Quando Dante saiu, eu me ajeitei na cama, tentando encontrar um pouco de paz após a intensidade do que acabara de acontecer. Ainda sentia as mãos quentes dele passeando pelo o meu corpo. Meti os pés na chinela fofa e fui até a sacada, observando enquanto ele entrava no carro e se afastava rapidamente. O brilho dos faróis desapareceu na distância, deixando-me sozinha com meus pensamentos.
Olhei para o outro lado e, atrás do pé de coco, avistei duas figuras conhecidas. A princípio, não consegui acreditar no que estava vendo.
— Não creio — murmurei para mim mesma, voltando apressadamente para o quarto. Vesti uma roupa simples, mas confortável, e desci rapidamente até eles.
— Papai? Tio Léo? O que fazem aqui? — perguntei, surpresa, ao encontrar meu pai e meu tio parados ali, quase escondidos nas sombras.
Meu pai olhou para o tio Léo, e depois me encarou, claramente desconfortável. Eu estava esperando que eles dissessem algo, qualquer coisa que explicasse sua presença inesperada.
— Vim falar com meu genro, é isso — disse o senhor Lombardi, com um tom que tentava ser casual, mas não convencia.
— Isso, viemos tratar de negócios, mas vimos que Dante saiu, e então, já estamos indo — completou tio Léo, pegando meu pai pelo braço e tentando puxá-lo para longe.
— Esperem! — exigi, cruzando os braços e lançando-lhes um olhar cético. — Não apareçam aqui no meio da noite sem uma boa razão. O que realmente está acontecendo?
Eles pararam, trocando olhares nervosos antes que meu pai finalmente suspirasse e voltasse a me encarar.
— Querida, viemos porque estamos preocupados. Sabemos que a vida ao lado de um homem como Dante não é fácil, e queríamos ter certeza de que você está bem — explicou meu pai, seu tom suavizando.
Era isso que eu estava vendo e ouvindo mesmo? Meu pai está preocupado com a posição de Dante, sendo que ele também é tão perigoso quanto, que trabalha em um mundo sombrio como Dante trabalha. Sério mesmo?
— É verdade, Eloá. Queremos que saiba que estamos aqui para você, sempre — acrescentou tio Léo, tentando me tranquilizar.
— Eu aprecio a preocupação, mas Dante e eu estamos nos ajustando. — respondi, tentando mostrar-lhes que estava no controle. — E claro, sei que vieram saber se Dante me tocou antes do casamento. Papai, o senhor não me enrola. A ligação que Dante recebeu foi vocês que armaram, não é?
Ele me olhou e confirmou com a cabeça.
— Papai, eu já sou adulta. Em breve vou casar e não pode ficar me vigiando assim. Aliás, vocês dois — apontei para eles.
— Verdade, minha princesa, você já está grande, cresceu e eu nem vi a hora passar. Perdão, filha, a questão é que temos só você, e mesmo sabendo que vai casar, eu me preocupo — disse ele, com sinceridade na voz.
— Eu entendo, mas preciso que confiem em mim e no Dante. Sei que ele pode ser um desafio, mas estou disposta a enfrentar isso. Preciso que me deixem fazer isso sozinha — respondi, tentando transmitir a seriedade da situação. — E você tio Léo, se seu amigo pedir novamente para trazer ele aqui, e aprontarem novamente uma dessas, eu vou ficar aborrecida com vocês dois.
— Tudo bem, Eloá. Vamos respeitar sua vontade. Mas saiba que estaremos sempre aqui para você, caso precise — disse meu pai, finalmente cedendo. Ele se aproximou e agarrou meu rosto entre suas mãos. — Oh, minha princesa já cresceu, e virou uma bela mulher, papai ama. — completou beijando o topo da minha cabeça.
— Obrigada, papai. Eu também amo o senhor, eu sei que vocês se preocupam e aprecio isso, mas tenho que viver minha vida — disse.
— Tudo bem. — disse ele, me mostrando um sorriso enquanto enxugava as poucas lágrimas que molharam seus olhos. — Meu número é o mesmo, você sabe, aquele com final 49. — disse ele mostrando o celular.
— Vamos logo, deixa de baitolagem. — Disse tio Léo puxando meu pai pelo braço para saírem dali. Eu apenas comecei a rir deles dois. Quando estão juntos só aprontam.
Eles se despediram com um tchau, e eu voltei para dentro, sentindo-me mais leve. Subi as escadas para o quarto, pensando no quanto significava ter uma família que se importava tanto, mesmo que às vezes isso fosse sufocante.
Fui ao banheiro e tomei banho. Após isso, deitei-me sobre a cama e acabei dormindo. Acordei no dia seguinte com algo envolvendo minha cintura e senti a respiração pesada do meu futuro marido em meu pescoço. Virei-me lentamente para encará-lo e estudar as feições belas daquele homem. Ele não tinha sequer um defeito físico, tão homem e tão sexy, uma verdadeira obra pintada pelas mãos de um belo pintor profissional.
— Vai ficar só aí me olhando? Ou vem pra cima me fazer de cavalo enquanto cavalga? — provocou ele, mostrando um sorriso tranquilo, revelando seus dentes brancos e perfeitamente alinhados.
— Você se acha — respondi, tirando o cobertor de cima de mim para ir ao banheiro. No entanto, Dante me puxou, colocando-me sentada em cima dele, bem onde sua ereção já estava dura como uma rocha.
— Não é questão de me achar, é questão de saber o que quero, eu já te falei isso. — Ele murmurou com voz rouca, suas mãos ainda firmes em minha cintura. Senti o calor de seu corpo irradiar através de mim, e não pude evitar um sorriso de antecipação.
Ele me puxou para deitar sobre o seu corpo, e me beijou calorosamente.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
maria conceiçao
é né para quem não gostava não gostava né ela tá começando a aproveitar bastante né tá bem soltinha você vai pegar fogo
2025-03-29
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Maria Lima De Souza
kkkkk só rindo desses dois, são uma piada kkk
2025-02-15
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Elizabeth Fernandes
Esses dois pai e tio são uns palhaços
2025-03-21
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