Cheguei em casa e encontrei Eloá lutando contra o saco de pancadas, na ampla academia privada que montei para mim, um refúgio onde eu pudesse desestressar quando necessário. Sua intensidade e foco eram evidentes, cada golpe mostrando a determinação que sempre admirei nela. Parei por um momento, apenas observando-a, fascinado por sua força e habilidade.
— Parece que você teve um dia agitado — comentei, aproximando-me.
Ela parou, respirando pesadamente, e se virou para me olhar, os olhos ainda brilhando com a adrenalina.
— Precisava liberar um pouco de tensão — disse, enxugando o suor da testa com a mão.
— Entendo. Tivemos um dia complicado também — respondi, minha voz calma, mas carregada de cansaço.
Aproximei-me do saco de pancadas e o segurei firme.
— Deixe-me te ajudar. Vou segurar o saco, e você me mostra seus movimentos — disse, olhando-a nos olhos.
Eloá assentiu, posicionando-se novamente.
— Certo, agora mantenha os pés firmes no chão. Use o quadril para dar força aos golpes, não apenas os braços — instrui, observando-a ajustar sua postura.
Ela começou a socar novamente, seus movimentos mais controlados e poderosos.
— Isso, muito bem. Agora, tente um combo: jab, cruzado, gancho. Lembre-se de girar o corpo com cada golpe — continuei, incentivando-a.
Ela seguiu minhas instruções, seus socos mais precisos e impactantes.
— Excelente. Agora, tente um uppercut. Lembre-se de dobrar os joelhos e usar a força das pernas — sugeri, ainda segurando o saco firmemente.
Ela obedeceu, desferindo um uppercut poderoso que fez o saco balançar com força.
— Perfeito. Você está ficando cada vez melhor — elogiei, sorrindo. — Não quero ser seu inimigo.
Eloá parou, respirando pesadamente, mas com um brilho de satisfação nos olhos, e um sorriso tranquilo brincava em seus lábios.
— Obrigada, Dante. Seus conselhos realmente ajudam — disse ela, enxugando o suor da testa novamente.
— É um prazer ajudar. Você tem muita força e potencial. Só precisa canalizar isso da maneira certa — respondi, soltando o saco de pancadas e caminhando até ela. — Seu pai só lhe ensinou a usar armas?
— Sim, na verdade, eu só estava socando o saco para dar uma esquentada — disse, livrando-se das luvas de boxe.
Eu sorri, admirando sua determinação. Ela tinha um espírito de luta que combinava com o meu, algo que eu não via em muitas pessoas.
— Vamos, então. Vou te mostrar alguns movimentos básicos de defesa pessoal. Nunca é demais saber como se proteger em qualquer situação — sugeri, estendendo a mão para ela.
Eloá aceitou, seus olhos brilhando com entusiasmo. Comecei a instruí-la sobre os movimentos básicos, mostrando como se esquivar de ataques, bloquear golpes e contra-atacar com eficiência. Ela aprendeu rapidamente, sua determinação evidente em cada movimento.
— Ótimo, agora tente desviar e contra-atacar — disse, avançando em sua direção com um golpe controlado.
Ela se moveu com agilidade, desviando-se e desferindo um contra-ataque preciso que me pegou de surpresa.
— Muito bem! Você está pegando o jeito — elogiei, sorrindo.
— Estou tentando. Quero estar preparada para qualquer coisa — respondeu ela, com um brilho de determinação nos olhos.
Continuamos praticando por mais algum tempo, cada vez mais sincronizados e focados. Até que, de um modo desajeitado, Eloá acabou caindo sobre mim. Seus lábios estavam tão próximos aos meus, e seus braços de cada lado da minha cabeça. Ambos suados e ofegantes, mas satisfeitos com o progresso.
— Você é uma aluna excepcional, Eloá. Com mais prática, vai se tornar uma verdadeira especialista — sussurrei, repousando minhas mãos em sua cintura, a fim de mantê-la no mesmo lugar.
