Gabriel e eu estamos em uma fase muito boa do nosso relacionamento, sinto que com ele posso enfim me libertar do meu passado e de todos os meus medos e traumas, sinto que finalmente encontrei alguém para mim.
Estamos trabalhando em um projeto novo, o protótipo que minha tia estava desenvolvendo paralelamente a Adams foi patenteada por eles e minha tia vai ganhar um bom dinheiro por isso, porque além de sócia do Adams, e vai ganhar os lucros por participação das vendas, ganhou o dinheiro por vender o projeto para a empresa.
Falando na minha tia, ela está de licença, tirou um ano para cuidar dos bebês dela e Gabriel e eu estamos no comando de tudo por aqui nessa unidade.
— Oi, com licença. — uma mulher diz entrando em nossa sala de criação.
Estranho que ela não foi anunciada e nem nada.
— Oi. — digo.
— Eu queria falar com o Gabriel.
— Não tinha ninguém na recepção? — pergunto.
— Não, mas não precisa se preocupar, os seguranças me revistaram lá fora.
Meus seguranças!
— Tudo bem.
— Tem problema eu esperar aqui?
— Vou te levar até a sala dele. — digo parando o que estou fazendo para acompanhá-la até a sala de Gabriel.
— Obrigada, demorei tanto para chegar aqui.
— Não é daqui?
— Não.
— Entendi, é por aqui, pode vir. — digo indicando o caminho para ela.
— Aqui é bonito. — ela diz.
— É sim. É aqui a sala dele, pode entrar. — digo abrindo a porta para ela.
— Obrigada.
— Pode sentar. — digo indicando a cadeira para ela e me sento na de Gabriel, não vou deixá-la sozinha aqui, já que não a conheço, mas ela conhece ele.
Ela olha em volta da sala e sorri, mas não diz nada.
— Oi minha princesa. — Gabriel diz entrando na sala e sorri para mim. — Não sabia que estava aqui, eu fui ver a questão dos fornecedores.
— Oi meu bem, essa moça quer falar com você. — digo e ela se levanta e no exato momento vejo Gabriel ficar pálido.
— Que tipo de pesadelo é esse? — ele meio que cambaleia para cair e vou até ele e o ajudo a sentar.
— O que aconteceu, meu bem? Fale comigo. — a moça nos olha aflita sem saber o que fazer. — Quem é essa moça?
— A garota da moto. — ele diz baixo.
— Como é? Mas ela...
— Tinha morrido? — ela pergunta. — Não tinha, é uma longa história que eu vou explicar pra você meu amor.
AMOR?!
— Laura... amor. — ele me olha aflito.
— Eu vim te explicar como tudo aconteceu amor. — a mulher diz.
— Estou sobrando aqui, já estou indo. — digo.
— Eu preciso resolver isso, preciso saber o que aconteceu. — ele diz e olha para mim.
— Ok, fique à vontade. — digo saindo da sala dele e indo até a outra sala para pegar minhas coisas, não vou ficar aqui e nem consigo na verdade.
Sinto meu corpo inteiro tremer, uma dor forte no peito e muita falta de ar, tento controlar minha respiração, mas é inevitável.
— Laura? — Ben me chama. Laura? Laura? Está tudo bem? Laura? Gente a Laura está passando mal, chamem os seguranças dela lá fora.
Quando dou por mim estou nos braços de Lucas e ele me colocando dentro do carro.
— Estamos indo para o hospital Laura! Seus pais já estão indo para lá.
Não falo nada, não me sinto bem, me sinto meio anestesiada, não sei nem como descrever o que estou sentindo.
— Laura?! Chegamos.
— Não estou conseguindo respirar Lucas!
— Calma, vamos descer do carro.
— Lucas, eu não consigo respirar!
— Aí meu Deus! Calma Laura.
Lucas me coloca nos braços e entra praticamente correndo no hospital, comigo nos braços.
— Senta aqui, fica calma.
Lucas sai correndo pelo hospital e logo algumas pessoas de jaleco branco se aproximam de mim, não sei se são médicos ou enfermeiros, mas sei que logo sou levada.
— Qual o seu nome? — uma delas pergunta me ajudando a sentar na maca.
