...CHRISTIAN...
Quando Joyce começou a caminhar na nossa direção, Olivia, — mesmo com frio — me tirou para dançar. Observei Adenor ir até Joyce e gesticular algumas coisas, o conhecendo e sabendo a raiva que ele tem dela, eu sei que ele está tentando fazer com que ela vá embora.
Adenor praticamente cresceu comigo, temos uma boa amizade e mesmo eu não gostando ele me chama de "senhor Lincoln" às vezes saiu um "Christian" da boca dele, mas é só quando eu torro a paciência dele. Temos a mesma idade, o nomeiei capataz assim que assumi o lugar do meu pai, Adenor cuida de tudo como se fosse dele e saber o que Joyce fez comigo o deixou possesso de raiva.
— Esquentadinha ela, não é? — Olivia perguntou olhando para Joyce enquanto dançavamos, eu a olhei sem entender. — Digo, ela parece ser brava...
— Mas ela é... — Encarei Joyce que batia o pé na frente de Adenor.
— Calma, cowboy! Eu duvido muito que a princesa de Rondonópolis irá chegar perto da gente com toda essa poeira subindo.
Olivia riu, um sorriso malicioso que fez algo arder dentro de mim, uma chama estranha nunca sentida antes.
Ela se soltou totalmente, nossa dança elevou o nível e fomos passando por todos os casais enquanto dançavamos, logo, todos estavam nos acompanhando, Adenor deixou Joyce de lado e logo arrumou uma moça para fazer par.
Olivia sorria como se a vida fosse simples e perfeita, ela me fez esquecer totalmente a presença da pessoa que mais me machucou e que me partiu em vários pedaços. Ter Olivia colada ao meu corpo, sem se importar com o fato de termos acabado de nos conhecermos, fez eu me sentir nas nuvens, sempre que nos tocávamos, uma onde de choque se passava e conectava nossos corpos de algum modo que não sei explicar com palavras.
A noite foi diferente, eu nunca havia ficado tanto tempo em uma festa atrás de uma única mulher, mulher essa que nem sabe a vontade que eu estou de levar ela para um canto escuro e descobrir qual o gosto do gloss que ela passou.
A madrugada chegou e com ela, as pessoas indo embora. Logo ficamos apenas eu, Adenor e Olivia sentados de frente para a fogueira.
— Ela é inconveniente demais, já avisei que da próxima vez eu vou soltar os cachorros em cima dela e ainda chamo a polícia pra ela. — Adenor fala enquanto tira a poeira do chapéu dele com um pano que não vi da onde ele tirou. — Já te falei, Christian, tem que dar um basta nela de uma vez por todas.
Olivia me olhou com os olhos estreitos.
— Ainda não fez isso? — Adenor riu. — Se não falar pra ela de uma vez que você não a quer mais, ela irá continuar indo atrás de você. — Ela concluiu.
Fiquei quieto observando a lenha queimar lentamente.
— Ele já havia pedido, falado e até implorado para que ela não ficasse mais atrás dele, mas eu não sei o que houve que agora ela acha está pronta. — Adenor falou com deboche.
— Sabe que não é bem assim... — Dei um tapa na nunca do meu amigo. — Tem mais de três anos que terminamos e eu nunca mais falei uma palavra sequer com ela.
— Mas ela continua dando em cima de você, esses dias, fui buscar um boi que você comprou na mão de uma família aqui do interior e ela estava lá, falando que ia te reconquistar ainda esse ano.
Eu bufo com a notícia.
— Ela só irá peder tempo! — Eu falei olhando para o céu.
Olivia que estava quieta resolver falar.
— A festa foi boa, o papo está bom mas eu preciso ir. — Ela disse se levantando e indo em direção a cerca.
— Essa é a garota que você disse que era bonita? A que você salvou no bar mesmo estando com muita vontade de ir no banheiro por causa da caganeira? — Adenor abriu a boca.
Eu sabia. Ele não era tão falante assim perto de estranho, essa merda está mais do que bêbado.
— Eu ouvi tudo! — Olivia gritou após atravessar a cerca de arame e sumir para dentro de sua casa.
Olhei para Adenor, ele tinha olhos puxados, graças a sua descendência indígena, seu cabelo tem sempre um corte padrão, cortado dos lados e topete em cima, sua pele era mais pálida do que parda, eu sempre tiro uma com a cara dele; "Que índio branco..."
— Você ficou maluco, porra? — Perguntei passando as mãos nos cabelos. — Agora ela vai achar que estou a fim dela.
Meu amigo apenas caiu para trás dormindo.
Entrei na mansão e peguei o primeiro cobertor que achei, o joguei em cima dele e fui para dentro.
— Vai dormir no relento, idiota!
Entrei no meu quarto, tirei o chapéu e o coloquei no suporte dele. Com um lenço umedecido, comecei a limpá-lo com todo cuidado.
Ele era a herança do meu avô, mas eu quis usá-lo pois achei que era um dia especial.
Depois de limpá-lo, tomei um banho e coloquei uma roupa fresca para dormir.
Rolava de um lado para o outro na cama e só conseguia lembrar de Olivia naquela calça, aquele cabelo enorme e do seu perfume que ficou em minha mente. O jeito como ela me ajudou a esquecer quem estava de penetra, foi maravilhoso, adormeci com Olivia nos meus pensamentos...
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Sandra Maria de Oliveira Costa
lendo q ela tem cabelos até as coxas uma vez vi uma moça q estava no ponto do busao que o cabelo dela ia até p baixo do joelho 🤭deve dar um trabalho danado o meu é curto e dá trabalho
2024-12-14
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Cristina Santos
Espero que Olivia saiba colocar essa EX 🐍 no lugar dela . 😡😡😡
2025-03-22
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Zenith Afonso
Começando a ler em 4 / 12 /24....as 20 horas....
Parece ser uma boa história....
2024-12-05
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