A casa de Tales, uma imensa mansão com jardim exuberante, já estava lotada de jovens prontos para se divertir. A música alta preenchia o ar, e o barulho da água sendo agitada na piscina era o som de fundo perfeito para uma noite que prometia ser inesquecível.
Leona e suas amigas se destacavam no meio da multidão, jogando charme descaradamente para cima de Frederico, que sorria confiante enquanto trocava olhares com ela.
— Parece que a Leona já está caidinha por mim, Tales — Frederico comentou, lançando um olhar de triunfo para o amigo.
Tales deu um sorriso enviesado. — Não se gabe tão cedo, cara. O jogo ainda está rolando.
Enquanto isso, em outro canto da cidade, Margarita estava em casa, sentindo-se um pouco desconfortável com a ideia de ir à festa. Ela olhou para o espelho, vestida com um biquíni simples, e suspirou.
— Eu nem deveria ir... — murmurou para si mesma, mas foi interrompida pela entrada de Kira.
— Margarita, você está linda! Mas que tal usar este? — Kira sugeriu, estendendo um biquíni cheio de flores amarelas. — Vai realçar ainda mais a sua beleza.
Margarita hesitou por um momento, mas acabou aceitando. Quando chegou à festa usando o biquíni, todos os olhares se voltaram para ela. Margarita sempre fora uma garota reservada, então vê-la tão confiante e diferente surpreendeu a todos.
Maicon, que estava conversando com alguns amigos, notou sua entrada e ficou impressionado. Ele se aproximou rapidamente e sorriu.
— Uau, Margarita, você está incrível! Quer dançar?
Ela assentiu, com um sorriso tímido, e seguiu para a pista improvisada com ele. Maicon a girava ao som da música, e ela se deixava levar, esquecendo um pouco de sua timidez.
De repente, Luigi chegou na festa, mesmo sem ter sido convidado. Ele vestia roupas chamativas, com dedos cheios de anéis de ouro, chamando a atenção de todos. Seus olhos brilharam quando encontrou Tales à beira da piscina.
— Ei, Tales, o que acha de um desafio? — ele gritou, já tirando a camisa para mergulhar.
Tales sorriu, aceitando a provocação. — Está dentro, lagarto? Então vamos ver do que você é feito.
Os dois começaram a nadar e brincar na piscina, atraindo olhares dos outros jovens. Mas no meio de uma manobra arriscada, Luigi acabou se cortando em um copo de uísque que estava flutuando na água. O sangue rapidamente se espalhou pela piscina, e Tales, que já havia sentido o sabor do sangue, começou a ficar visivelmente descontrolado. Seus olhos se estreitaram e sua respiração ficou ofegante, como se algo dentro dele quisesse emergir.
Luigi saiu da piscina rapidamente, segurando o ferimento e lançando olhares desconfiados para Tales. O ambiente ficou tenso e muitos dos jovens começaram a murmurar, assustados com o comportamento estranho de Tales.
No andar de cima, já em seu quarto, Frederico observava tudo pela janela enquanto se enxugava com um roupão de banho.
— Cara, o que foi aquilo lá embaixo? — Frederico perguntou quando Tales entrou no quarto, ainda visivelmente perturbado.
— Não sei... — Tales respondeu, com a voz trêmula. — Foi como se eu estivesse perdendo o controle. Acho que tem a ver com esses... instintos de tubarão.
Frederico assentiu, ainda um pouco confuso. — Isso é bem estranho. Mas, falando nisso, ouvi dizer que você está interessado na Kira. Vai tentar algo?
Tales deu um sorriso de canto. — Vou sim. E quer saber? Ela é pobre, mas isso só torna tudo mais fácil. Dá pra manipular.
