Após o convite de jantar, Judith ficou muito animada e excitada com tudo que estava acontecendo, mesmo com sua mente repetindo que era apenas um jantar de negócio e que provavelmente Thomas só queria a presença dela consigo para que ela trabalhasse ainda mais.
Deu a hora que ela deveria estar saindo para ir pra casa, mas agora com esse convite, ou intimação, Judith não sabia o que fazer, mas eis que um funcionário da X.a.i. Corp. surge e fala:
- Boa tarde, Judith, não é? O senhor Thomas pediu para te levar para casa e de lá te levar para o jantar - ele comenta como se tivesse decorado aquela fala, o que tornou o momento engraçado.
Judith abriu a boca para perguntar suas dúvidas, mas eis que seu celular toca. É o CEO. “Judith, pedi que o motorista te levasse para casa para não haver atrasos. Vista uma roupa formal e volte ao encontro dele, que te levará ao local, ok?” E desligou. Judith então apenas pediu que o homem a levasse e guardou para si o restante das dúvidas.
Que opções de roupa ela teria para usar? Sua melhor e mais formal roupa é um vestido preto de boa malha, porém não seria aquela roupa muito básica? E quanto ao calçado? Só tinha um salto preto e sempre sente muitas dores nos pés ao usá-los.
As dúvidas a torturam... o chefe não mencionou nada sobre cheiros, ao contrário parecia que não quer que ela se atrase de jeito nenhum. Dava tempo tomar um bom banho ou tinha que ser rápida mesmo? E a depilação íntima? São apenas negócios, mas nunca se sabe. Uma coisa é certa, ela daria comida e água para seus dois gatos, seus únicos companheiros de momento.
O veículo que levava Judith finalmente estaciona na frente de sua moradia. A jovem diz um até logo e anda com passos rápidos. Resolve fazer tudo bem feito e o trânsito que a ajude em não atrasar. Aparentemente foi uma decisão acertada, pois não recebeu nenhuma mensagem ou ligação pedindo para se apressar. Parece que tudo está conspirando favoravelmente.
A jovem volta para o veículo e o motorista a leva para o local. Ele dirige com pressa, talvez ele tenha recebido a bronca. De qualquer forma parece que ela chegou em uma boa hora. É um restaurante chic que Judith jamais entraria se não fosse convidada. E no carro da frente estava descendo o CEO Thomas, pronto para acompanhá-la.
Durante o jantar de negócios, Thomas e Judith estavam sentados um ao lado do outro em uma mesa reservada. Ela notava a maneira como ele olhava para ela, com um sorriso misterioso e uma intensidade desconfortável. Ele se inclinou ligeiramente em sua direção, seu rosto bem próximo ao dela, e sussurrou algo que ela não conseguiu entender.
Judith sentiu um arrepio percorrer seu corpo enquanto Thomas se aproximava dela. Ela podia sentir o calor emanando dele, a intensidade de seu olhar, e não conseguia desviar seus olhos. Ele inclinou-se ainda mais em sua direção, seu rosto agora bem próximo, e sussurrou aquilo ao seu ouvido. A jovem sentiu seu coração disparar e seu rosto aquecer, enquanto se perdeu por um momento naquele instante.
O nervosísmo foi tão grande que deixou aquele momento passar. Thomas sussurrou palavras suaves, mas Judith não conseguiu ouvi-las claramente. O cérebro dela guardou aquelas palavras e escondeu no seu subconsciente, mas era como se o CEO estivesse compartilhando um segredo só seu, algo que a deixasse curiosa e levemente ansiosa.
Thomas voltou a comer e cadê a coragem de Judith em pedir para repetir? Após o término da mastigação, o jovem CEO voltou a falar de trabalho... ele continuava com aquele jeito rígido, contudo havia percebido que aquele foi um momento quente e interessante.
Enfim, o jantar terminou. Quando os dois deixaram o restaurante já estavam outros dois carros esperando por eles... Judith ficou um pouco desapontada, pois pensou que poderia ter mais tempo com Thomas... quem sabe os dois a sós no carro particular dele para ouvir mais coisas incompreensíveis no seu ouvido. Uma conversa interrompe os pensamentos:
- O motorista lhe levará para casa, até amanhã - Thomas fala e faz sinal com a mão indicando para qual veículo ela deveria seguir.
Judith acena positivamente e, embora quisesse saber para onde o CEO iria e o que ainda iria fazer naquela noite, deu-se por satisfeita e entrou no carro. Logo após trocar boa noite com o motorista os pensamentos sobre o que acabara de acontecer voltaram.
Enquanto o veículo andava em uma tranquila velocidade até sua residência, Judith permaneceu pensativa sobre o encontro com Thomas. Ela sentia uma mistura de atração e desconfiança por seu chefe misterioso, e sabia que precisava tomar cuidado para não se envolver demais em seus negócios.
Chegando em paz, como se até a mente lhe desse um descanso de tantos pensamentos naquele dia, Judith se resume em dar atenção ao seus gatos e descansar. Aquele foi um dia longo... no dia seguinte a jovem voltou a acordar cedo e estava com corpo e mente bem dispostos, especialmente a mente, ainda pensando em Thomas e na conversa intrigante do jantar. Ela se olhou no espelho, determinada a manter uma fachada calma e profissional durante o expediente. Com um profundo suspiro, ela saiu de casa e rumou para a empresa.
Ao chegar na empresa, no entando, seu plano de manter a calma foi para o espaço. Ela notou desde o porteiro até o andar em que trabalha que todos os funcionários pareciam diferentes naquele dia... os passos eram rápidos e as conversas entre os funcionários eram apenas sussurros.
Apesar do pouco tempo na empresa, estava claro que algo estava definitivamente errado na empresa naquele dia. Judith se sentia desconfortável com a atmosfera tensa e as atitudes estranhas dos funcionários. Era como se todos estivessem tentando manter um segredo e logo voltou a recordar sobre a tal Operação Omega.
O tempo ia passando e Judith permanecia confusa e preocupada com a situação estranha na empresa. Ela decidiu tentar conversar com dona Esther, porém não a encontrou... pensou em falar também com Gerald, contudo lembrou-se que já é como se devesse algo a ele... e até aquele momento não dá pra saber se há algum funcionário de confiança para lhe contar o que estava acontecendo, mas todos pareciam ocupados e apressados demais para qualquer coisa. Ela não conseguia deixar de pensar que algo sinistro estava acontecendo, e que Thomas estava no centro disso, afinal ele é o CEO.
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
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