“Ah quando pensava que finalmente eu tinha encontrado alguém, um propósito de vida, a vida se encarregou de mostrar a realidade, ou às vezes ela me mostrou e não fui boa o suficiente para ver, ou não quis notar. Deixei a imaginação me levar.
Aprendi que não podemos ter tudo na vida. Ou se tem uma coisa e não outra, ou não se tem nada, mas tudo é impossível. Por que eu digo isso ?
Por causa de um homem que achei que era perfeito, um homem que me fez viciar nele. Eu tenho culpa? Talvez! Mas também é dele. Ele demonstrou ser um ótimo amante. Não tinha como não gozar só com seu olhar. Ele prometia e fazia. Porém … suspiro. Ele nos tira a vida e leva a uma dependência. Uma droga. Isso como droga.”
CAPÍTULO 1
Enquanto arrumava as malas e esperava ansiosa meu namorado Omar, pensei em quando nos conhecemos na lanchonete da faculdade há dois anos. Em como em tão pouco tempo nos tornamos amigos, e depois de um ano namoramos oficialmente. Não via a hora de apresentá-lo à minha mãe. E a oportunidade surgiu. Agora, eu estando de férias dos estudos e Omar do serviço, senti que é o momento para isso, afinal, quero que ele seja meu futuro marido, na verdade, já passou da hora de apresentá-lo à minha mãe.
— O que vai fazer nas suas férias, linda? — ele me perguntou enquanto enlaçou os dedos nos meus cabelos para olhá-lo.
Mesmo envergonhada e temerosa eu respondi à minha vontade.
—Que tal passarmos juntos as férias na casa da minha mãe em…?
Ele me interrompeu colocando seus lábios sobre os meus.
Seu beijo demonstrava sinais de seus desejos, ou será que era os meus? Lábios úmidos, línguas enroscadas dançando. Sugando e deslizando.
— Linda — ele se afastou milésimos somente, percorreu a lateral do indicador na maça do meu rosto.
— Se faz tanta questão em ir em sua mãe. Tudo bem. Mas isso não muda nada entre nós dois! — ele se afastou de vez, dando as costas para mim.
— Mas tarde nos vemos. — e saiu caminhando com aquele oponente poder que ele transmitia.
Suspirei indo em direção ao banheiro para tomar banho.
Retirei minha roupa em frente ao espelho olhando as marcas que ele deixava em mim. Não as achava nada bonitas, porém quando me lembrava de como elas foram feitas, meus peitos já erigessem, meus pelos se arrepiam. Meu corpo se transformava em obsessão sexual, nunca havia sentido tanto prazer na minha vida.
Tenho vinte e dois anos, filha única, e cresci em um lar maravilhoso. Quando meus pais se divorciaram… um tabu ainda para mim falar sobre isso, mas eu tinha oito anos. E foi quando vi o chão se abrir diante de mim. Nunca me faltou nada porque meu pai pagava a pensão e me dava outras coisas, mas, mesmo que às vezes, eu fosse na casa de meu pai e me sentisse amada, não era a mesma coisa, ainda mais quando ele resolveu se casar novamente, o que me fez sentir abandonada e dividida.
Minha mãe sempre demonstrou ser bastante batalhadora, sempre independente, aliás, foi por isso que acho que meu pai se divorciou dela, estava o tempo todo trabalhando, e o único resto de tempo que lhe sobrava, ficava comigo, mas parecia que era por obrigação. Sempre culpo minha mãe pelo relacionamento ter acabado, mas nunca consegui dizer isso a ela, ou joguei qualquer indireta na sua cara, nunca tive coragem. Sempre me sentia sozinha. Decidi fazer faculdade fora e fui embora de minha terra natal. Tenho apenas uma amiga na faculdade.
Eu vi em Omar uma oportunidade de participar da minha vida a "morena dele." Como ele mesmo dizia enquanto eu chorava de tesão. “Goza morena”.
Sim, morena, cabelos crespos, pretos e compridos até o meio das costas, rosto arredondado, nariz largo, pequena, mas empinado, boca pequena e lábios grossos, queixo pontudo, olhos grandes e negros, cílios de dar inveja. Pelo menos eu acho. Minha altura é de 1,60m. Nem magra, nem gorda, apenas curvas “cheinhas” e assim que me considero, apesar de muitas pessoas principalmente mulheres me acharem gorda. Na verdade sou considerada “gostosa” por muitos marmanjos. Mas só gosto de ser vista e usada por ele:
Omar tem vinte e sete anos, um loiro com porte forte, mas não faz musculação, nunca gostou. A mãe natureza foi generosa, ele é um colírio para muitos olhos femininos, e até masculinos eu digo. Tem pernas grossas, e sua altura é de 1,80. Rosto quadriculado, expressões fortes, nariz fino e pequeno, boca grande, lábios carnudos, olhar triste na cor azul. Trabalha como administrador de uma empresa de contabilidade, filho de mãe solteira, bem pelo menos eu acho. Ele não é de falar muito de si, e principalmente da mãe. Entretanto já ouvi uma ou outra vez comentar sobre a mãe. Agora sobre o pai, nunca. E outra coisa que me faz desconfiar é que talvez ele nem conheça o pai e que toda vez que falo do meu, o semblante de Oscar fica muito mais sério. E ele muda de conversa. A minha vida, em questão de dinheiro, não tenho dificuldade alguma. Tudo para mim foi até fácil, não sou tão mal agradecida, pois sei que meu pai ainda me sustenta. Ele é dono de uma locadora de carros, e minha mãe, editora em um jornal. Dificuldade financeira nunca passei, ao contrário de Omar às vezes me diz que teve que batalhar muito na vida.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
LadySillver34
tadinho, só que não 🤨
2024-03-11
2
LadySillver34
as recalcadas, invejosas de plantão
2024-03-11
1
LadySillver34
lá vai ela, sem saber, levando a destruição para a família 😞
2024-03-11
0