Prólogo

Em busca de uma companhia à noite, o destino é um pub barzinho. Onde a música não é tão alta, então consegue ter uma boa conversa. Os olhos percorrem até que encontrem o que precisa. 

O quanto o tesão pode inebriar e ofuscar seus olhos, para o perigo iminente à frente? Enquanto em uma noite de caçada em busca de diversão, encontra um homem que é capaz de desestabilizar somente com um olhar.

Um homem sério, destemido, misterioso é lindo. Um olhar sedutor, meio sorriso, malicioso, sem dizer uma palavra sequer promete uma noite inteira de prazer. E não é somente pela beleza, de seu rosto firme, mandíbula quadrada, que combina com seus olhos grandes, levemente baixos, cílios bem trabalhados e além dos olhos serem azuis, de um cabelo liso loiro escuro, que a imaginação floresce, imaginando puxando os fios pelos dedos enquanto é penetrada fortemente por ele. Um cabelo penteado de forma rebelde. “E meu Deus que queixo!” Um queixo marcado, por pequenos pêlos pela barba por fazer de um dia. Proeminente desperta no cérebro um êxtase imediato. Um corpo esguio, com ombros largos, sua camisa de mangas compridas, mas dobradas até os cotovelos, revela braços fortes, um pulso grosso, com uma pulseira de couro marrom com um pingente de âncora. Mãos fortes, dedos grandes e grossos segurando um copo de whisky, com unhas impecáveis. Ele balançava levemente o líquido meio incolor amarelo, e suspendia o copo levando a boca. O jeito que abriu os lábios e depositou o copo sobre ele, foi numa forma tão sensual que hipnotiza, sem tirar o olhar em sua presa, pois é assim que sente todas as mulheres que são capturadas por aquele olhar. Mas é pelo fato do poder que ele transmite, um autocontrole que domina todo o ambiente à volta. Tem uma segurança em si, que não demonstra fraqueza, sua áurea afrodisíaca, sem cor, mas com um perfume avassalador.

Então ele se aproxima, vira-se ao garçom e pede uma bebida. E entrega a moça.

— Obrigada! — e o que ela consegue dizer. 

Ele pisca. Mas neste momento não sorri. Vira-se para ela, aproxima lentamente seu braço esquerdo, parando milímetros do rosto da jovem. Então segura uma pequena mecha de fios pretos entre seus dedos, sente rapidamente a maciez e eleva para trás dos ombros dela. As costas de seus dedos levemente tocam a pele exposta do ombro, ela sente o calor subir. E mesmo que tenha sido por segundos ela sente o toque, e é o que a deixa mais excitada. 

Ele volta sua mão para o joelho e aproxima o corpo dele em direção a ela. Sua boca está bem perto de tocar as maçãs do rosto dela, porém ele fica imóvel e diz:

— Que tal terminarmos essa noite em outro lugar? — sussurra com a voz calma e grossa que arrepia até os pêlos da alma. Ela fecha os olhos, e morde o canto da boca. E gentilmente articula a cabeça em concordância. 

Ele levanta da banqueta, a pega pela mão e a arrasta abrindo passagem pela multidão.

O quão delirante e perigosa poderia ser essa noite, para aquela mulher? 

Gemidos abafados, corpos suados, lágrimas surgiram. A noite de sexo que prometera foi mais, muito mais do que a espectativa de que ela esperava. Por tudo que ela imaginou, por tudo que seu cérebro devagou ao  vê-lo a fez digitar em sua mente que ocorreria. Ela não  imaginava. Foi além de sua imaginação. Ele era aquilo tudo e muito mais. Um homem com vigor. Que dava prazer nostálgico, antes de receber, o seu prazer era ver o prazer. Porém tem algo que ninguém conseguia ver entre as entrelinhas daquele homem que parecia perfeito. A sua mente o que se passava por ela. 

— Vamos, chore mais! Peça mais! — Ele dava ordens. Ele adorava que suas caças, implorassem antes dele deixá-las explorar seu corpo. 

Ele as deixava no limite.

— P.or… favor! — ela implorava entre choros. 

Ele não demonstra, sequer, compaixão.

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