— Laura.
— Seu nome completo.
— Anna Laura Medeiros Alencar.
— É da família da doutora Beatriz?
— Isso! Pode chamar a minha tia?
— Alguém chame a doutora Beatriz.
Continuo meio em choque, vendo tudo em câmera lenta.
— Não estou conseguindo respirar. — digo.
— Sua pressão está alta, mas sua saturação está normal, vou te colocar no oxigênio pra te ajudar a respirar melhor, respira fundo. Logo a médica vem te ver.
Ela coloca uma máscara em mim e aos poucos vou conseguindo respirar melhor.
— Lalá?! — minha tia entra no quarto e me olha preocupada. — O que aconteceu meu amor? — ela me abraça e eu desabo, só quando me sinto segura em seu abraço consigo chorar.
— Filha? — meu pai entra com tudo no quarto e me olha preocupado. — O que aconteceu com ela Beatriz?
— Eu não sei, ela não consegue falar.
— Lalá?! Meu amor? O papai está aqui, sua mãe também.
— É meu amor, a mamãe está aqui, não quer contar o que aconteceu?
— O que minha filha tem? — meu pai pergunta para a outra moça de jaleco branco que está entrando no quarto.
— Aparentemente ela teve uma crise de ansiedade, mas a pressão está alta, vou prescrever uma medicação para ela tomar aqui e vou pedir uns exames e vou deixá-la em observação.
— Ok.
— Logo vão trazer sua medicação e quando estiver mais calma vai fazer seus exames. — a moça de jaleco branca, que acho que é médica sai do quarto.
— Está conseguindo respirar melhor? — a outra moça de jaleco branco, que acho que deve ser a enfermeira, pergunta e eu assinto. — Aqui, coloque esse comprimido em baixo da língua, é para a pressão e vou passar um acesso para poder tomar a outra medicação.
— O que é a outra medicação? — minha mãe pergunta.
— Um calmante, ela pode ficar meio sonolenta e até dormir, mas é normal, e é bom que ela durma um pouco, mais tarde faremos exames.
— Ok.
A enfermeira passa o acesso e logo conecta um tudo de soro e coloca o tal calmante junto.
— Vai contar agora o que aconteceu minha princesa?
Respiro fundo e conto a eles o que aconteceu.
— Por isso que não queria que você namorasse outra vez. — meu pai diz.
— Fica calmo, moreno, não é hora para falar isso agora. Tudo tem uma explicação.
— Ele que não ouse se aproximar da minha filha! Ele é grande, mas eu sou maior!
— Tem que deixar eles se resolverem Caio. — minha mãe diz.
— Ele vai se resolver! Mas é comigo, vamos ver se ele vem me encarar!
— Sem violência papai! Eu não gosto de violência.
— Não estou sendo violento, minha princesa, estou protegendo você.
— Ele não vai vir atrás de mim papai, ele ama aquela mulher, só não estão juntos porque ela morreu, ou ele achou que tinha morrido, sei lá. Agora ele vai se acertar com ela e com certeza vão ficar juntos.
Pensar nisso me faz ficar muito triste, pois eu tenho um sentimento muito forte por Gabriel, mas eu preciso entender que os dois tiveram uma história juntos e nada mais justo ele querer retomar isso de onde pararam e óbvio, eu não vou ficar no meio disso, não vou procurá-lo, se ele quiser conversar comigo que vem até mim, mas se não vier, eu darei nossa história por terminada.
Sinto meus olhos pesarem e as vozes vão ficando cada vez mais longe.
— Descanse meu amor, mamãe e papai estão aqui e estaremos aqui quando acordar. — sinto o beijo leve da minha mãe em minha testa.
E finalmente fecho meus olhos.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Eliana Esguerçoni
Essa mulher está aprontando deve ter visto fotos ou eles juntos e resolveu voltar ,será que tem dedo do ex dela no meio ?🤔
2025-03-26
1
Josilda Maria
Autora mulher não deixa essa cobra enganar ele com certeza fugiu a morte
2025-03-28
1
Maristela Cuoghi
autora não separa eles não, são tão lindos juntos
2025-03-22
2