*UM ANO DEPOIS*
Sou Anna Laura, tenho vinte e um anos, estudo engenharia da computação, pretendo me formar e ir trabalhar na empresa da minha tia Bella.
Levo uma vida bem reservada, foi assim desde quando era criança já que meus pais são bem conhecidos.
Meu pai é advogado criminalista, por conta disso já sofreu muitas ameaças e alguns atentados.
Minha mãe também é advogada, só que trabalhista, e é blogueira nas horas vagas, ela tem alguns milhões de seguidores nas redes sociais e também tem algumas ONGs que ajudam crianças e mulheres.
Por conta disso tudo, eles dois sempre protegeram muito a mim e aos meus irmãos, nunca permitiram que publicassem fotos nossas quando éramos crianças e já processaram algumas pessoas, por fazerem isso.
Eu sou a filha mais velha, não que isso seja grande coisa, já que eu tenho mais duas irmãs que nasceram no mesmo dia que eu, somos trigêmeas e eu sou mais velha que elas, apenas alguns minutos.
Meus pais são meu maior exemplo, o amor deles é lindo, estão juntos a mais de vinte anos e estão sempre se pegando pelos cantos, como se fossem adolescentes. Acho que a vida sexual deles é bem mais agitada que a minha.
A julgar que eu não estou tendo uma vida sexual, desde que terminei meu namoro há um ano atrás, não fiquei com mais ninguém.
Desço as escadas e encontro meus pais se pegando, sorrio da cena. Esses dois são fogo, não podem ficar perto um do outro que já estão se pegando.
— Meu Deus! Procurem um quarto, há duas crianças nessa casa. — digo me referindo a Davi e Noah, que têm onze anos. — Vocês parecem que começaram a namorar faz pouco tempo, que fogo! Eu hein. — meus pais me olham sorrindo.
— Tudo bem minha princesa? — meu pai pergunta me abraçando, ele sempre nos trata assim, não importa a idade.
— Sim papai.
— Como foi na faculdade? — minha mãe pergunta.
— Tudo bem mamãe, não vejo a hora de me formar e ir trabalhar com a tia Bella.
— Mais um ano e você termina princesa.
— É, finalmente, papai.
— Vai sair hoje? — minha mãe pergunta.
— Não mamãe, estou cansada, vou assistir um filme com os meninos, já prometi pra eles.
— Deveria sair um pouco filha, você é jovem ainda, deveria aproveitar, faça igual a Luíza, ela sabe aproveitar a vida.
— Vida pare de ficar tentando corromper nosso filha.
— Não estou corrompendo amor, mas ela é linda e jovem, tem que aproveitar a vida.
— Não ouça sua mãe princesa.
— Caio Alencar, sua filha é jovem e tem que sair e conhecer gente nova.
— Igual aquele moleque? Meu sangue ainda ferve só de pensar no que ele fez, isso não é coisa que se faça com uma mulher, ainda mais com uma filha minha. Olha bem pra sua filha Raquel, ela é linda, merece ser tratada como uma princesa. — sorrio.
É difícil até pensar em se relacionar com alguém, quando sua maior referência é um homem como meu pai. Ele sempre trás flores para minha mãe, chocolates, jóias, sempre a leva para viajar no aniversário de casamento e também no aniversário deles, que é no mesmo dia.
Com tudo isso o meu padrão para homens é muito alto.
Mas meu pai nem sempre foi assim, no começo ele a deixou por uma ex, o que a fez sofrer muito, mas depois percebeu que amava minha mãe e teve que correr atrás do prejuízo. E ainda bem que os dois se acertaram, do contrário, nem eu, ou os meus irmãos existiríamos.
— Está tudo bem papai, eu já superei, graças a Deus descobri antes de casar, as orações da minha vozinha são fortes.
— No final das contas eu tinha razão, nenhum daqueles moleques prestavam, eu te falei loirinha e você dizendo que eram bons rapazes.
— Mas eles eram sim moreno, o da Lalá também, é um rapaz muito esforçado e trabalhador, nessa parte ele é uma boa pessoa, mas na outra não. — minha mãe e tia Bella às vezes ainda me chamam pelo meu apelido de criança.
— É verdade papai, a Luíza quem terminou com o Pedro, pois ela não acredita nos homens e nem no amor, a Letícia é muito romântica e quer viver um amor como o de vocês e o Murilo não conseguiu atender as expectativas românticas dela, é impossível alguém ter um amor igual o de vocês, acho que nem os meus avós. — os dois se olham e sorriem.
