Capítulo 12

Acordo e não encontro Gabriel na cama, eu não faço a menor ideia de que horas são, mas deve ser cedo ainda.

— Oi, bom dia. — Gabriel diz entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã.

— Bom dia.

Ele está com os cabelos molhados e penteados para trás, esse homem de cabelo comprido é uma verdadeira tentação, cada vez mais difícil resistir a tudo isso.

— Trouxe café, fiz torradas, ovos mexidos, suco, café e cortei umas frutas.

— Hum... acho que eu vou te roubar pra mim, você cozinha, não me deixa fazer nada e ainda me trás café na cama. — ele sorri.

— Não precisa roubar não, eu vou por vontade própria, pode me pegar à vontade.

— E o bolo? Não trouxe bolo?

— Você quer?

— Sim, por favor.

— Vou buscar pra você linda. — ele me dá um selinho e sai.

Meu celular toca em cima da mesa de cabeceira e eu já sei quem é, meu pai.

— Oi papai, bom dia.

— Bom dia meu amor, dormiu bem?

— Dormi sim papai.

— O cabeludo dormiu aí com você? — sorrio.

— Dormiu sim.

— E vocês?...

— Não papai!

— Ah! Que bom.

— Ainda estão na fazenda?

— Sim, vamos voltar à tarde. E você volta a que horas?

— À tarde também.

— Ok, juízo viu filha.

— Pode deixar papai.

— Te amo princesa.

— Também te amo papai. — encerro a chamada.

— Voltei com seu bolo, meu amor.

— Obrigada.

— Não tenho boas notícias.

— O que aconteceu?

— Houve um deslizamento de terra na estrada e isso derrubou alguns postes, não se sabe quando a energia vai voltar e nem quando vão consertar a estrada.

— Quem te disse?

— A moça que veio aqui ontem.

— Joana.

— Isso! Ela veio arrumar a casa e me falou que não daria para nós voltarmos hoje.

— Nossa! Mas precisamos voltar.

— Não tem como.

— Poderia pedir ao meu tio Bernardo para vir nos buscar de helicóptero, mas com esse temporal não vai dar.

— Seu tio pilota?

— Sim.

— Teremos que ficar aqui até a chuva passar.

— A comida da geladeira vai estragar. Bem que minha mãe mandou meu colocar um gerador nessa casa, mas ele disse que não era necessário já que não passamos muito tempo aqui.

— Quanto a comida não precisa se preocupar, podemos ir comprar algo por aqui por perto, na praia.

— E como vamos voltar para casa?

— Quando consertarem a estrada ou a chuva passar para seu tio vir nos buscar. Relaxa, tome seu café, não adianta se preocupar com isso, só nos resta esperar. — ele sorri.

— Está adorando isso, não está?

— Se eu disser que não, estarei mentindo. Estou com você em um lugar lindo, e ainda por cima sozinhos, o que mais eu posso querer?

— Você é inacreditável! Tenho faculdade, tenho trabalho, tenho muitas coisas para fazer.

— Eu também tenho que trabalhar.

— Mas parece que não se importa com isso.

— Não me importo mesmo, ficar nervoso não vai ajudar, se não temos como voltar não podemos fazer nada.

— Eu mereço!

— O que é isso, minha princesa? Não gosta da minha companhia?

— Pior que gosto.

— Então... Come vai, depois você toma banho e nós podemos assistir um filme.

— Tá.

Bebo um pouco do café, está forte e amargo, do jeito que eu gosto e como o bolo que é tão bom quanto o da minha avó Maria.

Gabriel senta de frente para mim e toma café comigo, em alguns momentos sorri para mim.

Está ficando cada vez mais difícil resistir a esse homem, ainda mais agora sabendo que iremos ficar aqui não sei nem até quando.

Como vou dormir e acordar com esse homem todos os dias ao meu lado e manter meu foco?! Não vai ter como, acho que não vou conseguir.

Terminamos de tomar café e ele vai deixar a bandeja na cozinha e eu aproveito para tomar banho.

A chuva não cessa e parece que não vai tão cedo. Nem para ir se helicóptero não dá.

