Ela virou-se, ficando de costas para mim, me proporcionando uma bela visão de sua bunda deliciosa. Quase não dormi a noite, só observando-a. Como era de se esperar, acabamos acordando agarrados um no outro no dia seguinte. Suas pernas estavam jogadas por cima do meu corpo, suas mãos em meu peitoral, e a cabeça repousando em meus braços.
Me movi devagar para sair e não acordá-la, mas foi inútil.
— Droga, cadê os travesseiros? — ela me fuzilou com o olhar.
— Não sei, acordei com você agarrada em mim. Nossa, eu ficaria assim o dia todo se quisesse — provoquei, sorrindo.
Ela revirou os olhos, mas não pôde evitar um pequeno sorriso.
— Você não existe, Dante Rossetti.
— Oh, eu existo, e você sabe disso melhor do que ninguém — respondi, me inclinando para dar um beijo suave em sua testa.
Ela suspirou e se afastou um pouco, ainda mantendo um toque suave em meu peito.
— Vamos, levante-se. Temos um longo dia pela frente — disse ela, tentando assumir um tom sério.
— Sim, senhora — respondi, brincando, enquanto me levantava da cama.
Nós dois nos arrumamos rapidamente, cientes das responsabilidades que nos aguardavam. Eloá estava linda em uma roupa simples, mas elegante, e eu não pude deixar de admirar sua determinação e força.
— Pronta para enfrentar o dia? — perguntei, observando-a colocar a última peça de roupa.
— Sempre — respondeu ela, com um brilho nos olhos. — Mas acho que você, que precisará de um bom humor para enfrentar o dia. — disse, olhando a tela do meu celular, que anunciava uma ligação de Lombardi.
— Ótimo. — disse pegando o celular e atendo ele.
Lombardi estava me ligando para informar que mandou as coisas da filha para nossa casa e para perguntar se eu não toquei um dedo nela antes do casamento. Agradeci por ele mandar as coisas e não respondi suas perguntas. É suficiente que ele saiba que a filha está bem e está sendo bem cuidada; a parte de se eu a toquei ou não antes do casamento, não lhe diz respeito. A partir do momento que Eloá veio morar comigo, deixou de ser responsabilidade dele.
Desliguei o telefone, sentindo uma mistura de irritação. Giovanni Lombardi sempre foi um homem controlador, mas agora, Eloá estava sob minha proteção e responsabilidade. Olhei para ela, que estava na varanda, observando o mar.
Caminhei até ela, colocando minhas mãos em sua cintura, sentindo a tensão ainda presente em seu corpo.
— Seu pai ligou. Mandou suas coisas e perguntou se eu toquei em você antes do casamento — disse, tentando manter um tom casual.
Eloá se virou, os olhos fixos nos meus, um brilho de curiosidade.
— E o que você disse? — perguntou, cruzando os braços.
— Disse que você está bem e sendo bem cuidada. O resto nem precisei dizer, ele já sabe que não é da conta dele — respondi, puxando-a suavemente para um abraço. — Poderia ter dito que eu consegui resistir a tentação.
Ela suspirou, relaxando um pouco em meus braços, enquanto sorria.
— Meu pai sempre foi assim, muito protetor. Mas agora eu sou sua responsabilidade, não dele — disse ela, sua voz firme, mas com um toque de vulnerabilidade.
— Exatamente. E eu vou cuidar de você, senhorita Eloá. Não importa o que aconteça — assegurei, beijando o topo de sua cabeça.
Ela se afastou um pouco, olhando para mim com uma expressão séria.
— Precisamos ser uma equipe, Dante. Não quero ser apenas protegida, quero estar ao seu lado em tudo — disse ela, sua determinação clara em seus olhos.
— E você estará. Somos parceiros nisso — concordei, ajeitando uma mecha de seu cabelo, atrás da orelha.
Descemos para a cozinha, onde o café da manhã já estava pronto. A tensão da noite anterior parecia ter diminuído, mas a conexão entre nós estava mais forte do que nunca.
Puxei a cadeira para que Eloá se sentasse. Fomos servidos com um belo café da manhã por Joana, que é minha funcionária. Assim que nos serviu, ela foi para a cozinha. Tomamos nosso café em silêncio, até que meu celular tocou no bolso. Atendi sem falar uma palavra, minha expressão se tornando séria.
Abandonei meu café, quase me engasgando com a torrada que se formou como uma bucha em minha boca. Levantei-me rapidamente e saí da cozinha em direção ao meu carro, sem dizer nada a Eloá. Minha cabeça estava flutuando nos problemas que surgiram e que eu tinha que resolver.
Enquanto dirigia, os pensamentos sobre a ligação ainda me perturbavam. A sede da máfia era o destino, e eu precisava lidar com a situação imediatamente. Cheguei ao local, estacionando rapidamente e entrando no prédio.
— Qual é a emergência? — perguntei a Dimitri, que me esperava na entrada.
— Tivemos uma infiltração. Alguém está vazando informações importantes para nossos inimigos. Precisamos descobrir quem é o traidor — disse ele, com a voz tensa. — Eu não liguei para o seu pai, porque pelo que eu soube, ele não estava bem essa manhã.
— Ele não me disse nada. — franzi o cenho.
Minha mente correu com possibilidades, e sabia que precisava agir rapidamente. Se meu pai não está bem, devo me preocupar e não contar sobre esses problemas que surgiram, eu posso resolver.
— Reúna os caporegimes e os conselheiros. Vamos resolver isso agora — ordenei, minha voz firme.
Enquanto Dimitri se movia para cumprir minhas instruções, minha mente vagava de volta para Eloá. Ela deve ter ficado preocupada com minha saída abrupta. Eu odiava deixá-la sem explicações, mas sabia que ela entenderia que os negócios às vezes exigiam ações rápidas e sem aviso, e que isso irá acontecer muitas vezes.
A reunião começou, e cada detalhe foi discutido. A tensão na sala era palpável, mas eu estava determinado a encontrar o traidor e garantir que nossa operação permanecesse segura.
Horas se passaram, e finalmente conseguimos identificar o culpado. Tomei as medidas necessárias para garantir que ele não pudesse mais nos prejudicar. A segurança foi reforçada, e os procedimentos internos revisados. Dimitri também me passou o relatório do que aconteceu ontem, sobre a invasão do armazém, que também resolvi ao meu modo.
Quando tudo estava sob controle, voltei para casa, exausto, mas aliviado.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Andressa Silva
😙😙😙😙
2025-03-15
0
Rosane Monteiro
/Good//Rose/
2025-02-14
0
Anonymous
Tem que ser assim: oi é8 ou 80. Nada de ficar ainda enrol6noque precisa fazer. Ainda bem que ele é rápido nas decisões.
2024-11-04
1