Capítulo 20

Valentina

Depois de uma hora de caminhada, conseguimos subir um trilha de pedras e ir parar em um morro, que tem uma altura suficiente para quando a chuva de meteoros começar.

— Aqui é um bom lugar para pararmos e comer alguma coisa. — falo, me aproximando de três rochas gigantes onde faz sombra.

Lorenzo me acompanha, viemos conversando o caminho quase todo, mas teve um momento que ficamos em silêncio e ele parecia bem pensativo.

— Irei armar a barraca, já que iremos ficar até a noite. — ele avisa tirando as mochilas das costas.

Eu comentei com ele sobre o fenômeno que vai acontecer quando anoitecer, e ele disse que ficaria comigo, ele está topando tudo e isso me assusta um pouco.

— Tudo bem, então você arma a barraca, que vou arrumar as coisas.

Ele faz um aceno com a cabeça, e fico incomodada por ele ter ficado um pouco quieto. Será que no caminho ele desistiu de estar aqui comigo?

Ele arma a barraca, que não é tão grande, mas caberá nós dois. Eu pego uma toalha de mesa que trouxe, coloco no chão e arrumo tudo em cima.

Geralmente as coisas não planejadas, são as que mais dão certo. Eu viria sozinha, e o que seria uma desculpa para sair de casa, virou algo agradável, um acampamento, piquenique com direito a companhia.

Lorenzo se senta perto das comidas, eu o observo ainda em pé.

— Você se arrependeu de ter vindo, não foi? — pergunto um pouco triste e ele me olhar confuso.

— Lógico que não! — ele fala tão firme que é convincente.

— Parece que ficou desanimado, deve ter percebido que vai ser chato passar o dia comigo no meio do nada.

Ele se levanta, vem até mim parando na minha frente, segura meu queixo para que eu olhe nos seus olhos.

— Quer saber de uma verdade, fadinha? — balanço a cabeça confirmando. — Eu não trocaria nenhum outro lugar por esse aqui com você.

Sou pega de surpresa com sua fala e meu coração parece ter errado algumas batidas.

— Para de me iludir, Lorenzo. — peço, sabendo que não conseguirei evitar o que está começando a crescer em meu peito.

— Estou falando sério, Valentina. E quer saber de mais uma coisa? Desde aquele dia que estivemos juntos, eu não paro de pensar em você um segundo sequer. — ele fala tão sério que eu engulo em seco.

Seus olhos demonstram tanta sinceridade, que me sinto um pouco perdida.

Então, ele cobre minha boca com a sua, sem me dar oportunidade de dizer alguma coisa. Me entrego ao momento como venho fazendo, desde o início.

Ele segura firme a minha cintura, me grudando em seu corpo. Caminha comigo e me coloca encostada em uma rocha.

Meu corpo esquenta instantâneamente, então eu deixo o clima rolar. Enfio a mão por dentro de sua camisa, e sinto seu abdômen definido tensionar com o meu toque. Suspendo sua camisa e ele se afasta para que eu tire, o mesmo ele faz com minha blusa.

Passo minhas unhas por seu peitoral e ele desce os beijos pelo meu pescoço. É uma loucura grande fazer isso aqui, será que alguém pode aparecer?

Mas, quer saber? Eu não ligo.

Fecho os olhos para desfrutar das sensações, ele desce beijando até o vão dos meus seios e sinto sua mão na minhas costas, abrindo o fecho do sutiã. Ele arranca o sutiã e joga no chão, sem que eu espere sinto sua boca quente no meu mamilo esquerdo, então cravo minhas unhas em seu pescoço, perdendo as forças das minhas pernas.

Me encosto mais na pedra ficando um pouco deitada. Lorenzo chupa meus seios, revezando entre um e outro. Sei que muito provavelmente irei ficar marcada nessa área, mas, eu também não me importo.

Ele desce minha calça legging, tirando juntamente com minha calcinha. O mundo pode acabar, mas que reste nós dois e esse momento.

Sinto seu p4u passando na minha entrada, o melando na minha própria excitação. Nem um segundo se passa e ele arremete de uma única vez para dentro de mim.

Solto um gemido alto, quase um grito, pela dor de ser invadida abruptamente. Levanto minha cabeça para olhá-lo e o encontro com um sorriso safado nos lábios.

Ele fez de propósito.

Meu sorriso se estampa também e eu estico meus braços colocando em seu pescoço para o puxar para mim. Ele se deita sobre mim, apoiando um de seus braços. Enquanto penetra mais devagar.

— Você é um cretino, sabia? — falo e vejo ele sorri ainda mais e aumenta a velocidade, me fazendo revirar os olhos.

Era para eu ter feito isso antes.

— Pode me xingar, que eu gosto.

Sorrio e ele tira seu membro, só para entrar de uma vez até o fundo. Meus olhos lacrimejam e algumas lágrimas escorrem pelo canto dos meus olhos. Ele se afasta novamente, mas dessa vez coloca minhas pernas para o alto e continua penetrando forte.

Merda! Como isso aqui está bom.

Meu corpo treme anunciando um orgasmo, e quando chega me sinto sem forças. Lorenzo aumenta a velocidade e se afasta e sinto despejar seu gozo na minha barriga.

Ele se afasta e volta com alguns guardanapos e limpa e meleira que fez, me recupero dos espasmos, e quando levanto meu corpo, vejo que ele já vestiu seu short e vem com minhas roupas.

Sem eu pedir, ele passa minha calcinha por minhas pernas e me veste, o mesmo ele faz com a legging e depois veste também meu sutiã e minha blusa. Eu não o impeço e nem mesmo o questiono, apenas observo sem tirar os olhos dele.

— Lorenzo... — ele me olha. — É tarde para eu dizer que também não parei de pensar em você?

Exponho minha verdade e ele sorri de lado.

***

Anoiteceu e nós dois precisamos de um banho urgente. Temos apenas uma garrafa de suco e alguns pedaços de bolo, se fomos passar a madrugada aqui, talvez a gente passe fome.

Na tarde juntamos alguns galhos e fizemos uma fogueira para iluminar.

Ele não parece se importar com nada, e eu também não estou nem aí. Estou sentada agora entre suas pernas, com minha cabeça encostada em seu peito.

A festa no céu começa e sinto uma euforia, uma alegria que nunca senti. As faíscas passam igual estrelas cadentes.

Eu viveria aqui nesse momento.

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