— Vocês são incríveis, todos vocês meu amor e merecem ser felizes, um dia você vai encontrar alguém que valha a pena de verdade. — minha mãe diz.
— Deus me livre, mamãe, não quero ninguém, estou muito bem sozinha, antes só do que mal acompanhada.
— Isso mesmo princesa, não escute sua mãe!
— Caio Alencar! Nada de banho relaxante na banheira hoje! — minha mãe diz se afastando.
— Ei vida? Me espera loirinha, desculpa...
Nego com a cabeça e sorrio da cena, meu pai é louco pela minha mãe, na verdade ela também é louca por ele.
As gêmeas entram em casa falando sobre o dia na escola, elas estão no último ano do ensino médio, estudam em uma escola bilíngue de tempo integral, nossos pais investem pesado em nossa educação, os gêmeos vêm logo atrás delas, também estudam na mesma escola, eles estão no sexto ano do ensino fundamental.
— Oi. — digo para os quatro.
— Oi. — os quatro respondem.
— Qual filme vamos assistir Laura? — Davi pergunta.
— Não sei, decidam vocês, e vocês duas vão assistir também? — pergunto para Cecília e Clara.
— Eu vou. — Cecília diz.
— Eu também vou. — Clara diz.
— Ok, vão tomar banho que eu vou preparar uns lanchinhos para nós.
— Laura?
— Oi.
— Posso falar com você? — Clara pergunta.
— Sim, vamos até a cozinha e você me fala enquanto preparo nosso lanche.
— Tá.
— Eu acho que estou apaixonada.
— Tem certeza?
— Sim, nunca havia sentido isso por ninguém.
— E quem é o felizardo?
— Aí é que tá! Isso não pode ser.
— Como assim Clara?
— Eu não posso dizer.
— Clara...
— Eu não sei o que fazer, mas eu queria falar para alguém e queria que fosse você. — sorrio.
— Então vá em frente, conte pra esse garoto que você gosta dele.
— Eu não posso Lalá.
— Quem é Clara?
— Deixa pra lá, só tinha que dizer pra alguém.
— Ok, mas tome cuidado Clara, não quero que você se machuque.
— Tudo bem, eu vou ter cuidado.
— Amo você, Clarinha, obrigada por confiar em mim.
— Também amo você. — ela diz e me abraça. — Você é minha preferida, mas não conta pra Ceci, se não ela fica com ciúmes.
— Não vou contar. — sorrio. — Agora vai tomar banho para nós assistirmos o filme antes do jantar, sabe como nossos pais são com os horários das refeições.
— Sei.
É estranho falar sobre isso com uma das minhas pequenas, eu amo tanto meus irmãos mais novos que parece que são meus filhos e para mim eles nunca irão crescer.
Todos eles são muitos ligados a mim, pois sempre gostei de cuidar deles, quando eu tinha uns dez anos e as gêmeas seis, eu sempre ajudava a tia Laila a cuidar delas e não foi diferente com os gêmeos, sempre a ajudava a cuidar deles.
Tia Laila sempre foi quem cuidou de nós, meus pais, apesar de terem condições para contratar várias babás, nunca quiseram a casa cheia de gente, tia Laila sempre foi o suficiente e sempre tiveram a ajuda dos meus avós e das minhas tias. Minha família é incrível.
Finalizo nosso lanche e vou para a sala de TV. Nossa casa é enorme, vivemos muito bem e com muito conforto, mas meus pais sempre nos ensinaram a valorizar tudo o que temos, nunca nos deram tudo que queríamos, mas sempre nos deram o necessário para viver bem e com conforto, não temos do que reclamar.
Encontro meus seis irmãos aqui, nem sabia que minhas gêmeas haviam chegado, meus pais também estão aqui, é sempre assim, quando se fala que vai assistir filme, todos vêm.
É tão bom pertencer a essa família, não tenho porque ficar triste, eles são tudo que eu preciso para ser feliz.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Juliete Figueiredo
achei que as outras gêmeas iriam invadir o apartamento do namorado da Laura, sabe ligação de gêmeos como eram as tias sempre sabiam quando a outra precisava
2025-02-25
2
Rosa Serra
Ainda não li a história do Caio Alenxar
2025-03-16
1
Solaní Rosa
que lindo adoro essa família
2025-03-03
1