. Ele se afastou do grupo, pensando sobre como suas ações estavam mudando. O que estava acontecendo com ele?
Enquanto os jovens se dispersavam por suas vidas, um sentimento de inquietação pairava no ar. Segredos, medos e a necessidade de se manterem juntos diante do desconhecido uniam seus caminhos, mesmo que cada um estivesse lidando com suas próprias lutas e dilemas.
O final de semana parecia apenas o começo de uma tempestade que estava prestes a se formar.
O telefone tocou e, assim que Kira atendeu, a voz apressada de Maicon surgiu do outro lado.
— Kira, você não vai acreditar no que aconteceu hoje! Eu fiz uma coisa horrível no parque. Roubei a banana de uma criança! Eu não sei o que está acontecendo comigo! — desabafou ele, sua voz cheia de angústia.
— Maicon, calma! Respira — disse Kira, tentando tranquilizá-lo. — Estamos todos passando por momentos estranhos. O que importa é que você está aqui para conversar.
— Eu só me sinto tão diferente, como se estivesse perdendo o controle — Maicon confessou. — E vocês conseguiram descobrir alguma coisa sobre o doutor Veigan?
Kira hesitou. A última coisa que queria era deixar o amigo mais preocupado.
— Não muito, mas precisamos nos encontrar longe da faculdade. Precisamos discutir tudo isso.
— Concordo! — respondeu Maicon, aliviado por saber que não estava sozinho nessa.
Na faculdade, Leona e Frederico estavam sentados em um banco do jardim, onde o sol filtrava através das árvores. Leona olhava para Frederico, um misto de expectativa e insegurança em seu olhar.
— Frederico, eu... eu realmente estou gostando de você — confessou Leona, a voz trêmula.
Frederico, surpreso, hesitou.
— Eu ainda não sei o que estou sentindo. É tudo muito novo — respondeu ele, olhando para o chão.
A frustração subiu na mente de Leona, e em um momento de raiva, ela jogou água na cara dele, que a olhou espantado.
— Não faça isso nunca mais! — ele gritou, apertando levemente os braços dela. A reação foi instantânea e intensa.
Leona se levantou, lágrimas nos olhos, e saiu rapidamente, deixando Frederico perplexo e confuso. A imagem dela chorando o perseguiria durante todo o dia.
Na casa de Frederico, Tales estava relaxado, sentado no sofá e jogando vídeo game, enquanto fumava um charuto. A vitória sobre a última partida trouxe um sorriso ao seu rosto.
— Então, o que aconteceu com a Leona? — perguntou Tales, enquanto controlava o personagem na tela.
Frederico balançou a cabeça.
— Não tenho tanto interesse nela assim. A verdade é que eu ganhei a aposta, mas não valeu a pena.
Tales riu, divertido com a situação.
— Ah, Leona... você sabe como debochar. Aqui, toma a chave do meu carro — disse ele, jogando as chaves para Frederico. — Eu a convidei para almoçar em minha casa. Vou cozinhar para ela, e tenho certeza de que ela vai adorar.
Frederico ficou surpreso, mas também intrigado.
— Você e Kira? Uau, você está mesmo a fim dela!
— Claro! — respondeu Tales, sem hesitar. — O que posso dizer? Ela é especial.
No domingo, Kira e Tales se encontraram em sua casa. A atmosfera era leve, e um lado mais meigo de Tales começava a se revelar. Ele havia preparado uma macarronada com camarão, e o aroma envolvente da comida se espalhava pelo ambiente.
— Uau, você realmente sabe cozinhar! — Kira exclamou, admirada.
Tales sorriu, o rosto iluminando-se com o elogio.
— Faço o que posso! Brindemos! — disse ele, pegando duas taças de champanhe. O olhar de Kira brilhou ao ver a atenção que ele estava dando a ela.
Os dois levantaram as taças e brindaram.
— A novas experiências! — declarou Tales.
— E a novos começos! — respondeu Kira, com um sorriso que derretia o coração de Tales.
