Capítulo Cinco

“Ah que saudades de como ele desabotoava minha camisa, deixando beijos em meu corpo. Do jeito que ficava duro para mim, me vejo fechar os olhos, mas a imagem que me vem agora é a decepção. Empurro meu vibrador, não é justo. O que deu em mim?! Eu não posso mais ficar assim por ele. Só pode ser o impacto pelo único e perfeito sexo que tive. Vou me acostumar sem. Tenho que me acostumar.”

Capítulo 5

Na cozinha, minha mãe prepara uma refeição para as visitas, para quando acordarmos, sinto o delicioso cheiro, . “Com certeza estaríamos com fome.” – mas minha fome é outra.

—Jéssica filha não consegue dormir? — minha mãe sente a minha presença. 

— Não estou tão cansada - “ainda mais depois de ter sido rejeitada.” penso sem completar a frase. 

 Tinha me levantado com cuidado para não acordá-lo, pois quando Omar não dorme direito, tem um mau humor terrível. Em seguida, sai do quarto, e antes de fechar a porta, meus olhos passam em Omar, que dorme sossegado. E segui até a cozinha depois que senti um cheiro maravilhoso.

— Vocês formam um casal lindo —minha mãe diz sorrindo. 

Ela pensa que não notei como achou o genro bonito, disse que era até galanteador.  Eu não deveria sentir ciúmes da minha mãe, porém, sinto uma sensação ruim. Ele parece encantado por ela, e ela não é diferente, aquela trocas de olhares entre os dois, ele não é um moço de má índole, entretanto, não gostei do comportamento deles.

– Não me diga, dona Agostini, que está fazendo meu prato preferido?!! – digo com alegria à ela.

– Claro que estou! Foram longos meses sem te ver, tenho que mimar um pouquinho minha filha! – Ela segue em minha direção, me abraçando com carinho. Deixo um beijo em suas bochechas.

– Mãe, o que achou do Omar? – pergunto, afastando-me um pouco.  Megan parecia não querer tocar no assunto, mas já que sou sua filha dei o primeiro passo, prefiro ser sincera. Ela segura as minhas mãos.

– Ele é bonito, mas, filha, tome cuidado, não fui muito com a cara dele – diz com pesar.  Puxo as mãos, me afastando dela.

– Não foi?! Tem certeza?

— O quê quer dizer com isso filha? 

—  Não acho que a senhora não tenha gostado dele. Acho que não tenha gostado dele estar comigo. Porém com o tempo você aprende! Eu o amo! – digo, consternada. Nunca pensei que ela pensasse dessa forma sobre meu namorado.

 Percebe que ela notou que fiquei chateada, suspira e diz:

— Quero que seja feliz! — Resolvo deixar para lá. “Ah… deve ser coisa de mãe” – penso agora.

Ela me pede para vigiar o forno e vai para o banho, passando pelo quarto onde está hospedado o seu genro. Será que ela sente vontade de abrir a porta para ver se ele está bem, mas deixo essa ideia de lado. “Tenho que parar com isso”– penso, passando a mão no próprio rosto.

Megan 

Vou direto para meu quarto, sem olhar para os lados, pego uma muda de roupa no guarda roupa e uma toalha no armário. Um banho será bem-vindo.

De banho tomado, sai do quarto toda arrumada e perfumada, e não é por conta das visitas, não. Mesmo sozinha gosto de me sentir bonita, é vaidosa.

Omar abre a porta e dá de cara comigo.

— Toda linda e cheirosa. — ele diz com todo sorriso. Fico sem graça e acabo me corando por ele. Digo sendo simpática.:

— Não exagere!

Ele fica sério com a cara toda amassada e um cabelo desgrenhado de quem acabara de acordar. Acho engraçadinho e sigo em direção à cozinha.

Sinto que não deveria ir com a cara dele, mas algo me puxa para encará-lo. Só desejo ser simpática. E quem não sorriria com essa cara amassada? Pelo jeito eu, mesmo o achando fofo. Ele me segue. Sinto sua presença. Meu coração bate frenético, disparando em ataque cardíaco. Se eu tivesse problemas de saúde iria parar no hospital. Ele me deixa nervosa. 

Na cozinha, chego fazendo um gesto de carinho em minha filha, e ao que parece, ele não gostou. Ele é realmente estranho.

Comecei a retirar as louças no armário para arrumar a mesa, e pedi que  Jéssica pegasse a lasanha, eu trouxe o arroz e peguei os pratos, talheres, e pedi a ele para me trazer a salada. De repente, ele encosta seu braço em minha mão. Não vou negar, tenho duas opiniões: Uma, que parece que ele fez de propósito. E outra, que fui seduzida. Não que eu esteja atraída pelo namorado da minha filha, mas parece que ele é tão quente, sedutor… além de bonito e misterioso. No entanto, me faz ter dúvidas… não sei porquê, mas ele não me passa confiança. Será que ele quer me seduzir na frente da minha filha? Isso me faz detestar essa situação ainda mais, e até desconfiar.

Plim,plim,plim

Escuto um aparelho celular tocar e percebo que é de Jéssica e ela vai em direção ao quarto. 

— Jéssica! — a chamo.

— Já volto! 

— Com medo de ficar comigo as sós, sogrinha! — Omar exclama, se aproximando de mim, fazendo eu ficar prensada no armário.

Tento dizer alguma coisa, mas uma bola de ar prende minha garganta, quando sinto seus dedos da mão direita, subir lentamente entre minhas coxas por baixo da saia.

— Que delícia de pele. Imagina o sabor. — Com a cabeça meio abaixada olhando para minhas pernas, ele desvia somente o olhar para olhar em meus olhos. Isso me arrepia, mas o empurro.

— O que pensa que está fazendo? — mesmo nervosa consigo perguntar sem demonstrar fragilidade.

Ele não responde com palavras, mas com um meio sorriso cafajeste.

E Jéssica volta olhando para mim. “Será que estou vermelha, e se ela percebeu?” 

— Filha… —eu ia contar mas fui interrompida.

— Sua mãe estava me dizendo que não gosta de mim.

Arregalo meus olhos.

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