Saio do banheiro só de toalha e Gabriel está deitado na cama mexendo em seu celular, mas para na hora que me vê.

Vou para o closet e fecho a porta, não sou obrigada a trocar de roupa na frente desse atrevido.

— Pode deixar a porta aberta moça, eu não olho.

— Sei...

— É sério.

— Conta outra. — ele sorri.

— Estou em desvantagem aqui.

— Porquê?

— Você já me viu sem roupa e eu não te vi ainda.

— Mas eu ia virar de costas, você que não quis.

— Filha de advogados...

Saio do closet usando outro conjunto de moletom, mas esse é cor de rosa.

— Já falei, está no meu sangue. — ele sorri.

— Porque tão coberta amor? Fica mais à vontade.

— Está frio. — digo deitando ao lado dele.

— Vamos para a sala e acendemos a lareira.

— É uma boa ideia.

— A moça está arrumando lá embaixo, eu disse que não precisava, mas ela brigou comigo e disse que era o trabalho dela. — sorrio.

— Não mexa com a Jô quando ela estiver trabalhando, para o seu bem.

— E você só me avisa agora, ainda bem que deixei tudo limpo na cozinha.

— Ai que ela vai brigar com você mesmo, ela não deixa ninguém fazer nada.

— Ferrou! — ele diz e nós sorrimos. — Já avisou seus pais que não voltaremos hoje?

— Ainda não.

— Pois fale meu bem, seus pais podem ficar preocupados.

— Vou mandar uma mensagem pra minha mãe.

Pego meu celular na mesa de cabeceira e Gabriel vai deixando beijos no meu pescoço, isso me deixa arrepiada.

"Mamãe, houve um deslizamento de terra aqui, o que derrubou alguns postes, estamos sem energia e sem poder ir para casa, a estrada está interditada."

A resposta dela vem de imediato.

"Meu Deus filha! Se cuida viu, não vai sair na chuva e tenta se alimentar, tenta comprar comida na praia."

"Pode deixar mamãe."

"O bonitão ainda está aí?"

"Sim."

"*Já tr*nsaram*?"

"Não dona Raquel!"

"Filha, se fosse eu com seu pai, no mínimo teria sido umas três só ontem, hoje pela manhã teria sido outra e provavelmente nós nem sairíamos do quarto."

"Mamãe! Me poupe dos detalhes sórdidos, vocês são meus pais."

"Acha que fizemos vocês como menina?! Não foi a cegonha quem te trouxe não!"

"Eu sei! Mas não preciso saber disso, a senhora e a tia Liz são puro fogo."

"São quase vinte e dois anos de casamento meu amor, seu pai não me troca por outra de forma alguma."

"Acho bom ser assim até o dia que a morte os separe, vocês são a maior referência de amor para nós e para muitas outras pessoas."

"Sendo para vocês é o mais importante."

"Vou te deixar aproveitar aí, se cuida filha, qualquer coisa liga."

"Pode deixar mamãe."

"Te amo, use camisinha."

"Também te amo mamãe."

Bloqueio o celular e coloco em cima da mesa de cabeceira.

Gabriel continua beijando meu pescoço e vem vindo para cima de mim e me beija, um daqueles beijos que me deixam molhada e com a b*ceta se contraindo de vontade.

— Acho melhor nós descermos, acho que a Jô deve ter terminado lá embaixo e está esperando do nós descermos para limpar aqui em cima.

— Vá na frente, preciso acalmar meu parceiro aqui.

Olho para o meio das pernas dele e o "parceiro" dele está bem animado. Não deixo de lembrar de ontem quando o vi tomar banho.

Foco Laura!

— Te espero lá embaixo — dou um selinho nele e saio do quarto.

Desço as escadas e Jô está justamente limpando-as.

— Já posso subir para limpar os quartos? — ela pergunta.

— Pode. — digo quando vejo Gabriel vindo.

Ele vai acender a lareira e eu preparar um chocolate quente.

— Ei moça? O que está fazendo? — ele pergunta me abraçando por trás e beijando meu pescoço.

