Então Judith passou a mensagem para o CEO Thomas se desculpando pela forma que falou e que gostaria de, se possível, uma nova reunião. Juliet parecia um anjo na vida da jovem estagiária, pois essa frase formada ficou perfeita para a reconciliação daqueles dois.
Logo que Thomas viu a mensagem abriu um sorriso e sentiu que finalmente poderia ficar tudo bem entre eles. E ele não queria esperar e mandou uma mensagem pedindo uma reunião no heliponto na hora do almoço.
Judith sorriu ainda mais ao receber a nova mensagem de reunião e tratou de repassar tudo para sua prima, ainda agradecendo pela ajuda da mesma. Após trabalhar regularmente pela manhã, a estagiária foi corajosamente até o elevador e foi até o último andar.
A coragem durou pouco. já ao pisar fora do elevador e sentir uma forte ventania, lembrou-se da enorme altura em que estava e sentiu medo. Ficou pensativa se deveria voltar para o elevador ou não, contudo antes de tomar qualquer decisão eis que as portas do elevador se abrem novamente e o CEO Thomas aparece, como um cavaleiro para salvar a mocinha.
- Boa tarde, Judith - agora sim, Thomas sorri e estende os braços.
- Boa tarde - Judith responde e o abraça.
Ele a leva novamente para a beirada. Sem dizer nenhuma palavra, eles compartilhavam um momento de intimidade que lhes parecia mágico e proibido. O vento estava implacável naquele horário e eles decidiram não passar tanto tempo assim ali em cima. Porém não poderia sair sem que rolasse um novo beijo.
E assim foi... tão apaixonado e seguro como da semana passada... era como uma continuação... havia sorrisos atrapalhando um pouco o movimento dos lábios e das línguas de ambos. Eles ficaram se olhando... um tocando na pele do outro... uma conversa se inicia:
- Eu pensei tanto em você nesse fim de semana... senti muito sua falta - Judith começa carinhosa, pensou em falar sobre sua prima, porém preferiu focar apenas neles dois.
- Fico feliz, porque também pensei em você, apesar da correria - Thomas também é carinhoso, para ele é um grande avanço admitir tal coisa.
Antes que a mente inconstante de Judith pudesse pensar em que tipo de correria Thomas passaria pelo fim de semana, o homem tratou de beijá-la com vontade mais uma vez e a jovem correspondeu. Ele a segura pela mão e a leva até o elevador, para lá terminarem a conversa, pois o vento não estava dando trégua para eles.
- Como vai ser? - a estagiária perguntou com aflição, estava em dúvida em como seria o relacionamento deles.
- Não sei... vamos só deixar o tempo passar, sem complicações agora, certo? - o CEO responde e depois lhe puxa para mais um beijo.
O elevador desce e Thomas volta para sua sala enquanto Judith vai atrás de algo para comer rapidamente e voltar para o serviço. Enquanto cada um seguia seu caminho, a estagiária e o CEO não conseguiam tirar aquele momento juntos da cabeça. Eles sentiram uma conexão que ia além da expectativa, e cada um estava ansioso para se encontrar novamente, mesmo que as escondidas. As emoções estavam confusas, mas há algo naquela tarde que havia mudado para sempre...
No restante do tempo desde o último encontro no elevador, não houve nenhuma aproximação entre ambos, nem mesmo por mensagem. Na manhã seguinte, contudo, Judith e Thomas se reencontraram daquela forma costumeira e foi como tudo se acalmasse... acontece que aquilo foram apenas alguns segundos, logo eles passaram a maior parte do tempo sem se falar, cada um ocupado em suas próprias tarefas.
No entanto, apesar da distância física, eles não conseguiam tirar um do outro de suas mentes, com a lembrança do momento compartilhado no heliponto ainda fresca em suas memórias... inclusive o desejo por ultrapassar a barreira do “apenas beijo” era iminente. Uma nova reunião foi marcada por mensagem já perto do fim do expediente. O local, como esperado, o heliponto do prédio.
A reunião começou logo com beijos apaixonados entre CEO e estagiária. Thomas estava ansioso para estar mais próximo de Judith, para continuar explorando aquele vínculo tão recente entre eles. Naquela noite, ele decidiu dar o próximo passo. Enquanto estavam no alto do prédio, ele pegou a mão dela e a puxou para mais perto e um diálogo muito breve começou:
- Vamos para o meu apartamento? - ele sussurrou suavemente em seu ouvido, fazendo-a estremecer. Um sorriso malicioso iluminou seu rosto, indicando suas intenções explícitas.
Thomas a convidou para ir para seu apartamento, e Judith estava hesitante. Ela se perguntava se ele queria apenas uma noite de prazer, ou se ele buscava algo mais duradouro. As palavras de Thomas ao sussurrar em seu ouvido faziam seu coração bater mais forte, mas ela sabia que precisava tomar cuidado para não se iludir com falsas esperanças. Ela o separou para responder.
- Eu me sinto atraída por você, mas eu também sinto medo de me machucar, principalmente pelo fato de estarmos na mesma empresa - Judith olhou para Thomas, ainda insegura sobre suas intenções. - Eu entendo suas preocupações. Mas talvez seja uma oportunidade para explorarmos nossos sentimentos juntos - Thomas olhou profundamente em seus olhos e respondeu com carinho.
Thomas mentiu, na verdade ele não entendia em nada as palavras de Judith, pois nunca foi de se envolver emocionalmente com ninguém. Pode-se dizer que nunca teve um relacionamento duradouro ou que durasse ao menos um mês... ao mesmo tempo Judith era uma esperança por algo que ele nunca teve e que sente que deveria ter, mesmo sem entender nada a respeito.
Judith não ficou tão convencida... tudo que ela mais queria era a voz de sua prima em sua cabeça para lhe dizer o que fazer... ela o abraçou e disse:
- Talvez seja melhor eu ir para casa - com uma voz de choro, nem entendia direito o motivo de estar assim... só o medo daquele relacionamento não dar certo já lhe deixara assim.
- Deixa que eu te leve em casa... é o mínimo que eu posso fazer - ele responde sentindo-se pressionado, o que deixou tudo pior.
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
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