CAPÍTULO 18

Após o padre ter se recuperado, ele finalmente começou a sua doutrinação, pregando o verdadeiro evangelho pela cidade carente de fé. A população me agradeceu. E consideraram um milagre, mas deixei claro que eu não era nenhum santo, e muito manos um profeta. Embora fosse difícil, eles acreditaram, mas eu não podia hipótese alguma revelar que a capa preta era especial que continha poderes sobrenaturais. Outro mistério que eu precisava desvendar.

Me despedi do padre e levei a mulher sã e salva para a casa dela. Ela ficou curada dos ferimentos graças à capa preta. Eu e ela tínhamos muito que conversar, eu queria saber de todos os detalhes a respeito de prática de bruxaria e magia negra. Mas não era só isso que estava me deixando intrigado, talvez o fato de eu querer saber da bruxa responsável pelo mal que fez a minha falecida mãe, e meu tio. Talvez fosse mais uma desculpa.

Porque eu me perguntava a mim mesmos. “Da onde eu conheço essa mulher?”. Eu queria saber tudo, mas havia alguma coisa que me atraia. Não posso acreditar nas histórias que os homens que se encontram com ela ficam apaixonados.

Para as mulheres da cidade, movidas pela inveja, juravam que ela era uma feiticeira que deixava qualquer homem apaixonado. E de fato ela deixava, não sei se estou apaixonado, mas a beleza dela me intriga. Ela é morena, olhos castanhos cor de mel, cabelos pretos longos, rosto largo e claro, ela me lembra atriz americana que faz sucesso no cinema mundial, a Catherine Zeta-Jones.

Aquele olhar expressivo e assustado quando estava presa nas cordas prestes a ser queimada. Ela me olhava intensamente querendo me dizer alguma coisa que eu não conseguia decifrar. Agora eu era para ela um herói que salvou a vida dela. E com certeza seria grata pelo resto da sua vida. Ela disse em meus ouvidos que me deixou todo arrepiado. Com aquela voz suave.

— Por favor, me leve onde você for, que eu vou!

Ao ouvir o que ela me disse, senti meu coração disparar desconpassadamente sem entender porque. A última vez que eu me senti assim foi quando vi Nádia pela primeira vez. E talvez Helena em outras encarnações. Difícil tirar uma conclusão básica. Se estou apaixonado ainda não vi ela se fazendo de vítima.

Parecia que ela tinha certeza de que alguém ia aparecer e salvar ela daquela enrascada. Ou ela não temia a morte, e isso me deixou confuso. Será que ela sabia que eu ia aparecer para salvar a vida dela? Na cidade havia um pequeno hotel simples, mas aconchegante, fui levar ela para que ficasse em segurança. E eu voltaria de carro para casa dos meus tios, mas como era tarde da noite achei arriscado viajar a noite.

O nome dela é Samantha. Ela me aconselhou que eu devesse permanecer na cidade, já que eu estava fazendo uma pesquisa na cidade sobre aquele casarão mal assombrado. Eu precisava mesmo investigar aquele assunto, entre outros. Ainda havia a história do padre ser possuído por Sete demônios. E quando aconteceu, e parece que foi naquela mesma estrada que eu fui seguido pela mulher de branco.

Mas antes eu tinha que investigar os fantasmas do casarão, se é que era mesmo fantasmas? Ou quem sabe demônios. Uma coisa que estava me tirando a concentração! Era a Samantha que estava me deixando perturbado. Só nós dois naquele pequeno hotel, alguma coisa não ia prestar, ela era linda, e eu me achava igual um adolescente que se apaixona pela primeira vez. Eu achava que nunca mais ia sentir algo como eu estava sentindo. Ela quase implorou para que eu ficasse.

— Está bem, eu vou ficar, mas antes quero saber tudo sobre você!

— O que você quer saber a meu respeito?

— Essa história de você ser uma bruxa! — Quando eu falei a respeito ela riu de mim, dizendo

— Você acredita nessas lendas de bruxas.

— Acreditar não sei se acredito. — Eu menti para ela.

Porque na verdade eu não estava interessado se ela era ou não uma bruxa. Aquela noite estava quente, era mês de novembro, ela conversava comigo como se nós já nos conhecíamos há muito tempo. Aquele pequeno hotel quase não tinha hóspedes, e era familiar em que as pessoas que se hospedavam tinham que fazer suas próprias refeições.

Naquela noite eu queria esquecer tudo, minha missão de desvendar as histórias sobrenaturais. Não sei se era amor que eu estava sentindo, ou se era uma distração para sair do caso. Eu não sei como eu fui cair numa armadilha da paixão. Ela fez um jantarzinho à luz de vela. Algo me transportou para outra encarnação, o ritual estava se repetindo. De repente eu estava num passado distante. Só que não era um hotel simples como aquele, e sim uma cabana abandonada num lugar que não sei onde era, vivemos os melhores momentos que podíamos ter vivido.

A HHelena era morena igual a Samantha e Nadia. E no momento que me transportei para o passado percebi que HHHelena tinha uma marca de nascença na perna esquerda do lado direito da perna acima do joelho. Conversamos, bebemos vinho após o jantar que ela mesma fez questão de fazer, ela me disse.

— Como se chama, meu herói?

— Eu me chamo John Peterson, prazer! — Apertei a mão dela suavemente olhando diretamente nos olhos dela.

— Pois é. Quando eu estava presa naquelas cordas, eu tinha certeza que você ia aparecer para me salvar!

— Como assim?

— Para dizer a verdade, eu sou uma vidente, que vejo coisas que podem acontecer, e eu sabia que uma hora isso ia acontecer, sabia dos planos do padre.

— Está me deixando confuso e curioso ao mesmo tempo.

— De fato, sei que é difícil acreditar, mas eu sempre te via em meus sonhos vindo a cavalo e me salvava, só que não foi a cavalo que apareceu, e sim de carro.

— Eu sou muito cético em relação a muita coisa. Melhor dizendo eu era, mas depois que começou acontecer algumas coisas estranhas passei acreditar. Então eu não duvido de mais nada.

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