Quando suas taças se encontraram, um misto de emoção e expectativa pairou no ar. Eles se inclinaram um para o outro, e em um momento mágico, seus lábios se encontraram em um beijo suave. O coração de Kira acelerou, e ela percebeu que talvez estivesse se entregando a algo que poderia ser maior do que esperava.
Mas, enquanto o dia se desenrolava com promessas de novos começos, o peso dos segredos e das incertezas continuava a pairar sobre eles, lembrando-os de que as verdadeiras batalhas ainda estavam por vir.
Capítulo Oito: Mudanças e Conflitos
O sol da manhã iluminava o campus universitário quando Kira chegou, ao lado de Tales, em seu carro. Os dois riam e conversavam, mas Maicon, que observava a cena à distância, sentia um nó no estômago. O sorriso de Kira, que antes compartilhava com ele, agora era dirigido a Tales, e a tristeza em seu coração era inegável.
Logo, Margarita apareceu, animada, e se aproximou de Maicon.
— Ei, quer tomar um suco comigo no refeitório? — perguntou, tentando trazer um pouco de alegria ao seu amigo.
Maicon balançou a cabeça, desanimado.
— Não, estou meio mal. Preciso ir a um dos laboratórios. — Ele não queria preocupar Margarita, mas a tristeza o consumia.
Enquanto isso, Kira e Tales desceram do carro. Kira viu Margarita acenando, mas decidiu ignorá-la, o que não passou despercebido pela ruiva.
— Mudou de um dia para a noite, não é? — murmura Margarita para si mesma, sentindo uma pontada de dor ao perceber que a amizade delas estava se deteriorando.
Na sala, Frederico estava cercado por colegas quando uma garota se aproximou dele.
— O que está acontecendo entre você e a Leona? — perguntou, com curiosidade.
Frederico franziu a testa.
— Nada! — respondeu, mas a garota insistiu.
— Ela contou para o colégio inteiro que vocês estão juntos.
A raiva começou a borbulhar em Frederico. Sem pensar duas vezes, ele se levantou e se dirigiu a Leona, que conversava animadamente com Marcela.
— Leona! — chamou ele, interrompendo a conversa. — O que é isso que você anda dizendo por aí? Desmente isso agora!
Leona, assustada, ficou sem palavras por um momento, mas logo seu olhar se transformou em desilusão.
— Eu só... Eu só pensei que você se importava — disse ela, com a voz trêmula.
Frederico não estava disposto a ouvir desculpas. Ele se virou, decidido.
— Você me decepcionou! — gritou, fazendo todos ao redor pararem para observar a cena.
Leona olhou para Marcela, que apenas balançou a cabeça, murmurando algo sobre os homens. O desespero e a frustração de Leona transbordaram, e ela se afastou, tentando esconder as lágrimas.
Na sala de aula, Tales se sentou ao lado de Kira. O clima estava leve e descontraído, e Kira, sem pensar, encostou a cabeça no ombro dele. Tales sorriu, satisfeito com a proximidade, enquanto Kira sentia uma onda de conforto.
Do outro lado, Margarita observava a cena com Maicon.
— Olha como ela finge que não conhece a gente. — A mágoa na voz de Margarita era evidente.
Maicon a olhou, desiludido.
— Estou decepcionado com ela. Parece que esqueceu quem são os amigos dela. — O desânimo era palpável entre eles.
Em outro canto do campus, Luigi estava ansioso e decidido. Ao passar pelo corredor, esbarrou no doutor Veigan, que caminhava tranquilo.
— Doutor, eu quero mudar de animal! Quero ser um touro! — Luigi exclamou, a frustração e a raiva transparecendo em seu olhar.
O professor o encarou, sem entender.
— Não posso. O DNA já foi injetado em você, Luigi. — A resposta de Veigan foi calma, mas Luigi não estava disposto a aceitar.
A ira tomou conta dele, e ele se aproximou, ameaçador.
— Se você não me deixar mudar, eu vou contar a todos o que você está fazendo! — A ameaça deixou Veigan visivelmente assustado.
