Ainda no alto do prédio da X.a.i. Corp., no começo daquela noite de segunda, Judith e Thomas voltam a conversar rapidamente sobre o processo ao qual o CEO passa, porém não há nenhuma novidade. O advogado continua trabalhando no que pode e a situação só exige mesmo uma espera enquanto tudo se resolve. As coisas estão ainda piores para aqueles que de fato cometeram crimes, mas não é o caso de Thomas muito menos de Judith.
O silêncio se estendeu por alguns minutos com os dois olhando para o horizonte até que Thomas se virou para ela e uma conversa muito importante teve início:
- Nós precisamos conversar - ele disse, com um tom sério em sua voz. Judith se virou para ele, pronta para ouvir o que ele queria dizer - É sobre nós, sobre nosso relacionamento - e concluiu após acariciar seu rosto.
- Sobre nós? - a jovem ficou surpresa com aquelas palavras, mas muito feliz.
Houve um breve momento de expectativa entre eles enquanto Thomas preparava as palavras. Judith o observava com atenção, seu coração batendo mais rápido enquanto ela imaginava o que ele poderia dizer. Thomas respirou fundo e, finalmente, disse:
- Preciso ser honesto, eu realmente me importo com você e quero algo sério - era uma decisão importante que tudo que eles viveram nos últimos dois dias encaminhou para isso.
Judith sentiu seu rosto corar enquanto seu coração palpitava ainda mais rápido. Thomas aguardava uma resposta e ela tratou de finalmente abrir a boca:
- É tudo que mais quero, mas... e sua posição como CEO e a minha como estagiária? - aquela duvida permanecia.
Foi a vez de Thomas pensar por um segundo, mas não mais do que isso. O homem olhou para Judith e sorriu suavemente antes de responder:
- Eu sei que a situação entre nós não é tradicional, mas acho que podemos lidar com isso. Eu nunca deixaria que nossa relação atrapalhasse meus negócios ou sua carreira - ele chegou mais perto dela e completou - eu sei que você é uma mulher muito talentosa e determinada. Eu confio em você e sei que juntos, podemos superar qualquer obstáculo - definitivamente não queria mais perder tempo.
- Então agora somos... namorados? Posso te chamar de amor? - Judith sorriu com as próprias perguntas.
Judith observou o rosto de Thomas, sentindo sua sinceridade e paixão. Ele apenas balança a cabeça positivamente e eles trocam um novo beijo, agora oficialmente são namorados... e logo depois um abraço como que confirmando que o tempo perdido foi necessário para que tudo ocorresse na ordem como realmente deveria ser.
Mesmo jovem e pouco experiente com romances, Thomas sabe que quando se trata de um CEO que começa a namorar uma estagiária, é importante levar em consideração as políticas da empresa e os possíveis conflitos de interesses que podem surgir. O CEO deve ser transparente e comunicar suas intenções ao resto da equipe para evitar rumores e especulações. Além disso, ele deve também tomar cuidado para não favorecer sua parceira na empresa ou deixar que sua relação afete a dinâmica da organização. E tratou de explicar essas coisas para Judith, ainda na “reunião”.
Com o fim daquele momento, ambos foram para o estacionamento e uma nova conversa surgiu:
- Gostaria que viesse morar comigo... já tirei aqueles objetos de BDSM usados pelo meu eu passado - Thomas mostrava-se maduro em iniciar algo novo com Judith.
- Isso foi repentino... preciso pensar - Judith não sabia como responder.
Por um segundo ela se imaginou conversando com sua prima Juliet e imaginou que a mesma a aconselharia em ir viver esse romance sem pensar duas vezes, então ela disse:
- Pode me levar pra casa... e me esperar, eu pego algumas coisas e voltamos pro seu apartamento - um pouco tímida ao confirmar que quer tentar do modo dele.
- Tá certo, meu amor - ele também resolve chamá-la do mesmo modo carinhoso que ela sugeriu.
Após chegarem na casa de Judith, Thomas aguarda no carro, pois precisava fazer uns telefonemas de negócio e a jovem entra em casa. Contando a novidade para sua prima, Juliet, uma conversa se inicia:
- De jeito nenhum que você aceitou assim. Isso é burrice - a prima deu-lhe uma severa bronca.
- Ué, mas por que não posso ir morar com ele? A gente finalmente está mais próximo - Judith tenta argumentar.
- Mais próximo ainda é longe do ideal... convivência é difícil... e agora? - Juliet fica sem saber o que dizer.
- Quero que fique aqui e cuide das minhas coisas, vou levar só algumas coisas... se der merda eu volto, mas por favor... torça por mim - a dona da casa pede e a abraça.
- Claro que torcerei... tudo que mais quero é que dê tudo certo entre vocês dois. Acho que ninguém nunca te fez tão bem quanto esse homem - a prima a abraça forte.
As duas saem do abraço e sorriem. Juliet ajuda Judith com a mala, ainda insegura sobre aquela tomada de decisão, porém torcendo pela felicidade de sua prima. Finalmente a estagiária reencontra Thomas em seu veículo e os dois começam a voltar para o novo lar de ambos. Enquanto isso, uma nova conversa começa:
- Vou te falar... você demorou que deu tempo até eu resolver outra pendência... - Thomas fala de modo misterioso.
- Desculpe... como assim, pendência? - Judith sentiu que tinha a ver com ela, mas não sabia ao certo.
- Eu encomendei novos acessórios de BDSM. Tudo chegará amanhã - o CEO revela com um sorriso saf4do.
- Eita... vamos devagar com isso, tá - ela ficou um pouco temerosa com aquela frase.
- Não se preocupe... - ele confirmou.
Finalmente eles chegaram. Thomas e Judith entraram no quarto, ambos exaustos depois do dia longo e cheio de emoções. Assim que fecharam a porta atrás deles, ficaram parados por um momento, apreciando a relativa calmaria do ambiente. Não havia mais nada relacionado ao BDSM ali, como Thomas havia prometido. Eles se olharam e começaram a se preparar para ir para a cama. Era uma situação diferente do que estavam acostumados, apenas indo dormir juntos. Eles se deitaram na cama, lado a lado, tentando relaxar e acalmar as mentes.
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
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