Capítulo Quatorze

“Confesso que agora estou me sentindo mais leve, ainda sinto saudades. Sim já tinha se passado muitos meses apesar de parecer poucos dias porém consegui me reerguer. Embora não pensasse muito mais naquilo estava me sentindo bem”

Capítulo 14

Jéssica

Logo depois que ouvir Omar sair de casa, resolvo ir também, não sei para onde eu iria, já que na casa do meu pai briguei com a esposa dele.

Peguei minhas roupas e joguei na mala. Não perderei tempo, já que em meus planos, logo jogaria em outro armário. E fui em direção a sala onde talvez minha mãe não me visse. Porém entro e a vejo assistindo TV, um filme, provavelmente, romântico. Comendo chocolate, com lágrimas nos olhos, ela repara em mim com a mala em mão.

– Me diz… O que eu fiz de errado? – Ela se aproxima, agarrando minha mão, tentando me abraçar.

– Para com isso! – afasto suas mãos.

— Não se faça de vítima. — fui andando até a porta da entrada na garagem.

— Mas filha, você não pode brigar comigo por causa de um homem.

— Ahh dona Megan faz o favor, não finja que não sentiu nada por ele. Você deve ter notado o quanto ele é lindo e sexy. Eu vi as troca de olhares dos dois. Fui cega mas notei qual era de vocês.

Ela pareceu engolir em seco.

— Se eu quisesse alguma coisa com ele, acha que te contaria? — falo indignada.

— Assim ficaria mais fácil para nós nos separarmos não?! — Forcei uma risada debochada antes que as lágrimas invadissem meus olhos.

 Abri a porta sem me despedir. E escuto Megan chorar.

Bufo porque o carro de aplicativo que pedi demora. Enquanto eu espero, vejo o restaurante do senhor Joaquim aberto e me lembro que nem almocei.

Cancelo o carro e ando até o restaurante.

O lugar estava vazio para meu alívio, somente duas mesas ocupadas e uma delas e pelo aquele rapaz que trombou em mim. Ou será que eu trombei nele?

Poderia ter falado que Omar tinha me batido assim ele estaria na cadeia, em vez de estar livre por aí dando em cima de alguma mulher que não resistia aquele charme.

Escolhi a mesa mais afastada possível de ser notada porém fui vista pelos olhos negros que me encarou e um arrepio eu senti. O olhar dele não era de predador como o de Omar. Mas era um olhar terno, quando vi estava sorrindo para o anfitrião.

Isso o encorajou a se levantar da sua mesa e vim até mim.

— Boa noite! Espera por alguém?

Caí na gargalhada irônica. Será que ele não viu minha mala?

— Desculpe?! — ele franziu o rosto.

— Não, não espero ninguém. — digo amargamente.

—Quer se sentar?! — digo já que ele se mantinha em pé me olhando.

—Posso? — pergunta contente.

Consenti.

Ele puxa a cadeira e se senta em frente a mim.

— Então cadê seu namorado?

Engulo em seco. Ele é direto.

— Não tem mais namorado. — bufo triste.

— Devo me lamentar?! — ele dá um meio sorriso que me deixa nervosa.

— Nem eu deveria. Acha que tem algo de errado em mim? — me levanto da cadeira e giro em círculo para que ele possa me ver completa.

Os olhos dele parecem brilhar, espero que eu não esteja imaginando coisas.

Volto a me sentar. — E então?

– Você não tem nada de errado, ok! Eu percebi que ele não é o cara que você precisa. Olha para você! Não precisa dele mesmo! – diz ao se aproximar.

– Foi minha mãe. Ela que chegou com encanto dela, inebriando a cabeça dele!

– Não deveria colocar a culpa na sua mãe. A decisão é dele. E quem perdeu foi ele.

— Quer pedir alguma coisa. — ele levantou a mão chamando o garçom.

— Eu não quero te incomodar. Vi que você já tinha sido atendido. — digo envergonhada.

— Na verdade ainda estava escolhendo, mas comer sozinho não é legal. Agora com uma boa companhia. — ele pisca e joga um grande e lindo sorriso de lado. Tão charmoso que por aquele momento me esqueci de Omar.

– Você, sorrindo? Vejo que gostou da minha pessoa. — fiquei tão sem graça que não sabia o que dizer. Acho que ele notou porque mudou de assunto.

— O quê quer beber? — ele me perguntou.

— Boa noite! — o garçom chega e me interrompe o que eu ia dizer.

Ele entrega o cardápio e agradeço.

Procuro o que tem de suco para beber.

— Um suco de abacaxi com hortelã, por favor.

— Eu vou querer um vinho, e pode trazer duas taças. — ele aponta para o vinho que iria querer.

E logo depois pedimos o que ia comer e o garçom se retira.

Ele é tão simpático que me senti tão à vontade para conversar com ele. Nem parecíamos estranhos ali. A conversa fluía enquanto comiamos.

— Você deveria beber o vinho! — ele apontou para minha taça.

