Após aquele breve momento de descontração, conversamos enquanto comíamos algo para repor as forças. Passei o dia explorando a grande mansão, alternando entre a piscina e a biblioteca. Dante havia saído para resolver novamente seus problemas, algo a que eu já estava me acostumando, pois raramente via meu pai em casa também.
Quando a noite caiu, me organizei e deitei na cama, continuando a ler um livro. A mansão estava silenciosa, o único som era o suave virar das páginas e o ocasional crepitar da lareira. Estava imersa na leitura quando ouvi a porta do quarto se abrir.
Dante entrou no quarto sem dizer uma palavra, passando direto para o banheiro. O som do chuveiro foi um lembrete de sua presença, e eu tentei focar no livro novamente, mas minha mente continuava a vagar, pensando nele.
Pouco tempo depois, ele saiu do banheiro, ainda sem dizer nada, e deitou-se na cama ao meu lado, completamente nu. Senti uma onda de irritação me tomar. Levantei o olhar do livro, minha expressão fechada.
— Dante, o que você pensa que está fazendo? — perguntei, tentando manter a calma.
Ele virou-se para mim, um sorriso travesso no rosto.
— Estou apenas tentando me sentir confortável na minha própria cama — respondeu ele, seu tom despreocupado.
— Você poderia pelo menos colocar uma cueca. Isso é desrespeitoso — respondi, cruzando os braços.
— Eloá, somos noivos. Não há nada de errado em me sentir à vontade perto de você — disse ele, estendendo a mão para tocar meu braço.
Afastei-me um pouco, ainda irritada.
— Só porque somos noivos não significa que você pode fazer o que quiser. Respeite meu espaço, Dante — insisti, tentando manter minha postura firme. — Não sou obrigada a presenciar essa anaconda indomável. — Eu disse, e ele gargalhou.
— Anaconda indomável? — repetiu, ainda gargalhando. — Tem que se acostumar a me ver assim, afinal, até você dorme nua.
— Eu durmo de peças íntimas, é diferente, Dante. — Respondo me levantando da cama.
— Venha aqui, Eloá, por que está se fazendo de difícil? — perguntou, estendendo a mão para mim.
— Não estou me fazendo de difícil, você é que não está acostumado a ter mulheres lhe dizendo "não" e que não se ajoelhem perante a sua alteza. Ainda mais por ver essa sua cobra enorme. Eu não sou assim — eu respondo, com firmeza.
— Tem razão. As mulheres com quem tenho estado não são complicadas como você e não se fazem de difíceis — retrucou, a irritação evidente em sua voz.
— Então corra para os braços delas. O que faz aqui? — eu disparei, os olhos faiscando de raiva.
— Se estou aqui, é porque é você que eu quero. Se eu quisesse as putas com quem compartilhei minha cama, não teria me envolvido nesse casamento com você — respondeu, sua voz mais suave, mas ainda carregada de irritação.
— Putas? É inacreditável como você se refere às mulheres com quem ficou, com total desrespeito — eu disse, descrente, cruzando os braços.
— Agora chamar elas assim, te ofende? não te entendo. — Ele passou as mãos nos cabelos. — você tem que entender que minha vida sempre foi cercada de pessoas que não me desafiam, que fazem o que eu digo sem questionar. Você é diferente, e isso me atrai, mas também é difícil para mim aceitar, estou acostumado com outro tipo de vida, não sou recatado — admitiu em frustração.
Começamos a discutir como nunca antes. Caminhei até o frigobar no canto do quarto, peguei uma garrafa de uísque e tomei um gole grande, tentando acalmar os nervos. Depois, deitei na cama, longe dele. Ainda bem que a cama era grande. Mas, do jeito que aquele cretino é dotado, ele poderia não se encostar totalmente em mim, mas sua anaconda ainda poderia me alcançar, dado o tamanho que tem.
Escutei Dante bufar, e em um movimento rápido, ele se colocou por cima de mim. Comecei a bater nele para que saísse de cima, mas ele prendeu meus braços na altura da cabeça, me imobilizando.
— Amo ver você assim, tão atrevida. Não tem ideia do que passa pela minha cabeça em querer fazer com você — sussurrou, passando a língua em meu pescoço.
— O que você pensa? — indaguei, ofegante, meu coração disparado.
— Te colocar no X que tenho em algum lugar dessa mansão, deixar suas pernas bem abertas, enquanto enfio minha língua em você — ele murmurou, sua voz rouca e cheia de desejo. — Queria ver essa garota recatada, gemer gostoso, enquanto clama meu nome bem alto, e me implore para f0de-la.
Senti um arrepio percorrer meu corpo. A imagem que ele pintou era provocativa, intensa, e apesar da raiva que sentia, não pude deixar de sentir uma onda de excitação.
— Você é um louco, Dante — consegui dizer, tentando manter algum controle.
— Talvez eu seja, mas você gosta disso — respondeu ele, mordiscando levemente minha orelha.
Eu queria resistir, queria manter minha raiva, mas era difícil. A maneira como ele me tocava, a intensidade em seus olhos, tudo me fazia querer ceder.
— Me solte, Dante — pedi, tentando soar firme.
Ele hesitou por um momento, então soltou meus braços, mas manteve seu corpo próximo ao meu, seus olhos fixos nos meus.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Elizabeth Fernandes
Dante vc achou que ia domar a fera mas e ela que está te domando
2025-03-21
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Andressa Silva
anaconda indomável essa foi boa kkkkkk
2025-03-15
0
Anonymous
Anaconda à espreita, pronta para dar o bote. kkkkkk
2024-11-04
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