— Chocolate quente.

— Deixa que eu faço bebê.

— Não! Minha vez de fazer algo pra você.

— Pode fazer algo por mim.

— O que?

— Me deixar te fazer g*zar bem gostoso na minha boca.

— Só isso?

— E me deixa te c*mer bem gostoso e te fazer gritar, mas não pelos os seguranças e sim de prazer.

— Eu te conheço a pouco tempo, não vou tr*nsar com você! — ele sorri.

— Você faz jogo duro mesmo não é? Muito controlada você.

— Eu sou.

— Mas vai dizer que não está com vontade?

— Estou, eu sou humana! E estou há um ano sem sexo de verdade.

— Só com seus brinquedinhos?

— Só com eles.

— Quero te ver usando eles um dia.

— Quer que eu me masturbe pra você?

— Quero. — ele diz ainda abraçado a mim e sinto sua ereção contra minhas costas.

— Quem sabe um dia eu não te dê esse privilégio.

— Vou esperar ansiosamente. — eu sorrio.

Meu celular vibra em meu bolso e Gabriel o pega para mim e se afasta para me dar privacidade, é minha mãe.

— Oi mamãe.

— Sou eu Lalá.

— Davi?

— Sim.

— Oi meu amor, você está bem?

— Estou, e você?

— Muito bem. — ele sorri. — E essa alegria toda?

— Eu beijei Rubi. — fico boquiaberta.

— Sério?

— E como foi?

— Foi legal, na verdade ela me beijou, me deu um selinho e saiu correndo e agora eu não sei o que faço.

— Primeiro, não deixe o Adams saber, ele arranca seu couro, segundo não conta pra Cecília que ela é linguaruda e vai acabar contando pra todo mundo e terceiro diz pra Rubi que você gostou do beijinho dela. — sorrio.

— Laura, eu tenho onze anos e ela também, não deveríamos está fazendo isso.

— É! Mas não foi você, foi ela e seria bom falar algo pra ela, dizer se gostou ou dizer que isso não foi certo.

— Eu gostei, mas não foi certo.

— Conversa com ela então moreninho, eu sei que gosta dela.

— Gosto! Ela é minha amiga.

— Acho que ela não quer ser só sua amiga.

— Eu acho que não.

— Eu vou desligar agora Laura.

— Ok, juízo viu, manda beijo pra todos aí.

— Tá, te amo Lalá.

— Também te amo, meu moreninho lindo. — digo e encerro a chamada.

Gabriel me olha e sorri para mim, não sei por qual motivo.

— O que foi? — pergunto.

— Você vai ser uma ótima mãe.

— Não quero ter filhos.

— O quê? Uma Medeiros Alencar que não quer filhos? É um ultraje você dizer isso.

— Não quero não.

— Eu quero ao menos uns três. E aí como fazemos?

— Não fazemos.

— Eu vou ser o pai dos seus filhos Laura.

— Só se pode ser pai se a outra pessoa também quiser um filho, nós nem somos namorados e você já está falando de filhos, pisa no freio moço.

— Laura, olha pra mim!

Ele está parado atrás de mim e eu mexendo o chocolate quente no fogão.

Me viro para ele, que é mais alto que eu pouca coisa, dado que sou bem alta.

— Você pode achar que estou brincando quando falo essas coisas pra você, mas eu não estou. Eu quero algo de verdade com você e eu não vou desistir, você é boa demais para que eu desista. — ele olha no fundo dos meus olhos enquanto diz isso.

— Ok.

— É só isso que você me diz? Ok?

— É Gabriel! Eu não tenho nada mais a dizer, você já determinou que iremos ficar juntos, não importa o que eu diga, você já falou que não vai desistir, então eu não tenho nada a dizer.

— Deveria dizer: "Ah Gab eu te quero também!" — ele diz imitando minha voz, eu dou um tapinha no braço dele e sorrio.

— Eu te deixei ficar, não deixei?

— Deixou.

— Sinta-se honrado com isso, nunca deixo ninguém ficar, na verdade nunca deixei ninguém se aproximar tanto quanto você. — ele sorri.