— Precisa comemorar. — diz e eu franzo o rosto.

Ele deu uma gargalhada tão gostosa.

— Um brinde! A mulher linda! — ele levantou a taça e não tive como não brindar e acabei tomando um gole e de um gole, mais outros vieram.

— Bem, muito obrigada pela companhia, mas tenho que procurar um lugar para dormir. — Eu chamo o garçom.

— Eu te dou uma carona!

Quando eu ia deixar o dinheiro na mesa, ele coloca a mão sobre a minha. Fiquei imóvel, meu coração disparou e quando nos olhos se encontraram senti um frio na barriga. Ele me observava, com um olhar de desejo.

— Eu faço questão de pagar.

— Isso é tão ultrapassado.

— O que? Só porque quero pagar um jantar para uma mulher bonita.

— Ok, aceito que pagua, porém a carona…

— Não! Não, por favor, vamos! — ele tira a mão de cima da minha e sinto que falta um pedaço de mim. A mão dele parecia que fazia parte da minha. Ele se levanta, e pega novamente minha mão.

—Vamos! — Eu fico sem saber o que fazer.

— Não está com medo de mim, está? — ele riu zombeteiro. — Sabe que sou da polícia, né!

— Mas isso não te impede de cometer…

Ele gargalhou alto e diz :

—Um crime? O único crime que eu cometeria era te deixar ir embora sozinha. Vem! Confia! — ele me estende a mão e eu pego. Ele vê minha mala e sem soltar minha mão ele pega também.

O sigo e acho que ele me levaria para algum carro estacionado, porém me engano continuamos seguindo a pé.

Dou uma risadinha.

— Desculpa!?

— Pelo quê? — ele balança meu braço para frente e para trás com minha mão ainda unida na dele.

Parecíamos namorados. Isso me fez mal, e puxei minha mão. Não lembro de ter um momento assim com Omar.

Estávamos juntos há quase um ano. O sexo era avassalador, inibriante, mas não tínhamos essa cumplicidade e companheirismo.

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Comments

Andreia Cristina

Andreia Cristina

será que esse vai ser igual o Omar ou vai ser o amor da vida dela

2024-03-11

2

Nana lou

Nana lou

porque não havia amor , ahh cara shipando demais esse casal

2024-03-11

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Capítulos
1 Aviso!!!!
2 Prólogo
3 Capítulo Um
4 Capítulo Dois
5 Capítulo Três
6 Capítulo Quatro
7 Capítulo Cinco
8 Capítulo Seis
9 Capítulo Sete
10 Capítulo Oito
11 Capítulo Nove
12 Capítulo Dez
13 Capítulo Onze
14 Capítulo Doze
15 Capítulo Treze
16 Capítulo Quatorze
17 Capítulo Quinze
18 Capítulo Dezesseis
19 Capítulo Dezessete
20 Capítulo Dezoito
21 Capítulo Dezenove
22 Capítulo especial, Foto dos Personagens
23 Capítulo Vinte
24 Capítulo Vinte Um
25 Capítulo Vinte e Dois
26 Capítulo Vinte Três
27 Capítulo Vinte Quatro
28 Capítulo Vinte e Cinco
29 Capítulo Vinte E Seis
30 Capítulo e Vinte Sete
31 Capítulo Vinte e Oito
32 Capítulo Vinte e Nove
33 Capítulo Trinta
34 Capítulo Trinta e Um
35 Capítulo Trinta e Dois
36 Capítulo Trinta e Três
37 Capítulo Trinta e Quatro
38 Capítulo Trinta e Cinco
39 Capítulo Trinta e Seis
40 Capítulo Trinta e Sete
41 Capítulo Trinta e Oito
42 Capítulo Trinta e Nove
43 Capítulo Quarenta
44 Capítulo Quarenta e Um
45 Capítulo Quarenta e Dois
46 Capítulo Quarenta e três
47 Capítulo Quarenta e Quatro
48 Capítulo Quarenta e Cinco
49 Capítulo Quarenta e Seis
50 Capítulo Quarenta e Sete
51 Capítulo Quarenta e Oito
52 Capítulo Quarenta e Nove
53 Capítulo Cinquenta
54 Capítulo Cinquenta e Um
55 Capítulo Cinquenta e Dois
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57 Capítulo Cinquenta e Quatro
58 Capítulo Cinquenta e Cinco
59 Capítulo Cinquenta e Seis
60 Capítulo Cinquenta e Sete
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62 Capítulo Cinquenta e Nove
63 Capítulo Sessenta
64 Capítulo Sessenta e Um
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66 Capítulo Sessenta e Três
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68 Recado
Capítulos

Atualizado até capítulo 68

1
Aviso!!!!
2
Prólogo
3
Capítulo Um
4
Capítulo Dois
5
Capítulo Três
6
Capítulo Quatro
7
Capítulo Cinco
8
Capítulo Seis
9
Capítulo Sete
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