Após o ato terminar, Judith ficou deitada na cama, sem forças para se mexer. Ela sentia seu corpo exausto e suado, completamente entregue ao prazer que Thomas havia provocado nela. Ele também estava deitado ao seu lado, ofegante e satisfeito. Ele a puxou para mais perto, abraçando-a enquanto ambos recuperavam o fôlego. Por um momento, ficaram em silêncio, os corpos ainda quentes e próximos. Só depois ele removeu as cordas.
Thomas e Judith acabam de ter o primeiro ato envolvendo BDSM. Depois da relação, os dois se tratan com carinho enquanto tomam banho e depois voltam ao quarto para dormirem de conchinha. Aquela foi uma evolução importante no relacionamento deles.
Depois daquela noite de entrega e desejo, Judith e Thomas seguiram com suas vidas como de costume durante algumas noites apenas dormiam, outras faziam um amor mais tradicional, mas a lembrança do que havia acontecido entre eles ainda pairava no ar. Em breve precisavam tentar de novo o BDSM.Na X.a.i. Corp. eles tentavam agir normalmente, como colegas de trabalho, mas era impossível não lembrar do momento íntimo que partilhara entre eles.
Enquanto isso, no trabalho, Thomas continuava com suas responsabilidades como CEO, enfrentando desafios e cuidando da empresa. Mas em uma reunião de diretoria, ele escutou um cochicho entre alguns membros do conselho, algo que levantou suspeitas.
Thomas notou novamente o cochichar de alguns membros da diretoria durante a reunião, mas não conseguiu entender exatamente o que diziam. Depois da reunião, ele permaneceu no salão de reunião sob o pretexto de revisar alguns documentos. Quando todos tinham saído, ele se levantou e se aproximou da porta, escutando um pequeno pedaço da conversa: “Isso dará a saída dele”.
Voltando para sua sala e temendo sobre sua vida como CEO da empresa que seu pai ajudou a formar desde o início, Thomas chamou imediatamente Judith, que veio o mais rápido possível. Em sua sala ficaram apenas o CEO, a estagiária e a iguana de estimação.
- Meu amor, o que houve? - estando a sós, Judith não se importou em chamá-lo desse modo carinhoso, pois viu que ele estava preocupado.
- Eu nem sei... vou te contar o que houve na reunião interna dos membros da diretoria - ele disse e logo depois revelou o que ouvira.
- Isso dará a saída dele... é uma frase um pouco estranha... - ela imaginou que a palavra ele referia-se a Thomas, porém não entendia o contexto disso.
Antes que a conversa pudesse continuar o telefone tocou. Os dois se olharam, mas rapidamente Thomas atendeu. E a ligação não durou nem dez segundos.
- Quem era? - Judith pergunta, aflita pelo destino de seu amado.
- Uma nova reunião de emergência... acho que vão me desligar da empresa - Thomas responde com um olhar perdido através da janela.
Judith vai até ele e o abraça. Thomas beija sua cabeça e eles se despedem. A estagiária volta para o seu local de trabalho enquanto ele volta para a reunião de emergência, já temendo o pior. E era realmente o que ele pensava.
Thomas sentiu o chão se abrir sob seus pés quando o conselho diretor da empresa o desligou do cargo de CEO. A forma como tudo aconteceu tão rápido foi inesperada e surpreendeu-o completamente. Ele tentou argumentar e defender seu trabalho, mas nada serviu. Os membros do conselho estavam impassíveis, sem se importar com suas justificativas. Em poucos minutos, Thomas se viu sem o cargo que ele havia construído com tanto esforço durante anos.
É como uma vida desperdiçada... e o pior é que dona Esther retorna para a empresa pegando o cargo de CEO. Aquilo era realmente uma traição que ninguém esperava, no entanto aquela senhora tinha a aprovação dos cabeças da empresa e isso é o que interessava.
Thomas sentiu uma mistura de frustração e decepção quando o conselho de diretoria da empresa decidiu não apenas desligá-lo do cargo de CEO, mas também terminar seu contrato de trabalho com a empresa por completo. Era como se todas suas realizações e esforços fossem desvalorizados em um dia. Isso, claro, não foi da noite pro dia, mas sim uma conspiração costurada por algum tempo. Só agora ele se lembra que foi dona Esther que o avisara sobre a reunião com investidores em Cuiabá que o levou à prisão, que foi o começo de sua ruína.
Indo para o estacionamento, ele respirou fundo e decidiu encarar a situação como a oportunidade de buscar algo novo em sua vida. Apesar de tudo não ser mais o CEO e ter as obrigações que tinha... definitvamente era uma libertação. E foi justo no momento em que começou um romance com Judith. Eles conversaram por mensagem e ele contou tudo que houve.
Ainda no estacionamento, Thomas fica surpreso ao ver Judith vindo em sua direção... e mais surpreso ainda ao vê-la com sua bolsa, como que pronta para ir embora.
- Amor? O que... - ele falava, mas ela o interrompeu com um beijo.
O beijo foi tão intenso que a jovem até derrubou sua bolsa. Depois do beijo, um carinho no rosto e a conversa é retomada:
- Eu pedi pra sair... não tinha o menor clima de eu ficar lá - Judith o surpreende com sua decisão.
- Mas é sua carreira, você vai sair sem ter culpa de nada? - Thomas, em princípio, não entende a atitude dela, talvez ainda desnorteado pelo seu próprio desligamento.
- Isso não importa. Eu vou com você para onde você for - ela se mostra leal e verdadeira como ninguém nunca havia sido antes.
Eles se abraçam... e logo depois entram no carro do ex- CEO para mais um beijão. Se faltava alguma coisa para eles ficarem unidos não falta mais. E depois do beijo voltaram a conversar:
- Vamos voltar para casa e... pensar... - Thomas estava preocupado com o futuro deles.
- Sim... com sua capacidade e qualidade poderá ser CEO de qualquer outra empresa... sei que não é a mesma coisa, mas... - Judith falava, mas ele o interrompe.
- Na verdade minha imagem entrando na delegacia ainda está estampada por aí... - ele liga o carro e revela que não será tão simples.
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
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