“Não definitivamente ele não é o mesmo homem. Tudo nele é diferente e estou me sentindo sufocada porque ele não me deixa mais sair, se antes achei que tinha perdido meu brilho quando pensei que ele tinha me trocado. Agora estou num buraco sombrio onde não vejo a luz”
Capítulo 18
Megan
Depois do banho me lembro de ligar para Ailton. Depois daquela confusão eu tinha esquecido dele. Na conversa, lhe digo que agora não é um bom momento para nos encontrarmos, apresentar a Jéssica a ele. Explico que Jéssica terminou com o namorado, e que estava muito tristonha e abalada. Ele, carinhoso, compreende.
Ailton não é um homem feio, mas também não é nenhum Don Juan. Eu o conheci quando ele foi à empresa que eu trabalho, que na época, procurava patrocinadores. Então, ele viu uma chance de propaganda para seu negócio, e também de uma parceria. Nós nos encontramos algumas vezes ele se encantou logo de cara por mim, porém eu fui difícil. Ficamos amigos. Mas, certa vez, rolou algo amais. Nós dormimos juntos, no entanto, não foi aquelas coisas, o sexo foi bom, mas faltou algo, paixão ou … não sei dizer nunca encontrei aquilo que os livros dizem. Fui firme em lhe dizer que não aconteceria novamente. Ele já era apaixonado por mim, e não precisava de uma ilusão, mas ele não se afastou e aceitou o que tínhamos sem cobranças. Em respeito à sua vontade, nós nos pegamos de vez enquanto mas nunca mais tentou algo sério, aceitou ser só meu amigo, amigo colorido, nunca mais tocando no assunto de algo sério.
Chego no trabalho sinto que estou abatida, mas faço toda uma produção para me manter vaidosa, todo mundo percebe que há alguma coisa errada pelas suas caras em minha direção. Minha amiga Clara corre atrás de mim assim que me vê entrando em minha sala. Entra e fecha a porta.
– O que houve? — pergunta ela assustada.
– Estou tão ruim assim?! – pergunto, cabisbaixa.
– Aposto que nem se olhou no espelho hoje. Mas, me diga, o que aconteceu?
Com muito custo, conto à minha amiga tudo que tem passado nos últimos dias. Exceto a parte em que foi agarrada por Omar, fico com medo de ser julgada.
– Bem, era isso que queria te dizer. Ele parece que não gosta dela. Você viu como ele a trata? — diz clara. Clara foi meu porto seguro dês da minha separação esteve ao meu lado em todas ocasiões. Ela era a tia de coração sem ligação sanguínea para Jéssica.
– É… eu vi. Então é isso que te atormenta tanto também. — suspiro com desgosto porque até ela percebeu.
— Sinto muito, minha amiga – diz Clara, afagando o meu ombro.
Eu esfrego as mãos no rosto, pensando e ponderando se conto a pior parte dessa história. Ela pega seu celular e me faz olhar na tela dele.
— Ajeita esse cabelo — ela fala dando um sorriso. — Parece que estava se agarrando com alguém.
Enquanto ajeito o cabelo, falo com ela novamente.
– Foi bom ele terminar com ela, foi muito melhor assim. Minha filha merece alguém melhor, ele também não me deu boa impressão.
– Eu tenho que concordar com você. Bom, deixa eu ir, temos muito trabalho hoje. E, por favor, fique bem, ok? – diz Clara, seguindo para sua sala.
Saio para almoçar e chamo Clara, porém ela está ocupada e resolvo ir sozinha.
Almoço com a sensação de ser observada e fico com medo de que seja o Omar me perseguindo.
E a sensação de está sendo seguida não para até quando chego no trabalho, estaciono o carro. Antes de abrir a porta, vejo Omar. "O que ele quer aqui?". Ele é um cretino, mas, meu Deus... como é bonito! E confesso... charmoso. Sei o que minha filha sente, se ele fosse feio seria tão mais fácil. Desço do carro, ele me encara com seu olhar e sorriso sedutor, sua camisa azul entreaberta. "Ah, que peito!" Espera quando foi que ele fez aquela tatuagem no pescoço?
Ele me prensa na porta, ele sabe seduzir...
