Acordo e não encontro Gabriel na cama, eu não faço a menor ideia de que horas são, mas deve ser cedo ainda.
— Oi, bom dia. — Gabriel diz entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã.
— Bom dia.
Ele está com os cabelos molhados e penteados para trás, esse homem de cabelo comprido é uma verdadeira tentação, cada vez mais difícil resistir a tudo isso.
— Trouxe café, fiz torradas, ovos mexidos, suco, café e cortei umas frutas.
— Hum... acho que eu vou te roubar pra mim, você cozinha, não me deixa fazer nada e ainda me trás café na cama. — ele sorri.
— Não precisa roubar não, eu vou por vontade própria, pode me pegar à vontade.
— E o bolo? Não trouxe bolo?
— Você quer?
— Sim, por favor.
— Vou buscar pra você linda. — ele me dá um selinho e sai.
Meu celular toca em cima da mesa de cabeceira e eu já sei quem é, meu pai.
— Oi papai, bom dia.
— Bom dia meu amor, dormiu bem?
— Dormi sim papai.
— O cabeludo dormiu aí com você? — sorrio.
— Dormiu sim.
— E vocês?...
— Não papai!
— Ah! Que bom.
— Ainda estão na fazenda?
— Sim, vamos voltar à tarde. E você volta a que horas?
— À tarde também.
— Ok, juízo viu filha.
— Pode deixar papai.
— Te amo princesa.
— Também te amo papai. — encerro a chamada.
— Voltei com seu bolo, meu amor.
— Obrigada.
— Não tenho boas notícias.
— O que aconteceu?
— Houve um deslizamento de terra na estrada e isso derrubou alguns postes, não se sabe quando a energia vai voltar e nem quando vão consertar a estrada.
— Quem te disse?
— A moça que veio aqui ontem.
— Joana.
— Isso! Ela veio arrumar a casa e me falou que não daria para nós voltarmos hoje.
— Nossa! Mas precisamos voltar.
— Não tem como.
— Poderia pedir ao meu tio Bernardo para vir nos buscar de helicóptero, mas com esse temporal não vai dar.
— Seu tio pilota?
— Sim.
— Teremos que ficar aqui até a chuva passar.
— A comida da geladeira vai estragar. Bem que minha mãe mandou meu colocar um gerador nessa casa, mas ele disse que não era necessário já que não passamos muito tempo aqui.
— Quanto a comida não precisa se preocupar, podemos ir comprar algo por aqui por perto, na praia.
— E como vamos voltar para casa?
— Quando consertarem a estrada ou a chuva passar para seu tio vir nos buscar. Relaxa, tome seu café, não adianta se preocupar com isso, só nos resta esperar. — ele sorri.
— Está adorando isso, não está?
— Se eu disser que não, estarei mentindo. Estou com você em um lugar lindo, e ainda por cima sozinhos, o que mais eu posso querer?
— Você é inacreditável! Tenho faculdade, tenho trabalho, tenho muitas coisas para fazer.
— Eu também tenho que trabalhar.
— Mas parece que não se importa com isso.
— Não me importo mesmo, ficar nervoso não vai ajudar, se não temos como voltar não podemos fazer nada.
— Eu mereço!
— O que é isso, minha princesa? Não gosta da minha companhia?
— Pior que gosto.
— Então... Come vai, depois você toma banho e nós podemos assistir um filme.
— Tá.
Bebo um pouco do café, está forte e amargo, do jeito que eu gosto e como o bolo que é tão bom quanto o da minha avó Maria.
Gabriel senta de frente para mim e toma café comigo, em alguns momentos sorri para mim.
Está ficando cada vez mais difícil resistir a esse homem, ainda mais agora sabendo que iremos ficar aqui não sei nem até quando.
Como vou dormir e acordar com esse homem todos os dias ao meu lado e manter meu foco?! Não vai ter como, acho que não vou conseguir.
Terminamos de tomar café e ele vai deixar a bandeja na cozinha e eu aproveito para tomar banho.
