Já que Callisto se ofereceu para ser sua escolta, por enquanto ela não tem outra escolha a não ser aceitar tal ajuda, embora a irrite ter que dever algo àquele príncipe irritante. Talvez quando ela pedir para ele romper o noivado, ela diga que está devolvendo o favor e assim, não lhe deverá mais nada. Como tudo estava pronto, Valerian pede a Walter para cuidar de tudo como sempre fez e que, se seus irmãos vierem, não os deixem entrar, sendo esta uma ordem direta dela, a dona da mansão.
Valerian entra na carruagem, ela irá sozinha, não quis levar Maddy para não expô-la ao perigo, além disso. Callisto montou em seu cavalo, dando a ordem para avançar e assim o fazem, a pequena caravana deixou a mansão bem cedo, para poder avançar o suficiente durante o dia. Valerian observa pela janela a paisagem, eram campos cheios de plantações e florestas, já que a mansão ficava perto da cidade.
Já sendo meio-dia, param para descansar e comer. Os cavaleiros preparam uma fogueira para preparar a comida, enquanto outros alimentam e dão água aos cavalos. Callisto os avisa que descansarão duas horas, e o resto da tarde será suficiente para chegar à próxima cidade, onde poderão dormir, para não se preocuparem em estar expostos ao perigo durante a noite. Valerian estava comendo um pouco da sopa que eles prepararam e, sendo algo rápido, tinha um gosto bom.
— Vejo que aprecia a comida. — comenta Callisto.
— Claro, por que não apreciaria? — pergunta com certa irritação.
— Nunca viajou e está acostumada a comer tudo preparado por um chef. —
— É verdade, mas não me recuso a experimentar algo novo. — ela dá de ombros.
Valerian termina a sopa e entrega a tigela para Callisto, retirando-se do local para ir até a carruagem descansar um pouco, quer descansar porque várias horas sentada naquela carruagem que não para de se mover já lhe causaram dor nas costas. Callisto apenas vê seus cavaleiros rindo dele pela forma como Valerian o trata.
— Continuem e eu desconto do seu pagamento. — reclama.
Callisto simplesmente deixa a tigela em uma mesa onde um dos cavaleiros é o encarregado de lavar. Feito isso, Callisto chama seus capitães para revisarem o mapa da rota. Vendo qual é a menos perigosa, pois há rotas onde os bandidos costumam atacar com mais frequência, então, o que ele menos quer é expor Valerian ao perigo.
— Sua Alteza se preocupa com uma mulher, isso é novo. — comenta seu primeiro capitão.
Este era um homem na casa dos trinta, cabelos negros e olhos castanhos. Seu nome era Mark Russel, um cavaleiro leal a Callisto, já que está com ele desde que Callisto começou a treinar.
— Ela é minha noiva, é normal que eu deva cuidar dela. — responde.
— Não me parece que seja só isso. Parece que Sua Alteza finalmente se interessa por uma garota. — zomba.
Callisto joga o mapa em seu rosto como vingança por sua zombaria.
— Não posso evitar, sua ferocidade me emociona. — sorri malicioso.
Além disso, ela não se importa com o status que ele tem, o trata como igual, embora, claro, sem perder o respeito. Mark ri do comentário de Callisto.
Após o descanso, continuaram a viagem, chegando quase ao anoitecer em uma cidade, onde procuraram uma pousada para passar a noite e jantar. Assim que terminou o jantar, Valerian foi para o quarto que havia alugado para ela, mas Callisto não hesitou em segui-la para informá-la a que horas eles partiriam amanhã e, como seria assim que o amanhecer chegasse, era melhor que ela não dormisse até muito tarde.
— Quanto tempo levaremos para chegar ao reino de Kazay? — pergunta Valerian.
Ela ainda não está totalmente informada sobre quanto tempo leva para viajar de um reino para outro.
— Se tudo correr bem, chegaremos em dois dias, então você terá que ser paciente. — responde Callisto.
— Não sou tão paciente assim. Eles deveriam inventar carruagens que viajassem mais rápido com magia, não é possível? — reclama.
— Bem, você deveria inventar. — zomba.
— Duvido que seja possível. Enfim, vá descansar. —
Como ela já chegou ao seu quarto, ela entra sem se despedir do príncipe. Callisto apenas dá de ombros, aquela garota não é nada fácil de lidar, mas é isso que a torna interessante. Antes de entrar em seu próprio quarto, ele para.
— Vá e fique de olho na carruagem, não deixe ninguém tirar nada. — ele ordena.
A sombra em forma de cobra desliza por seu braço e desce até o chão, desaparecendo nas sombras. Enquanto isso, Callisto entra em seu quarto.
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No dia seguinte, a viagem recomeça, afastando-se daquela cidade, para Valerian a cada dia a viagem ficava mais desconfortável devido ao movimento da carruagem, nesses momentos, ela gostaria de voltar à sua vida passada onde podia viajar de carro. Mas, ela é tirada de seus pensamentos quando a carruagem para repentinamente e ela ouve o fio das espadas colidir. A voz de Callisto ordenava que seus guardas se movessem para proteger a carruagem, então Valerian olha pela porta, vendo a batalha contra o que parecem ser bandidos. Valerian desce da carruagem e, ao ver isso, Callisto se aproxima, colocando-se à sua frente.
— Volte para a carruagem... se aqueles homens te virem, vão querer te levar... — ele pede.
E é que esse tipo de bandido às vezes costuma levar as jovens para fazer todo tipo de atrocidades com elas.
— Você deveria me dar uma espada e me deixar ajudar. — menciona Valerian.
— Isso não é um treinamento... — ele se vira para olhá-la. — Por favor, senhorita, não se coloque em perigo. — implora.
No momento, os cavaleiros estavam segurando bem os bandidos, mas o líder deles conseguiu ver Valerian e imediatamente pode dizer que ela era uma jovem nobre, além de linda. Callisto e Valerian o ouvem gritar para seus homens pegarem a loira.
— Droga... — grunhe Callisto.
Ele segura Valerian pela cintura e a levanta para colocá-la na carruagem, mas ela o impede, empurrando o príncipe.
— Primeiro veja do que eu sou capaz e depois julgue. —
Os bandidos correm em direção a eles atacando Callisto, que reclama ao ver que a loira se afastou dele.
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Atualizado até capítulo 20
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