Eu realmente não podia gritar, para chamar a atenção, mas isso não ia ficar assim, ele ainda não me fez nada, mas poderia. Apenas tenta me fazer acreditar que quero o mesmo que ele. Tão sedutor...
De fasto, ele se afasta devagar, sorri novamente, se vira e vai embora.
Fico arfante por um momento, tentando entender o que aconteceu aqui. Subo para minha ala, e quando estou saindo do elevador, Clara me espera na porta.
—Oi! — diz ela, simpática.
—Oi, Clara!? — eu já tinha visto ela hoje porque ela está agindo estranha.
— Tem um homem querendo falar com você.
—Comigo? —digo, andando em direção ao corredor.
— É... E acho que é sobre Ailton. Você soube...? Acho que não, você era amiga...
— Espere aí! Soube o quê?
— O homem lá dentro chegou há pouco. O vi entrando e fui falar com ele, um homem muito bonito...
Denver momentos antes...
Depois da noite maravilhosa que tive com Jéssica e depois de conversamos, a convenci de ir para a casa da mãe dela, eu sabia que seria mais seguro caso minhas suspeitas estivessem certas. Que o ex namorado dela e o culpado pela morte de Samanta. Mas assim que chego na delegacia me mandam ir para o jornal da cidade tirar um pequeno depoimento depois da morte de um homem no clube. E chegando aqui subo para o andar que a mulher da mensagem se encontrava.
— Olá! Em que posso ajudar? — sou recebido por uma loira.
— Megan Agostini? — pergunto ao vê ela se levantar, me cumprimentando com um aperto de mão.
— Ela saiu para o almoço o que posso ajudar? — responde e me faz uma pergunta, um pouco decepcionada.
— Vim falar com ela. Eu posso esperar la ? É sobre a morte de Ailton.
A mulher tampa sua boca aberta com surpresa e vira-se de costas para mim. E virando a cabeça rápido em seguida.
— Te mostrarei a sala dela, me siga. Mas ele morreu de quê? —Continuamos andando.
—Ainda não sabemos. A perícia está averiguando.
Ela me mostra a cadeira, e me sento.
—Aceita um café?
—Sim, obrigado.
Ela sai da sala e fecha a porta. Todos que estão presentes olham para a sala onde eu estou. Depois correm em direção a mulher lhe perguntando o que aconteceu com Ailton e como ele morreu. Nem eu mesmo sei. "curiosos".
Megan, momento atual...
— Ailton morreu?! — Fico trêmula, quase não consigo me manter de pé. Sigo em direção à cozinha, preciso de água.
—Olha, não sei o que aconteceu, mas o homem lá dentro deve saber! O deixei em sua sala.
— Meu Deus... — Parece que vou desmaiar.
— Você está bem? Vem, senta aqui. — Clara puxa uma cadeira, e me sento imediatamente, sentindo sua mão pousar em meu ombro.
—O que está acontecendo!? Fiquei sabendo que Ailton morreu! Tem um homem em sua sala, e vocês aqui, na cozinha?! Diz Julia ao entrar de supetão na cozinha. Ficamos em silêncio, eu e Clara.
— Megan, sou sua amiga, mas também sua chefe. Desde aquele dia, no jantar na sua casa, você perdeu o foco.
Eu me levanto, respiro fundo e não digo nada, apenas sigo para minha sala.
— Você não tem coração, Julia? Ela tá com problemas, o melhor amigo dela morreu! — escuto Clara dizer.
— Todos temos problemas, Clara, o que conta é como agimos!
Ao entrar na sala, vejo um homem sentado de frente com minha mesa, de costas para a porta do cômodo transparente. Seus ombros largos viram em minha direção quando abro a porta. Ele se levanta, assim que eu entro, me estende a mão.
— Olá, sou o investigador Denver Campos. — Eu o cumprimento, me afasto, sento em minha cadeira, giro e vi o homem a minha frente, que volta a se sentar.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Melina Mello
caramba
2024-03-25
1
Aldenice Costa
o psicopata matou o Ailton 😲
2024-03-14
1
Andreia Cristina
estou chocada 😔 ele matou o homem
2024-03-13
0