— Obrigada, Dante. É bom saber que posso contar com você para me ensinar — respondeu ela, olhando para meus lábios.
Por um momento, ficamos assim, presos no olhar um do outro. A tensão entre nós era quente, eletrizante, e eu podia sentir a eletricidade no ar. Meus dedos deslizaram suavemente pela sua cintura, provocando um arrepio na sua pele.
— Eloá... — comecei, minha voz um sussurro rouco.
Ela se inclinou um pouco mais, seus lábios quase tocando os meus. O desejo e a curiosidade em seus olhos eram claros.
— Dante... — ela murmurou, seus lábios roçando os meus.
O tempo parecia ter parado, e nada mais importava além do momento que compartilhávamos. Finalmente, nossos lábios se encontraram em um beijo suave, mas carregado de desejo e loucura. Suas mãos deslizaram pelo meu peito, e eu a puxei para mais perto, aprofundando o beijo.
Quando nos separamos, ambos estávamos sem fôlego, mas com um sorriso nos lábios.
— Acho que precisamos de uma pausa — disse ela, rindo suavemente.
— Concordo. Vamos tomar um banho e depois comer algo. Treinamos bastante hoje — respondi, ajudando-a a se levantar.
Seguimos para a escada que leva aos quartos. Observei que Eloá ia passar direto, e eu a puxei para mim.
— Calma aí, onde pensa que vai? — perguntei, segurando-a pelo braço com firmeza, mas com um toque suave.
— Vou tomar banho, não foi o que você sugeriu? — ela respondeu, desabotoando minha camisa, me fazendo tremer ao sentir seu toque. Ela na mesma casa que eu, sem poder nos sentir corpo a corpo, era um desafio e tanto.
— Você dorme nesse quarto, pode se banhar aqui. Por que está querendo ir para o outro quarto? — perguntei, passando meu dedo polegar em seus lábios, sentindo sua suavidade.
— Não é só porque sou sua noiva que vou ficar nua diante de você, banhando no seu banheiro, enquanto você me olha. A tentação tem pernas curtas — ela respondeu, dando um tapinha em meu peito e caminhando em direção ao outro quarto.
Eu a observei, um sorriso brincando em meus lábios. Sua resistência e determinação eram algo que eu respeitava, mas também era um desafio constante para mim. Segui-a até a porta do outro quarto, onde ela parou e se virou para mim, sua expressão séria, mas com um brilho de humor nos olhos.
— Vou respeitar seu espaço, mas saiba que estou aqui se precisar de qualquer coisa — disse, minha voz suave.
Ela assentiu, um sorriso suave surgindo em seus lábios antes de fechar a porta.
Fui para o nosso quarto, tirando o restante da roupa e entrando no banheiro. Enquanto a água quente corria pelo meu corpo, meus pensamentos estavam presos naquela mulher. A conexão entre nós estava crescendo, e cada dia trazia novos desafios e momentos intensos.
Terminei o banho e me vesti com roupas leves, sentindo-me revigorado. Desci para a cozinha, esperando que Eloá se juntasse a mim. O tempo parecia se arrastar, mas finalmente ouvi seus passos pela escada. Ela desceu, os cabelos ainda úmidos, vestindo um vestido simples, mas que acentuava sua beleza de uma maneira natural.
— Você está linda — comentei, enquanto ela caminhava até a mesa.
Ela sorriu, um pouco tímida.
— Obrigada, Dante
— sente-se e vamos comer alguma coisa, ou todas as coisas. — Olhei para a mesa e ela seguiu meu olhar, e riu.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Vilma Teixeira Roquete
Apaixonada a cada vírgula....🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭🤭
2025-03-07
0
Andressa Silva
maravilhoso 😍🤩
2025-03-15
0
Maria Socorro Netos
a estória é muito boa 👏🏻
2024-11-02
2