...Miguel Rodrigues...
Quando cheguei em casa, dei instruções ao meu capataz para que ele desse um bom banho no Altaneiro e o preparasse para a corrida. Estava animado para participar da competição, sentindo a adrenalina correr pelas minhas veias enquanto me preparava para o desafio.
Entrei em casa e segui diretamente para o box, onde tomei um banho demorado para relaxar e me refrescar após um longo dia de trabalho. Enquanto a água quente caía sobre mim, deixei minha mente vagar, concentrando-me apenas no momento presente e na emoção que sentia por participar da corrida.
Após o banho, vesti-me com cuidado, escolhendo minhas melhores roupas para a ocasião. Enquanto calçava minhas botinas, meu olhar foi atraído para a prateleira de troféus que ocupava um lugar de destaque no canto do quarto.
Ali estavam eles, os troféus que eu havia ganhado ao longo dos anos de competições de rodeio. Cada um deles representava uma vitória conquistada com esforço e determinação, e eu sentia um orgulho imenso em cada um deles.
Enquanto contemplava os troféus, uma sensação de determinação se apoderou de mim. Eu estava determinado a adicionar mais um troféu à minha coleção, e faria tudo o que fosse necessário para alcançar a vitória na corrida que se aproximava.
Com um sorriso determinado nos lábios, saí do quarto e me dirigi para o estábulo, pronto para me encontrar com o Altaneiro e me preparar para a emocionante competição que me aguardava.
Caminhei em direção ao capataz Guilherme, minha mente ainda absorta nos preparativos para a corrida que se aproximava.
— Está pronto? — indaguei, passando as mãos na crina do Altaneiro enquanto o observava de perto.
— Sim, senhor. Prontinho. — respondeu Guilherme com um sorriso confiante. — Senhor Rodrigues, o carro da família Monteiro acabou de passar aqui em direção à fazenda deles. — acrescentou, chamando minha atenção.
Olhei para ele com curiosidade.
— Deve ser o senhor Monteiro, de vez em quando ele vem na fazenda dele. — comentei, tentando não me preocupar com o assunto.
— Não, senhor. — continuou Guilherme, parecendo hesitante. — Vi que ele trouxe algumas coisas a mais atrás, e a esposa dele também estava no carro. — revelou.
Meus pensamentos começaram a girar enquanto eu processava essa informação inesperada.
— Você não trabalha, não é? Fica de olho na estrada, dando assistência a quem passa ou deixa de passar. Vou te colocar como vigia. — disse eu, dando um tapinha leve no braço de Guilherme.
Deixei Guilherme sem jeito com o que eu falei, e Decidi pegar as chaves da casa da fazenda Monteiro e entregá-las pessoalmente à família.
Assim que peguei as chaves da casa da fazenda Monteiro, montei no Altaneiro e segui rumo à propriedade. Chegando lá, amarrei o cavalo em uma árvore próxima e me dirigi à porta, batendo levemente. Olhei ao redor e não vi o carro da família, o que achei um tanto estranho. Talvez não houvesse ninguém em casa, mas então ouvi passos se aproximando e decidi esperar.
Foi quando Isadora apareceu, vestindo uma camisa social masculina. Meus olhos foram instantaneamente atraídos para ela, admirando como ficava perfeita naquela roupa. Por um momento, fiquei paralisado, incapaz de desviar o olhar, antes de perceber o que estava fazendo e me censurar mentalmente. Talvez ela estivesse usando a camisa do marido, o que significava que talvez estivessem juntos agora e eu tinha vindo incomodá-los.
Desviei o olhar rapidamente, sentindo-me constrangido por ter sido pego olhando. Tentei disfarçar minha reação, limpando a garganta enquanto entregava as chaves e rapidamente me virei para sair dali. Trocamos algumas palavras e ela me disse outras que me fizeram parar de caminhar.
Eu hesitei por um momento, sentindo meus ombros tensos enquanto me virava para encará-la. Nossos olhares se encontraram brevemente antes de desviar novamente.
— Desculpe, senhora Monteiro. — comecei, minha voz carregada de emoção contida. — Eu... não queria incomodar. Achei que seria melhor deixá-la em paz. Não pense que estou ignorando-a.
Fiquei surpreso com minhas próprias palavras, uma mistura de confusão e curiosidade se formando dentro de mim. No fundo eu sabia que eu estava incomodado, mas não queria admitir. Vê-la vestida na camisa do marido, após ter feito amor com ele, mexia comigo. Se bem que poderia ser minha camisa que ela estivesse vestida, poderia ser eu no lugar daquele marido maldito dela. Esses pensamentos tumultuavam minha mente, mas eu me esforçava para não deixá-los transparecer.
Continuei andando, mas ele veio atrás de mim me fazendo parar. Eu estava me segurando para não agarrá-la e matar a saudade que surgiu assim que vi ela.
— Miguel, espere. — Tocou meu braço, desta vez com mais firmeza. — Não há necessidade de se desculpar. Você não me incomoda de forma alguma. Na verdade, estou feliz por vê-lo. — disse mostrando-me um sorriso.
Fiquei surpreso com sua resposta, nossos olhares se encontrando mais uma vez, desta vez com uma mistura de emoções indecifráveis.
— Você está? — murmurei, minha voz soando incerta.
Ela assentiu, um sorriso tímido se formando em seus lábios.
— Sim, estou. — respondeu honestamente. — E gostaria de conversar mais com você, quando tiver um tempo.
Por um momento, eu ponderei suas palavras, minha expressão séria enquanto lutava com meus próprios sentimentos.
Uma mistura tumultuada de emoções agitava-se dentro de mim. Por um lado, eu queria afastar qualquer pensamento dela, esquecer o amor que nutria desde a infância. Ela era agora uma mulher casada, e eu não tinha intenção de interferir em seu casamento ou causar qualquer problema.
Mas por mais que eu tentasse ignorar meus sentimentos, eles persistem, sufocando-me com uma intensidade avassaladora. O amor que eu sentia por ela, cultivado ao longo dos anos, era uma chama que se recusava a se apagar, mesmo quando eu tentava extingui-la.
Eu tentei seguir em frente, colocando outras mulheres em seu lugar, tentando amar de novo. Mas, apesar dos meus esforços, sempre acabava voltando para ela. Não era culpa delas, eu sabia disso. O erro era meu, por permitir que meu coração pertencesse a alguém que não podia retribuir meus sentimentos da mesma maneira.
Enquanto lutava com esse conflito interior, eu me encontrava em um estado de turbulência emocional, incapaz de escapar do poder avassalador do amor não correspondido, e daquela chama que Devora.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Beatriz Ferraz
Oxente que mafioso inseguro é esse !!!Seja forte homi ,adotei uma postura mais firme !
2025-02-17
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Rosemare Araujo
a gente pode perceber que há uma química entre eles😍🔥
2024-10-08
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Fatima Maria
MISERICÓRDIA MINHA LINDA EU ME ABRAÇAVA COM ELE. 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍😍E DIZIA QUE SAUDADES
2024-05-10
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