— Ok. — ele diz me imitando e eu sorrio.

Termino o chocolate e ele coloca em duas canecas para nós dois.

Sentamos no sofá da sala e ficamos observando as chamas da lareira.

— Minha bateria está quase acabando. — digo.

— Coloca para carregar na minha moto ou no seu carro.

— Depois eu faço isso.

— Ainda tem como preparar almoço hoje, já que os alimentos ainda estão descongelando. — ele diz.

— Vai cozinhar pra mim de novo?

— Claro que vou.

— Acho que você está me mimando mais que meus pais. — ele sorri.

— Pode ter isso sempre, só me aceitar na sua vida.

— Mesmo que eu não aceite, você não vai embora mesmo. — ele sorri.

— É! Eu não vou mesmo, mas eu quero que me aceite de verdade, sem que eu precise forçar as situações.

— Entenda uma coisa Gabriel, você só está aqui porque eu quero que esteja, mesmo que forçasse situações e eu não quisesse você não estaria aqui, eu tenho seguranças e sou filha de você sabe quem. — digo e levanto uma sobrancelha.

— É... tenho que concordar. — ele sorri. — Então isso quer dizer que vai mesmo me deixar ficar. — dou de ombros.

— Laurinha? — Joana me chama.

— Oi Jô.

— Eu já terminei, está tudo limpo. Posso começar a fazer o almoço?

— Não, Jô, obrigada, nós cuidamos disso, pode ir pra casa.

— Certeza?

— Sim.

— Seu pai me paga um salário tão bom e quando está aqui nem me deixa fazer as coisas pra você. — sorrio.

— Mas você já fez, arrumou a bagunça.

— Não estava nem bagunçado. — sorrio. — Bom, eu vou indo, se precisar de algo é só me chamar.

— Pode deixar, obrigada Jô.

— Por nada. — ela diz e sai.

Gabriel pega a xícara vazia da minha mão e vai colocar na pia junto com a dele.

— Enfim, sós. — ele diz voltando da cozinha.

Ele pula por cima do encosto do sofá e me deita e vem para cima de mim já me beijando.

Coloco minhas mãos por dentro da camiseta dele e ele vai descendo beijos pelo meu pescoço.

Estou tão molhada que sinto escorrer entre minhas pernas, está cada vez mais difícil resistir a isso.

E se eu fizer me arrepender?

E se eu não me arrepender?

E se for ruim?

Mas não tem como ser ruim com um homem desses!

E se depois ele me machucar?

E se não me machucar?

E se ele for minha porta para a felicidade?

— Laura?

— Oi?

— Está tudo bem?

— Sim.

— Está com o olhar distante.

— Não! Está tudo bem.

— Estava pensando nele? Por favor, diga que não.

— Eu não estava pensando em ninguém, estava pensando em mim. — ele franze o cenho.

— Ah!

— Na verdade, estava tendo uma briga interna comigo mesma.

— Sobre se entregar ou não?

— Exatamente. — ele sai de cima de mim e se senta no sofá.

— Desculpa, eu acho que estou sendo muito insistente, não vou mais fazer isso, quando você estiver pronta é só me dizer.

— E se eu nunca estiver pronta?

— Uma hora você vai estar! Eu vou preparar o almoço. — ele diz indo para a cozinha.

Por mais que ele diga que vai me esperar, que vai respeitar meu tempo, eu sei que uma hora ou outra ele vai cansar de mim. Tenho que ser realista, o cara tem vinte e oito anos, é bonito, educado, gentil, carinhoso, óbvio que não deve faltar mulher pra ele.

Eu vou resolver isso e vai ser agora...

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Comments

Munique Silva Peçanha

Munique Silva Peçanha

Eita que vai pegar 🔥🔥🔥🔥🔥

2025-03-04

1

Munique Silva Peçanha

Munique Silva Peçanha

Laura isso cansa se entrega mulher.

2025-03-04

0

MRSLinsprincesadoReiJesus

MRSLinsprincesadoReiJesus

Como vão assistir filme, se não tem energia???

2025-01-28

1

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