Capítulo 11

Judith e Thomas estavam apenas uma dezena de mestros da casa da jovem, que só agora abriu a boca, contudo para ele era tarde demais. Ele quis explicar por duas vezes e foi interrompido e não saberia o que iria acontecer se mais uma vez ela tomasse novas decisões que atrapalhasse aquele romance. Temia explodir e se isso acontecesse não teria volta.

Na verdade os pensamentos daquele pressionado líder giravam em torno de dar mais uma chance para os dois ou não, definitivamente não queria desistir, porém havia mágoa. Finalmente ele abriu a boca novamente:

- Outro dia conversamos, eu acho... - Thomas não escondeu que estava desapontado.

- Não, por favor... - quase chorando, Judith sentiu que o que eles tinham estava por um fio e completa - só me perdoa, certo? - e decide seguir por um caminho mais humilde.

É a vez de Thomas olhar para o lado e lá estava aquela mulher, a mulher de sempre em seus pensamentos, mas que cometeu erros em decisões... se ela estivesse na posição de liderança empresarial que ele se encontra poderia ser o fim da empresa, todavia não se tratava disso. O homem respirou fundo e disse:

- Amanhã nesse mesmo horário eu passo aqui e a gente conversa, então, pode ser? - já mais calmo com tudo que houve.

- Sim, por favor... - ela avança para beijá-lo.

Ele pensa em virar o rosto, mas decide no último instante perdoá-la e aceita o beijo, que é bem simples, porém reconciliador. Após o momento, ele dirige os metros que faltavam para a residência da estagiária... rola apenas mais um beijo de despedida.

De volta ao seu apartamento, Thomas sentou-se em sua sala de estar, refletindo sobre o que tinha acontecido aquela noite. Ele estava frustrado com a hesitação de Judith em relação ao BDSM e não estava acostumado a ser rejeitado pelas mulheres. Enquanto tomava um gole de uísque, ele começou a pensar se realmente deveria tentar novamente algo com Judith, ou se seria melhor desistir.

Seja como fosse havia um tempo... um novo encontro estava marcado para o dia seguinte... ambos estavam ansiosos e ao mesmo tempo preocupados com o destino daquilo que poderia ser ou um término ou uma nova tentativa de aproximação.

Restando apenas uma hora para o encontro, Judith pegou seu celular para mandar uma mensagem, mas Thomas foi mais rápido. Teve início uma conversa:

- Tem certeza que devemos mesmo nos ver hoje? Sinto muitas dúvidas... - o CEO mandou, porém continuou a se arrumar para encontrar a jovem, ao menos com a esperança de que desse tudo certo.

- Sim... vamos conversar para que não tenhamos dúvidas, certo? - a estagiária respondeu imediatamente, seu coração estava aflito com tudo aquilo.

- Combinado, te vejo em 57 minutos - ele é preciso no tempo e manda a última mensagem.

- Até breve - Judith manda junto com um emoji de beijo, porém Thomas não visualiza.

O CEO termina de se arrumar enquanto Judith faz o mesmo. Dado a hora do encontro lá estava aquele sedan na frente da casa da jovem. Finalmente os dois se reencontram e após se verem o clima é muito mais parecido como das reuniões no heliponto que do desgaste do dia anterior. Rola um delicioso beijo... depois saem se olhando e com pequenos sorrisos. Ainda no carro voltam a conversar:

- Então... como uma reunião ou... onde podemos conversar? - Thomas pergunta, mas dessa vez vai ouvir e pensar bem se aceita ou não o que ela escolherá como decisão.

- No seu quarto, de onde eu não deveria ter saído daquela forma... - Judith, com uma coragem inacreditável, o surpreende.

O homem não se contém e ri e ela fica um pouco envergonhada, porém vem um flashback da noite anterior... após chorar um pouco com tudo que aconteceu, ela lavou o rosto e foi se aconselhar com sua prima, que repreendeu suas ações e lhe aconselhou. E mais uma vez ela estava certa.

Sem pensar duas vezes, o CEO foi dirigindo de volta para sua casa naquela noite e o clima entre ele e a jovem era o melhor possível. Não havia silêncio por nem um minuto, quando um se calava o outro puxava assunto, evitando, claro, a noite anterior... sabiamente escolheram falar sobre o jantar, que havia sido muito especial.

Ao chegarem no estacionamento, porém, o silêncio voltou, pois ainda havia alguma insegurança nos rumos que a conversa poderia ter... se é que fosse ter alguma conversa. Thomas estava surpreso com aquela decisão ousada de Judith, que por sua vez repetia em sua mente o que ouvira de sua prima na noite anterior: “Só vai rolar o que você quiser”.

De mãos dadas, os dois subiram... e foram direto até o quarto. Havia uma tensão, embora muito mais relaxamento que comparado a noite anterior. Judith voltou a olhar os objetos... por alguns sentia repulsa... já outros a faziam pensar... por que não?

Thomas ficou em silêncio o máximo de tempo que pode, então sentou-se na cama e fez sinal para ela sentar ao seu lado, batendo com a mão no colchão... batendo talvez não deveria ser a melhor reação, mas Judith aceitou e sentou-se. Agora finalmente conversaram:

- Então, assim é melhor... diante de nós está só a porta - ele comentou dessa forma porque a viu observando atentamente todos os objetos de BDSM do quarto.

- Verdade... não é que eu seja careta, sabe... é que aquilo foi muito repentino... entrar e dar de cara com... tudo... quebrou o clima - ela coloca seu ponto de vista.

- Eu tentei te avisar, mas você que insistiu em entrar... ia ser mais devagar - Thomas também revela o que tinha em mente.

- Tudo bem... que tal assim... estamos ainda no dia anterior... entramos. Eu não vi nada. Apenas sentamos aqui e cá estamos, então... o que acontece agora? - Judith ficou curiosa com o que aconteceria se não tivesse o levado para o quarto e perguntou para testá-lo.

Inicialmente o CEO apenas refletiu sobre aquilo... e decidiu que aquela ideia poderia funcionar para consertarem de vez o que rolou ontem.

Continua...

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