Enquanto ainda estava no jantar, recebi uma ligação de um número desconhecido.
— Com licença — pedi e me retirei da mesa para atender.
Coloquei o celular no ouvido, escutando a voz masculina do outro lado da linha e um barulho como se fosse uma festa ao fundo.
— Alô.
— Dante Rossetti? Sou eu, Pablo Collen. Eu soube que está na cidade e quero fazer negócios com você.
— Por que não ligou para o senhor Massimo? Essa área é dele e, claro, também do Lombardi.
— Já tenho negócios com ele. A questão é que quero expandir meus negócios em Nova York. Ou acha que, como seu pai, eu não sei que você abriu negócios lá?
— Andou me investigando? Que audácia sua. Estarei aí em poucos minutos — encerrei a ligação.
Voltei para a mesa, mantendo a expressão neutra, mas a mente já trabalhando nas próximas ações.
— Algo errado? — perguntou meu pai, notando minha expressão séria.
— Nada que não possa ser resolvido rapidamente. Preciso sair por um momento. Não me espere, vou direto para casa — respondi, levantando-me.
Eloá olhou para mim com curiosidade e um toque de preocupação, mas eu apenas lhe dei um olhar tranquilizador antes de pegar suas mãos.
— Levarei minha noiva comigo. Um dos meus seguranças passará em sua residência para pegar as coisas dela — disse, olhando para nossos pais, que concordaram relutantemente.
Saímos do restaurante, ainda de mãos dadas. Descemos até a garagem e peguei a chave do meu carro. Em poucos minutos, estávamos dirigindo pelas ruas movimentadas da cidade, o motor rugindo enquanto eu acelerava em direção ao local indicado por Pablo.
— Não acha que estamos indo rápido demais nessa relação? — Eloá puxou assunto, a voz carregada de incerteza.
— Por quê? Está com medo de alguma coisa? — perguntei, sem desviar os olhos da estrada.
Ela ficou em silêncio por um momento e então suspirou.
— Não é medo. É apenas... muita coisa acontecendo de uma vez.
— Confie em mim. Sei o que estou fazendo — respondi, mantendo o tom firme.
Chegamos ao endereço e estacionei do lado de fora de um clube noturno, onde a música alta e as luzes piscantes indicavam uma festa em andamento. Entrei no clube, a atmosfera carregada de energia e decadência. Pablo Collen estava em um camarote privado, cercado por seguranças e algumas figuras conhecidas do submundo.
— Dante Rossetti, um prazer finalmente conhecê-lo pessoalmente — disse Pablo, levantando-se para me cumprimentar.
— Vamos direto ao ponto, Pablo. O que exatamente você quer comigo? — perguntei, cortando as formalidades.
Sentei-me numa cadeira confortável e puxei Eloá para sentar em minha perna. Havia muitas strippers dançando seminua ao nosso redor, e a expressão de Eloá não era das melhores, o que me fez sorrir por dentro. Eu estava prestando mais atenção nela do que na reunião em si.
— Quero expandir meus negócios em Nova York e preciso de alguém com sua influência e contatos para facilitar isso. Já estamos bem estabelecidos aqui, mas Nova York é um mercado promissor, e acredito que podemos lucrar muito juntos.
— E por que acha que eu estaria interessado em fazer negócios com você? — questionei, mantendo minha postura firme.
— Porque sei que você quer expandir seus próprios negócios, e uma parceria pode ser vantajosa para ambos. Além disso, temos interesses comuns que podem ser explorados — respondeu Pablo, com um sorriso confiante.
Pensei por um momento, avaliando as possibilidades e os riscos. Pablo era conhecido por sua ambição e métodos questionáveis, mas também era um homem de recursos e influência.
— Vou considerar sua proposta, mas preciso de garantias. Não faço negócios sem saber exatamente onde estou pisando — disse finalmente.
— Justo. Podemos discutir os detalhes em uma reunião mais formal. Estou confiante de que encontraremos um acordo que beneficie ambos — respondeu Pablo, satisfeito.
Concordei com um aceno de cabeça. Ele olhou para Eloá sentada na minha perna.
— Se quiserem que a reunião formal aconteça agora, podemos nos divertir antes. Talvez um pouco de sexo a três? — sugeriu ele, com um tom de voz audacioso.
Eu não podia acreditar na audácia daquele homem. Sem hesitar, levantei, pegando minha arma na cintura e apontando para a testa dele.
— Se pensa em fazer negócios comigo, a primeira coisa que deve saber sobre mim é que não divido o que é meu com ninguém — declarei com firmeza. — Está avisado. Não durmo no ponto, não vacile comigo — disse, enquanto desci a arma até a boca dele, forçando-o a abrir a mesma e enfiando o cano dentro. — Sou um Rossetti.
Ele levantou as mãos em sinal de rendição. Tirei minha arma da boca dele, peguei um guardanapo no bolso e um pouco de uísque, e limpei a arma.
— É para tirar as bactérias — falei, mostrando um meio sorriso e jogando o guardanapo na cara dele. — Vamos sair daqui. — convidei Eloá, guardando minha arma na cintura.
— O que pensa que sou? Uma prostituta? Me trate assim novamente, e eu arranco seu saco de velho depravado e o faço engolir goela abaixo — escutei a voz dela. Pensei que ela estava vindo atrás de mim, mas não, ficou para trás brigando com aquele canalha.
— Venha. — puxei-a para sairmos dali.
Saímos do clube de mãos dadas. Entramos no carro e seguimos para a minha casa na praia. Eu não entendia por que esse tipo de homem misturava negócios com prazeres. E ainda tinha o disparate de colocar os malditos olhos naquilo que é meu.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Elizabeth Fernandes
Eloá é foda Dante vai pasta nas mãos dela ansiosa kkkkk
2025-03-21
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Maria Luísa de Almeida franca Almeida franca
gente adoro histórias que a personagem e bem forte odeio mulher fraca
2025-02-11
1
Andressa Silva
eita 😂😂😂
2025-03-15
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