Frederico riu, mas foi interrompido por um som estranho vindo do andar de baixo. Luigi, que havia deixado a festa, tinha se esgueirado para dentro da mansão. Ele se movia sorrateiramente, aproveitando sua habilidade de camuflagem. Seus olhos se fixaram em um anel dourado que Tales costumava usar, deixado sobre uma mesa. Sem pensar duas vezes, Luigi o pegou, junto com algumas outras coisas de valor, e desapareceu na escuridão, satisfeito com o que havia conseguido.
A noite, que deveria ser apenas mais uma festa na piscina, havia se transformado em um evento cheio de intrigas e mistérios. Os jovens começavam a perceber que, com os novos poderes, vinham também novas complicações.
Frederico e Tales desceram as escadas rapidamente, mas ao chegarem na sala, encontraram o ambiente vazio. Tales foi direto à mesa, onde costumava deixar seus objetos pessoais, e franziu a testa ao notar a ausência de seu anel favorito.
— Onde está meu anel? — ele murmurou, com a raiva crescendo em sua voz. Sem hesitar, Tales correu de volta para a área da piscina e, com os punhos cerrados, começou a gritar. — Quem pegou meu anel?! Alguém aqui está me roubando!
Os convidados se entreolharam, confusos e assustados com o tom agressivo. Frederico se aproximou para tentar acalmar o amigo, mas Tales já havia perdido a paciência. Chamou alguns dos funcionários da mansão e ordenou que verificassem se alguém tinha pego o anel ou se o objeto estava jogado em algum lugar. Após vasculharem o ambiente sem sucesso, a fúria de Tales só aumentou.
— Chega! Festa acabou. Quero todo mundo fora da minha casa, agora! — ele gritou, enquanto os convidados, nervosos, começaram a se dispersar rapidamente.
Enquanto isso, Maicon aproveitou para oferecer uma carona para Margarita e Kira. Os três entraram no carro e, ao som de uma música alegre, começaram a cantar juntos e se divertir. O momento era leve, mas Margarita, ao notar o céu escurecendo, sentiu uma estranha inquietação.
— Estou sentindo algo estranho... — comentou ela, olhando para o horizonte escuro. Maicon e Kira trocaram um olhar curioso, mas decidiram ignorar, continuando com a diversão.
Quando chegaram à casa de Margarita, ela estava visivelmente animada. Abriu a porta de casa com um sorriso no rosto e abraçou os pais, que estavam na sala.
— Tive uma tarde ótima, me senti tão acolhida pelos meus amigos! — contou ela, animada, o que fez seus pais sorrirem de volta, felizes por vê-la tão radiante.
Maicon continuou dirigindo, levando Kira para casa. Ao parar na frente do portão, virou-se para ela e, sem rodeios, confessou:
— Kira, eu... eu estou gostando de você. Não sei se você sente o mesmo, mas achei que deveria dizer.
Kira olhou para Maicon com um misto de surpresa e hesitação.
— Maicon, eu gosto muito de você, mas... acho que você não sabe disso, mas Margarita é apaixonada por você.
O jovem sentiu um aperto no peito, mas tentou não demonstrar a decepção. Ele apenas assentiu, respeitando os sentimentos da amiga.
Enquanto isso, Luigi havia finalmente retornado ao seu bairro. Exibia com orgulho os anéis e objetos valiosos que havia pego na casa de Tales, ostentando-os diante dos olhares curiosos dos moradores. Contudo, o momento de glória foi interrompido quando dois homens de preto surgiram repentinamente. Sem dizer uma palavra, eles o agarraram e o jogaram dentro de um carro. Luigi tentou lutar, mas era tarde demais. As portas se fecharam e o veículo arrancou rapidamente, desaparecendo na escuridão.
Em outra parte da cidade, Leona estava no quarto conversando com sua amiga Marcela.
— Frederico é tão esnobe e exibido... — Leona comentou, com certo desdém na voz.
— E você também é, Leona — Marcela respondeu com um sorriso sarcástico.
Leona a encarou, o olhar se tornando frio. — Se não vai me apoiar, é melhor ir embora. Não estou com paciência para seus comentários hoje.