A chuva não cessa e parece que não vai tão cedo. Nem para ir se helicóptero não dá.
Saio do banheiro só de toalha e Gabriel está deitado na cama mexendo em seu celular, mas para na hora que me vê.
Vou para o closet e fecho a porta, não sou obrigada a trocar de roupa na frente desse atrevido.
— Pode deixar a porta aberta moça, eu não olho.
— Sei...
— É sério.
— Conta outra. — ele sorri.
— Estou em desvantagem aqui.
— Porquê?
— Você já me viu sem roupa e eu não te vi ainda.
— Mas eu ia virar de costas, você que não quis.
— Filha de advogados...
Saio do closet usando outro conjunto de moletom, mas esse é cor de rosa.
— Já falei, está no meu sangue. — ele sorri.
— Porque tão coberta amor? Fica mais à vontade.
— Está frio. — digo deitando ao lado dele.
— Vamos para a sala e acendemos a lareira.
— É uma boa ideia.
— A moça está arrumando lá embaixo, eu disse que não precisava, mas ela brigou comigo e disse que era o trabalho dela. — sorrio.
— Não mexa com a Jô quando ela estiver trabalhando, para o seu bem.
— E você só me avisa agora, ainda bem que deixei tudo limpo na cozinha.
— Ai que ela vai brigar com você mesmo, ela não deixa ninguém fazer nada.
— Ferrou! — ele diz e nós sorrimos. — Já avisou seus pais que não voltaremos hoje?
— Ainda não.
— Pois fale meu bem, seus pais podem ficar preocupados.
— Vou mandar uma mensagem pra minha mãe.
Pego meu celular na mesa de cabeceira e Gabriel vai deixando beijos no meu pescoço, isso me deixa arrepiada.
"Mamãe, houve um deslizamento de terra aqui, o que derrubou alguns postes, estamos sem energia e sem poder ir para casa, a estrada está interditada."
A resposta dela vem de imediato.
"Meu Deus filha! Se cuida viu, não vai sair na chuva e tenta se alimentar, tenta comprar comida na praia."
"Pode deixar mamãe."
"O bonitão ainda está aí?"
"Sim."
"*Já tr*nsaram*?"
"Não dona Raquel!"
"Filha, se fosse eu com seu pai, no mínimo teria sido umas três só ontem, hoje pela manhã teria sido outra e provavelmente nós nem sairíamos do quarto."
"Mamãe! Me poupe dos detalhes sórdidos, vocês são meus pais."
"Acha que fizemos vocês como menina?! Não foi a cegonha quem te trouxe não!"
"Eu sei! Mas não preciso saber disso, a senhora e a tia Liz são puro fogo."
"São quase vinte e dois anos de casamento meu amor, seu pai não me troca por outra de forma alguma."
"Acho bom ser assim até o dia que a morte os separe, vocês são a maior referência de amor para nós e para muitas outras pessoas."
"Sendo para vocês é o mais importante."
"Vou te deixar aproveitar aí, se cuida filha, qualquer coisa liga."
"Pode deixar mamãe."
"Te amo, use camisinha."
"Também te amo mamãe."
Bloqueio o celular e coloco em cima da mesa de cabeceira.
Gabriel continua beijando meu pescoço e vem vindo para cima de mim e me beija, um daqueles beijos que me deixam molhada e com a b*ceta se contraindo de vontade.
— Acho melhor nós descermos, acho que a Jô deve ter terminado lá embaixo e está esperando do nós descermos para limpar aqui em cima.
— Vá na frente, preciso acalmar meu parceiro aqui.
Olho para o meio das pernas dele e o "parceiro" dele está bem animado. Não deixo de lembrar de ontem quando o vi tomar banho.
Foco Laura!
— Te espero lá embaixo — dou um selinho nele e saio do quarto.
Desço as escadas e Jô está justamente limpando-as.
— Já posso subir para limpar os quartos? — ela pergunta.
— Pode. — digo quando vejo Gabriel vindo.
Ele vai acender a lareira e eu preparar um chocolate quente.
