Capítulo 14

Quando o Marquês recebeu a resposta de Valerian, rasgou a carta, furioso com a insinuação de Valerian ao dizer que Marlene é sua filha bastarda, porque dessa forma ela está insinuando que ele tinha sido infiel à sua esposa durante o casamento. Por enquanto, ele não pode insistir para que Valerian aceite Marlene na casa de campo, porque não pensa em deixar que uma notícia falsa se espalhe, pois mesmo sendo falsa, estará na boca de todos e isso afetaria a reputação da sua família.

Os gêmeos insistem com o Marquês para enviar Marlene para o campo, que eles irão com ela e tomarão conta dela das maldades de Valerian, mas o Marquês os faz saber que eles não podem ir, que enviá-la para longe só aumentará os rumores, pois a sociedade pensará que está certa com o que se diz e por isso Marlene foi enviada para longe.

— Podemos pedir ao príncipe que nos empreste uma das suas casas de campo, assim a Mar estará segura. — sugere Kenai.

— Não, se fizerem isso, dirão que Marlene procura aproximar-se de Sua Alteza e será pior. — responde o Marquês.

— Não diremos para onde ela foi, só que saiu em viagem para visitar os parentes da parte da sua mãe. — menciona Einar.

O Marquês fica em silêncio por um momento, pensando que a ideia de Einar é melhor e sabe que como se dão bem com o príncipe herdeiro, ele não se negaria a ajudá-los, seria até bom que Marlene e o príncipe herdeiro se conhecessem, pois, na sua opinião, Valerian não lhe parece apta para exercer um cargo tão importante como ser rainha, teme que, pela forma como a trataram, tente destruir a família.

Assim que o Marquês deu a sua aprovação, Einar foi à procura de Callisto, mas informam-lhe que no palácio, o príncipe não está, pois tinha saído numa longa viagem, da qual talvez não regresse antes de dois meses ou mais. Einar regressa irritado, porque não há forma de contactar Callisto, os criados não lhe disseram para onde ele tinha viajado, inclusive garantiram-lhe que nem eles próprios sabiam.

— Que pena, eu gostaria de ter passado mais tempo com Sua Alteza. — diz Marlene com tristeza.

— Desculpa, Mar, eu também pensei que poderíamos passar umas boas férias com ele. Mas ele tem os seus deveres e são importantes. — assegura-lhe Kenai.

— Eu sei, mas ele devia descansar um pouco, não é bom trabalhar tanto. — responde com um sorriso.

— Quando ele voltar, convidamo-lo para umas férias, certamente ele se divertirá se formos os três com ele. — consola-a Einar.

No palácio, a rainha foi informada de que um dos gêmeos Lacaster procurava Callisto, pelo que lhe disseram que ele estará fora por meses e não sabem para onde foi, embora, claro, não estejam a mentir, ninguém, exceto a rainha, sabe onde está Callisto e ela não pensa em revelar o seu paradeiro, não porque certamente iriam procurá-lo até esse lugar e só estariam a arruinar a tranquilidade do casal.

— Só falta o casamento acontecer e eu serei avó em breve. — comenta a rainha.

— Um pequeno príncipe a correr pelo palácio, seria muito bonito, Majestade. — comenta a sua criada.

— Será o mais bonito ou bonita, a bela combinação do meu filho bonito e da bela Srta. Valerian. — acrescenta a rainha.

— Sem dúvida que serão bonitos e Sua Majestade será uma avó muito atenciosa.

A rainha continua a falar sobre o quanto está entusiasmada por ter netos, mas espera que primeiro o seu filho se case, já que não quer mexericos sobre um casamento adiantado por gravidez.

— Espero que ele seja cuidadoso. — murmura para si mesma.

.

.

.

No campo, Valerian continua atenta ao seu negócio, embora a seda lhe tenha dado um bom rendimento, ela deve encontrar outra forma de sustentar a mansão, para que não tenha de depender do Marquês, e ter um plano de emergência caso Callisto escolha Marlene. Ao terminar de rever alguns documentos, decide sair para o jardim e pedir que lhe sirvam chá e doces. Ao chegar, Callisto já estava presente, pois não hesitou em pedir uma chávena para ele.

— Agora está a tomar liberdades em casa alheia. — comenta enquanto se senta.

— Só pedi uma chávena, não é grande coisa, jamais daria ordens maiores na sua casa, minha bela rosa. — comenta com um sorriso sedutor.

— Os seus flertes não funcionam comigo. — desvia o olhar.

— O quê?, mas se eu estou a dar tudo, não acha que é altura de me dar uma oportunidade? — faz uma expressão triste.

— Então, se quer seduzir-me, destrua os Lacaster, aí acreditarei em si. — pede, mantendo uma expressão severa.

Callisto sorri maliciosamente com o pedido de Valerian, pois, mesmo que ela não pedisse, ele estava a planear fazer algo assim, porque não pensa perdoar que o tenham tratado de uma forma tão desagradável, culpando-o por algo que ele não fez.

— Feito, vou provar-lhe que sou de confiança e que a senhora será a minha esposa. — pisca o olho.

— Já veremos, mas se eu descobrir que é mentira, nunca mais se aproximará de mim.

Este pedido servirá para comprovar se Callisto está realmente do seu lado.

— Prepare-se para o espetáculo, minha bela rosa.

Callisto levanta-se e aproxima-se de Valerian, ficando atrás da sua cadeira e coloca uma rosa no seu cabelo, aproveitando o momento para lhe dar um beijo na bochecha, o que apanha Valerian de surpresa, que se levanta bruscamente a cobrir a bochecha com a mão. Callisto pisca-lhe o olho e sai do jardim, afinal de contas, tem planos para pôr em prática.

°°°

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Comments

monalisa

monalisa

a prova de amor que ela pede/Facepalm/

2024-11-28

0

monalisa

monalisa

esses capítulos tão muito curtos!

2024-11-28

0

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