Marcela ergueu as mãos em um gesto de rendição, pegou sua bolsa e saiu, deixando Leona sozinha com seus pensamentos. Ela se perguntava por que se incomodava tanto com Frederico, talvez houvesse mais sentimentos envolvidos do que gostaria de admitir.
No bairro de Luigi, o desaparecimento repentino do jovem causou um alvoroço entre os moradores. As pessoas sussurravam pelos cantos, especulando sobre o possível sequestro. Ninguém sabia ao certo o que havia acontecido, mas o medo pairava no ar, deixando todos apreensivos.
No dia seguinte, na faculdade, Kira viu Maicon no corredor. Ele sorriu ao vê-la, mas ela desviou o olhar e passou direto, sem cumprimentá-lo. "Não posso deixar que ele goste de mim. Margarita sofreria muito", pensou, tentando convencer a si mesma de que estava fazendo a coisa certa.
Enquanto isso, Tales, sempre atento, se aproximou de Kira e sorriu. — Ei, que tal jantarmos juntos hoje? Conheço um restaurante mexicano incrível que você vai adorar.
Surpresa com o convite, Kira hesitou por um momento, mas acabou aceitando. — Tudo bem. Nunca fui a um restaurante mexicano antes.
À noite, Tales a buscou com seu carro esportivo, o ronco do motor impressionando a jovem. Ao entrar no veículo, Kira não pôde deixar de notar o luxo e a ostentação. Durante o trajeto, ela ficou um pouco desconfortável, mas não disse nada, apenas observando os detalhes ao redor.
Quando chegaram ao restaurante, depararam-se com Frederico e Leona, que já estavam sentados em uma mesa elegante. Frederico acenou para eles e, com um sorriso largo, os convidou para se juntar à mesa.
— Venham, sentem aqui com a gente! — chamou Frederico.
Leona, no entanto, não parecia contente. — Frederico, você sabe que Kira não é do nosso círculo — sussurrou ela, num tom repreensivo.
Frederico ergueu uma sobrancelha e olhou sério para Leona. — Kira é nossa amiga. Agora fique em silêncio e se comporte.
Kira percebeu o desconforto, mas não quis causar problemas. Tales notou a tensão e tentou amenizar o clima, puxando conversa sobre a comida e as experiências que teve com a culinária mexicana. Aos poucos, a atmosfera na mesa começou a se descongelar.
Enquanto isso, Luigi estava enfrentando uma situação delicada. Ele havia sido levado para um laboratório secreto e estava frente a frente com o Doutor Veigan, que o olhava de forma severa.
— Você acha que não sei o que fez, Luigi? Pegou coisas que não lhe pertencem. Quero que devolva imediatamente — exigiu o doutor.
Luigi sentiu um frio na espinha. Ele sabia que não tinha escolha. De alguma forma, eles estavam sempre um passo à frente. Naquela mesma noite, voltou à casa de Tales e devolveu os itens furtados de forma discreta, sem ser notado.
No dia seguinte, Luigi reuniu os amigos em um lugar mais reservado da faculdade. — Precisamos conversar. Descobri que estamos sendo rastreados. O doutor está nos monitorando o tempo todo. Não há para onde fugir.
Os outros se entreolharam, chocados com a revelação. A ideia de que o professor pudesse estar acompanhando cada movimento deles fazia a situação parecer ainda mais desesperadora. Frederico, irritado, bateu na mesa.
— Então, o que fazemos agora? Vamos apenas aceitar isso? Não podemos deixar que ele controle nossas vidas!
Luigi olhou para os amigos, com um misto de seriedade e desespero. — Precisamos ser espertos. Se soubermos que estamos sendo observados, podemos usar isso a nosso favor e descobrir os verdadeiros planos do doutor.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Erlete Rodrigues
estou lendo 😱😱
2024-10-28
1
Claudia
Eita que loucura é essa 🤭🤭♾🧿
2024-10-25
1