— Ei moça? O que está fazendo? — ele pergunta me abraçando por trás e beijando meu pescoço.
— Chocolate quente.
— Deixa que eu faço bebê.
— Não! Minha vez de fazer algo pra você.
— Pode fazer algo por mim.
— O que?
— Me deixar te fazer g*zar bem gostoso na minha boca.
— Só isso?
— E me deixa te c*mer bem gostoso e te fazer gritar, mas não pelos os seguranças e sim de prazer.
— Eu te conheço a pouco tempo, não vou tr*nsar com você! — ele sorri.
— Você faz jogo duro mesmo não é? Muito controlada você.
— Eu sou.
— Mas vai dizer que não está com vontade?
— Estou, eu sou humana! E estou há um ano sem sexo de verdade.
— Só com seus brinquedinhos?
— Só com eles.
— Quero te ver usando eles um dia.
— Quer que eu me masturbe pra você?
— Quero. — ele diz ainda abraçado a mim e sinto sua ereção contra minhas costas.
— Quem sabe um dia eu não te dê esse privilégio.
— Vou esperar ansiosamente. — eu sorrio.
Meu celular vibra em meu bolso e Gabriel o pega para mim e se afasta para me dar privacidade, é minha mãe.
— Oi mamãe.
— Sou eu Lalá.
— Davi?
— Sim.
— Oi meu amor, você está bem?
— Estou, e você?
— Muito bem. — ele sorri. — E essa alegria toda?
— Eu beijei Rubi. — fico boquiaberta.
— Sério?
— E como foi?
— Foi legal, na verdade ela me beijou, me deu um selinho e saiu correndo e agora eu não sei o que faço.
— Primeiro, não deixe o Adams saber, ele arranca seu couro, segundo não conta pra Cecília que ela é linguaruda e vai acabar contando pra todo mundo e terceiro diz pra Rubi que você gostou do beijinho dela. — sorrio.
— Laura, eu tenho onze anos e ela também, não deveríamos está fazendo isso.
— É! Mas não foi você, foi ela e seria bom falar algo pra ela, dizer se gostou ou dizer que isso não foi certo.
— Eu gostei, mas não foi certo.
— Conversa com ela então moreninho, eu sei que gosta dela.
— Gosto! Ela é minha amiga.
— Acho que ela não quer ser só sua amiga.
— Eu acho que não.
— Eu vou desligar agora Laura.
— Ok, juízo viu, manda beijo pra todos aí.
— Tá, te amo Lalá.
— Também te amo, meu moreninho lindo. — digo e encerro a chamada.
Gabriel me olha e sorri para mim, não sei por qual motivo.
— O que foi? — pergunto.
— Você vai ser uma ótima mãe.
— Não quero ter filhos.
— O quê? Uma Medeiros Alencar que não quer filhos? É um ultraje você dizer isso.
— Não quero não.
— Eu quero ao menos uns três. E aí como fazemos?
— Não fazemos.
— Eu vou ser o pai dos seus filhos Laura.
— Só se pode ser pai se a outra pessoa também quiser um filho, nós nem somos namorados e você já está falando de filhos, pisa no freio moço.
— Laura, olha pra mim!
Ele está parado atrás de mim e eu mexendo o chocolate quente no fogão.
Me viro para ele, que é mais alto que eu pouca coisa, dado que sou bem alta.
— Você pode achar que estou brincando quando falo essas coisas pra você, mas eu não estou. Eu quero algo de verdade com você e eu não vou desistir, você é boa demais para que eu desista. — ele olha no fundo dos meus olhos enquanto diz isso.
— Ok.
— É só isso que você me diz? Ok?
— É Gabriel! Eu não tenho nada mais a dizer, você já determinou que iremos ficar juntos, não importa o que eu diga, você já falou que não vai desistir, então eu não tenho nada a dizer.
— Deveria dizer: "Ah Gab eu te quero também!" — ele diz imitando minha voz, eu dou um tapinha no braço dele e sorrio.
— Eu te deixei ficar, não deixei?
— Deixou.
