Capítulo Nove

“Nós havíamos comido em belos restaurantes e passeamos por lugares incríveis, fazíamos amor sob as estrelas e transarmos até a exaustão. E ele nunca deu sinal que ia me decepcionar.”

Capítulo 9

Omar

Todos os convidados já pareciam ter chegado, e eu não gostei de muitos. Inclusive um homem babaca, vejo como ele olha para ela, com desejo. Mas o que me aliviou foi ver que ela não dá a mínima. As que dizem ser amigas de Jéssica não vieram, nem quis saber o motivo, deve ser inveja como previ.

Ela está linda… Será que é para mim? Com certeza não, mas não faz mal pensar que é. Ahh, e que perfume… sinto quando ela passa por mim indo em direção à mais uma roda de convidados. Ela sorri e segue andando na frente. Sigo logo atrás.

Megan pousa a mão no rosto da filha e lhe dá um beijo na testa, está toda carinhosa com ela. Um sentimento ruim me invade. Esse carinho podia ser meu! Fala sério… tô com ciúmes da mãe com sua filha.

— Mãe, cadê seu amigo? — diz Jéssica olhando em minha direção.

— Não filha, antes de querer saber sobre as paqueras de sua mãe que tal me apresentar seu namorado. — O babaca diz. Então não é o tal de Sérgio, mas sim o pai dela.

– Claro! – respondo me aproximando sorridente.

— Pai — ela gruda no braço do pai. — esse é o amor da minha vida.

— Filha não exagera! A vida é mais. — diz Megan.

Só de ouvir sua voz, como ela estava, meu pau racha dentro da calça. Sei que não devo. Eu deveria ter ido embora. É uma mulher proibida. Nunca pensei em trair a Jéssica, mesmo não a considerando seu namorado, como ela me considerava.

Ela merece mais.

Quando comecei a sair com ela, foi porque parecíamos ser iguais, mas com o tempo percebi que não. Apesar dela se sentir sozinha, gosta de chamar atenção e correr atrás dos outros. Eu não. Eu só queria ter uma boa companhia, e até achei que poderia ser ela, mas nunca senti amor, afinal, nunca acreditei nele. Até conhecer sua mãe. Ah, eu sei que é parece cedo dizer isso é e até errado, mas não tenho culpa, o sentimento me corroi. Eu sei que não devia me sentir assim, possessivo, obsessivo… Pô, é uma mulher que não pode ser minha, mas é mais forte do que eu.

Queria poder ir embora, mas tem algo que me proibi de ir embora.

— Então esse é o famoso Omar! — ele puxa a minha mão em cumprimento antes de eu estender o braço em sua direção.

Ele foi com minha cara, já eu não fui com a dele. Tem um ar de superior que não me agradou nem um pouquinho. Aproveito que a família está toda feliz e vou ao banheiro. Por que não pude ter uma família normal? Bem, o que importa agora é Megan.

Na volta para o quintal, onde está sendo realizado o jantar, passo pela cozinha e percebo que há um celular no balcão. Recebendo notificações. E se for o dela? O pego, espiar é feio, mas não vou espiar, só vou ver se tem algo perigoso que possa afetar o interesse dela. E quem sabe uma pista para me ajudar! Só eu sei como dormirei a noite. Faz tão pouco tempo que a conheci, mas o modo como ela agi, trata a filha, mexe comigo. E hoje, neste jantar, percebi que não é só desejo o que eu sinto, é mais que uma obsessão, fascinação… Ela me viciou em sua voz, seu sorriso… Quero ela debaixo do meu cacete, sentindo cada toque de sua boca, de suas mãos e do seu corpo tão lindo e sensual. Olha, a bobinha não tem senha.

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