Luigi, ao ver a reação do professor, se sentiu mais poderoso. Ele sabia que precisava encontrar um jeito de lutar contra as garras de Veigan e a verdade, assim como seus amigos, estava a um passo de ser revelada.
Enquanto o dia se desenrolava, as tensões e os conflitos entre os amigos aumentavam, e o peso dos segredos pairava sobre eles, pronto para explodir a qualquer momento.
Leona estava em seu quarto, o telefone grudado no ouvido, sua voz estava carregada de raiva.
— Ele foi um falso comigo! — desabafou para Marcela, enquanto olhava para o reflexo no espelho. — Ele mudou de uma hora para a outra, e eu nem sei o que fiz para merecer isso.
Do outro lado da linha, Marcela tentava confortar a amiga.
— Ele só quis usar você, Leona. Não vale a pena se chatear por alguém que não tem respeito por você.
As palavras de Marcela ecoaram na mente de Leona, que agora se sentia mais confusa do que antes. Frederico parecia ter sido um sonho bonito, mas o pesadelo começou a se revelar.
Enquanto isso, Maicon estava no corredor da faculdade, absorto em seus próprios pensamentos. Mas o destino lhe reservava outra surpresa. Ele ouviu Frederico e Tales conversando em um tom baixo, mas suficientemente alto para que ele pudesse captar algumas palavras.
— Então, você realmente achou que ia conseguir algo dela? — riu Tales, fazendo uma pausa. — Aposta ganha, meu amigo. Leona é um peixe fácil!
A indignação tomou conta de Maicon. Ele não podia ficar calado, então se aproximou de Leona, que estava encostada na parede, com os braços cruzados.
— Leona! Preciso falar com você — disse ele, com a voz urgente.
Leona virou-se para ele, intrigada.
— O que aconteceu?
— Eu ouvi Frederico e Tales falando sobre você. Eles fizeram uma aposta com você! — revelou Maicon, a frustração evidente em seu tom.
Leona ficou em silêncio por um momento, as palavras de Maicon a atingindo como um soco no estômago. O sentimento de traição a invadiu.
— O quê? — ela gritou, o ódio crescendo dentro dela. — Eu não posso acreditar que ele fez isso! Eu vou me vingar dele da pior maneira! — O fogo em seu olhar era intenso.
— Mas por que você está tão surpresa? — Maicon questionou, preocupado. — A Kira sempre foi interesseira e falsa, e você já sabia disso.
Leona assentiu, embora uma parte dela ainda estivesse lutando contra a realidade.
— Obrigada por me contar, Maicon. Mas preciso de um plano. Não posso deixar que ele saia impune!
Nesse momento, Margarita apareceu, interrompendo a conversa.
— O que está acontecendo aqui? — perguntou, olhando de Maicon para Leona, a preocupação clara em seu olhar.
Maicon se virou para Margarita, decidindo compartilhar o que sabia.
— Eu contei a Leona sobre a aposta de Frederico e Tales. Eles estão se aproveitando dela. — A indignação em sua voz era evidente.
Margarita franziu a testa, reflexiva.
— Isso só mostra como o nosso grupo está dividido. Kira e Leona mudaram, e agora isso está afetando todo mundo.
Leona cruzou os braços, irritada.
— Eu não posso deixar que eles façam isso comigo. Não sou um brinquedo para eles se divertirem!
Maicon e Margarita trocaram um olhar preocupado. A situação estava se complicando, e as alianças estavam sendo testadas.
— Precisamos nos unir — disse Margarita, decidida. — Se a Kira não entende que o que eles estão fazendo é errado, então precisamos fazer algo para impedir isso.
Leona concordou, sua determinação crescendo.
— Vou fazer eles pagarem. E isso começa agora.
Enquanto as três almas lutavam com a traição e os desafios, uma nova tempestade estava prestes a se formar no campus, e cada um deles precisava escolher de que lado estava. As amizades, antes inabaláveis, estavam agora à beira do colapso, e o jogo de poder entre eles estava apenas começando.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Rosária 234 Fonseca
é uma mulher com raiva é fogo na pólvora kkk eles que se cuidem kkk
2024-10-26
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