Retornamos para a festa, voltando para o lugar no qual estávamos antes de ir ao banheiro. A festa estava a todo vapor quando Dante e eu voltamos para o salão. A música alta e as luzes brilhantes criavam uma atmosfera animada, mas eu não conseguia deixar de notar a tensão que pairava no ar. Algo estava errado, e Dante parecia perceber isso também. Ele pegou a chave das algemas no bolso, tirou a mesma do próprio pulso, e guardou no bolso. Seus olhos corriam por todos os cantos daquele lugar, como se estivesse analisando ao seu redor.
— Cansou das algemas? — brinquei.
— Na verdade não, usaremos ela mais vezes, em outro momento totalmente diferente. — disse me puxando pela cintura, encostando meu corpo ao seu, encostando seus lábios em minha testa.
De repente, um dos guarda-costas de Dante se aproximou rapidamente, sussurrando algo em seu ouvido. Vi a expressão de Dante endurecer, e ele assentiu, murmurando uma resposta curta.
— Precisamos resolver uma situação — disse ele, virando-se para mim. — Fique perto de mim.
Caminhamos pelo salão, seguindo o guarda-costas até um corredor mais isolado. Lá, encontramos um grupo de homens, claramente nervosos. Entre eles, um homem de meia-idade estava sendo segurado por dois dos guarda-costas de Dante, havia uma mesa posta no meio deles. Sobre ela havia drogas, pistolas de pequenos e grandes calibres.
— Quem é ele? — perguntei, tentando entender a situação.
— Um traidor. Ele estava passando informações para nossos inimigos — explicou Dante, sua voz fria e calculista. — Foi sobre esse assunto, que fui resolver na máfia do meu pai, nesta manhã.
O homem começou a se debater, tentando se soltar, mas os guarda-costas o seguraram firmemente. Ele olhou para nós, seus olhos cheios de medo.
— Eu não fiz nada! Vocês estão cometendo um erro! — gritou ele, tentando desesperadamente se defender.
Dante ignorou os protestos do homem e se voltou para mim, seus olhos cheios de seriedade.
— Quer fazer isso? — Indagou ele, me passando o revólver. — Acerte-o onde quiser, só não o mate, ainda não. Mostre a ele que traição não existe em nosso meio. — disse ele, beijando meus lábios, enquanto sentava no sofá, esperando para assistir o que eu iria fazer.
Peguei a arma, sentindo o peso frio do metal em minha mão. Meu coração batia rápido, mas sabia que precisava provar minha capacidade para Dante e para todos os presentes. Afinal, fui ensinada como devo lutar, como devo atirar, mas nunca atirei em ninguém.
Dante se levantou de onde estava se aproximou do homem e afastou os guarda-costas, deixando-o de joelhos no chão. Ele olhou para mim, seus olhos pedindo misericórdia.
— Por favor, não faça isso — implorou ele, sua voz trêmula.
Senti um misto de emoções, mas sabia que naquele mundo, traição era algo que não podia ser tolerado. Respirei fundo, tentando controlar meus nervos. Lembrei-me dos treinamentos que meu pai me fez passar, das lições sobre foco, precisão e principalmente não sentir remorso ou ter misericórdia do traidor.
— Você consegue, bebê. — sussurrou ele.
Levantei a arma, mirando no traidor. Meus olhos focaram no alvo, e minhas mãos estavam firmes. Tudo ao redor parecia silenciar, deixando apenas o som da minha respiração e do meu coração batendo.
— Traidores não têm lugar entre nós — disse, minha voz firme e decidida.
Puxei o gatilho, e o som do tiro ecoou pelo corredor. O homem caiu no chão, gritando de dor. Acertei a cima do ombro, e nas duas pernas. Olhei para Dante, esperando sua reação. Ele me encarou por um momento, e então um sorriso de aprovação surgiu em seus lábios.
— Você foi incrível, esposa. Estou orgulhoso de você — disse ele, puxando-me para seus braços, beijando meus lábios.
Os guarda-costas ao redor nos observaram com respeito renovado. Sabiam que eu não era apenas uma mulher ao lado de Dante, mas alguém capaz de proteger nosso mundo com a mesma ferocidade.
— Vamos sair daqui. — Dante pegou em minhas mãos, após dar ordens aos seus homens, para que levassem aquele homem dali, e limpassem a bagunça.
Entramos no carro e seguimos para a segurança da nossa casa. Assim que o carro estacionou, saímos e adentramos o conforto do nosso lar. No caminho, me livrei dos saltos e passei diretamente para a cozinha, atacando a geladeira. Estava com fome. Belisquei algumas guloseimas e tomei suco, enquanto Dante apenas me fitava, encostado no umbral da porta.
— Você foi impressionante hoje — disse ele, quebrando o silêncio.
— Obrigada. Acho que todo o treinamento do meu pai finalmente serviu para alguma coisa — respondi, dando uma mordida em um pedaço de queijo.
Ele se aproximou, seus olhos cheios de admiração e algo mais profundo.
— Estou orgulhoso de você. — disse ele, puxando-me para um abraço.
— Estou aqui para isso, Dante. Para ser sua parceira em tudo — respondi, aconchegando-me em seus braços.
Ficamos ali por um tempo, apenas apreciando a proximidade um do outro. A sensação de segurança e cumplicidade entre nós era palpável. Depois de um dia tão intenso, estar em casa juntos era um alívio bem-vindo.
— Preciso tomar um banho e me livrar de toda essa tensão — disse, soltando-me de seus braços e caminhando em direção ao quarto.
— Eu também. Vamos juntos? — sugeriu ele, um sorriso travesso nos lábios.
— Claro — respondi, rindo levemente. — Que não. — Eu disse, fazendo o sorriso dele morrer no mesmo instante.
Subimos para o quarto, e entrei primeiro no banheiro para tomar um banho, trancando a porta atrás de mim. Mas como sempre, ele não respeitou o meu momento de privacidade e destrancou a porta com uma chave reserva.
— Sério, Dante? — reclamei, tentando não sorrir.
— O que foi? Não gosto de ficar longe de você, especialmente depois de um dia como hoje — respondeu ele, com um sorriso travesso enquanto entrava no banheiro.
Revirei os olhos, mas não consegui evitar o riso. Era impossível ficar realmente brava com ele por muito tempo. A água quente caía sobre mim, relaxando meus músculos tensos, enquanto Dante se juntava a mim no chuveiro.
— Você sabe que é impossível ficar bravo com você por muito tempo, certo? — disse, olhando para ele.
— Esse é o plano — respondeu ele, aproximando-se e passando a boca pelo meu pescoço, seus dedos prenderam o bico dos meus seios rígidos. — Queria passar a noite toda, com minha boca neles. — provocou.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 72
Comments
Andressa Silva
😙😙😙😙😙
2025-03-16
0
maria conceiçao
A história promete...kkk
2024-12-15
0
Rosemare Araujo
ansiosa p vê-los em ação
,Dupla imbatível!!
2024-10-01
1