— Sinta-se honrado com isso, nunca deixo ninguém ficar, na verdade nunca deixei ninguém se aproximar tanto quanto você. — ele sorri.
— Ok. — ele diz me imitando e eu sorrio.
Termino o chocolate e ele coloca em duas canecas para nós dois.
Sentamos no sofá da sala e ficamos observando as chamas da lareira.
— Minha bateria está quase acabando. — digo.
— Coloca para carregar na minha moto ou no seu carro.
— Depois eu faço isso.
— Ainda tem como preparar almoço hoje, já que os alimentos ainda estão descongelando. — ele diz.
— Vai cozinhar pra mim de novo?
— Claro que vou.
— Acho que você está me mimando mais que meus pais. — ele sorri.
— Pode ter isso sempre, só me aceitar na sua vida.
— Mesmo que eu não aceite, você não vai embora mesmo. — ele sorri.
— É! Eu não vou mesmo, mas eu quero que me aceite de verdade, sem que eu precise forçar as situações.
— Entenda uma coisa Gabriel, você só está aqui porque eu quero que esteja, mesmo que forçasse situações e eu não quisesse você não estaria aqui, eu tenho seguranças e sou filha de você sabe quem. — digo e levanto uma sobrancelha.
— É... tenho que concordar. — ele sorri. — Então isso quer dizer que vai mesmo me deixar ficar. — dou de ombros.
— Laurinha? — Joana me chama.
— Oi Jô.
— Eu já terminei, está tudo limpo. Posso começar a fazer o almoço?
— Não, Jô, obrigada, nós cuidamos disso, pode ir pra casa.
— Certeza?
— Sim.
— Seu pai me paga um salário tão bom e quando está aqui nem me deixa fazer as coisas pra você. — sorrio.
— Mas você já fez, arrumou a bagunça.
— Não estava nem bagunçado. — sorrio. — Bom, eu vou indo, se precisar de algo é só me chamar.
— Pode deixar, obrigada Jô.
— Por nada. — ela diz e sai.
Gabriel pega a xícara vazia da minha mão e vai colocar na pia junto com a dele.
— Enfim, sós. — ele diz voltando da cozinha.
Ele pula por cima do encosto do sofá e me deita e vem para cima de mim já me beijando.
Coloco minhas mãos por dentro da camiseta dele e ele vai descendo beijos pelo meu pescoço.
Estou tão molhada que sinto escorrer entre minhas pernas, está cada vez mais difícil resistir a isso.
E se eu fizer me arrepender?
E se eu não me arrepender?
E se for ruim?
Mas não tem como ser ruim com um homem desses!
E se depois ele me machucar?
E se não me machucar?
E se ele for minha porta para a felicidade?
— Laura?
— Oi?
— Está tudo bem?
— Sim.
— Está com o olhar distante.
— Não! Está tudo bem.
— Estava pensando nele? Por favor, diga que não.
— Eu não estava pensando em ninguém, estava pensando em mim. — ele franze o cenho.
— Ah!
— Na verdade, estava tendo uma briga interna comigo mesma.
— Sobre se entregar ou não?
— Exatamente. — ele sai de cima de mim e se senta no sofá.
— Desculpa, eu acho que estou sendo muito insistente, não vou mais fazer isso, quando você estiver pronta é só me dizer.
— E se eu nunca estiver pronta?
— Uma hora você vai estar! Eu vou preparar o almoço. — ele diz indo para a cozinha.
Por mais que ele diga que vai me esperar, que vai respeitar meu tempo, eu sei que uma hora ou outra ele vai cansar de mim. Tenho que ser realista, o cara tem vinte e oito anos, é bonito, educado, gentil, carinhoso, óbvio que não deve faltar mulher pra ele.
Eu vou resolver isso e vai ser agora...
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Munique Silva Peçanha
Eita que vai pegar 🔥🔥🔥🔥🔥
2025-03-04
1
Munique Silva Peçanha
Laura isso cansa se entrega mulher.
2025-03-04
0
MRSLinsprincesadoReiJesus
Como vão assistir filme, se não tem energia???
2025-01-28
1