^^^“ Às vezes, o segredo para encontrar é parar de procurar.”^^^
^^^~ Hopsin^^^
...| 12 anos atrás...|...
♔ ELENA CROMWELL
Corro pelos corredores como se estivesse em um labirinto interminável, onde cada porta, seja fechada, aberta ou entreaberta, parece ser um obstáculo em meu caminho. Desço as escadas às pressas, minhas sapatilhas batendo no chão enquanto ofego pesadamente, só me fazem tropeçar entre os meus pés desajeitados. Meus pulmões imploram por ar, mas não posso me permitir parar nem por um segundo.
Papai... onde estás? É o único pensamento que preenche a minha mente enquanto os meus passos ecoam pelos corredores vazios. A ansiedade toma conta de mim, apertando o meu peito com força e acelerando os meus batimentos cardíacos. Cada segundo parece uma eternidade, e a incerteza do destino da mamãe só aumenta a minha agonia.
Com um baque rápido ao virar o corredor, caio de bunda enquanto elevo o meu rosto, percorrendo um vestido lindamente pomposo que se estende até os pés, um decote aberto em V entre os seios enquanto um leque paira nas mãos cobertas por luvas delicadas. Engulo seco ao fitar o rosto medonho, pintado por maquiagens pesadas e um penteado na cabeleira loira que parece doer de tantos fios puxados, talvez, para puxar as rugas sulcosas perto do cenho.
— P-perdoe-me, senhora... – Digo rapidamente, sentindo filetes de suor escorrendo pela minha testa.
A mulher, majestosa como um pavão branco, fitava-me de cima a baixo enquanto o seu olhar repreensivo não me deixa por um segundo sequer.
— Ora, ora. Vejamos se não é a pequena e tão falada, Elena Cromwell. – Sua voz causa-me calafrios, e leva-me a questionar se a sua intenção é me intimidar. — Ralph disse-me muito sobre você, e a vossa mãe. – Sua última palavra sai em tom irônico? enojado? Não consigo compreende-la.
Ela aproxima-se, se abaixando alguns centímetros até ficar próxima o suficiente para sentir o seu cheiro forte que me faz franzir o nariz. Flores? Aroma doce de mel com algo que não consigo entender bem o que possa ser. Mas, de qualquer forma, espirro, tampando o nariz com as mãos.
— Você não se parece muito com ela. – Logo, um sorriso diabólico cresce nos seus lábios avermelhados, como sangue. — Talvez tenha puxado Ralph, isso.
Levanto-me rapidamente, assim que a mulher se afasta, mas o seu olhar ainda está preso em todos os sentimentos possíveis ao meu redor.
— É-é um prazer conhecê-la, senhora. Mas preciso encontrar o meu pai urgentemente. – Digo, enquanto passo por ela, me lembrando o real motivo de toda a euforia.
— Claro. Não tenha pressa, minha pequena... Ainda nos veremos muito por aqui.
Com uma risada estranhamente histérica, as suas palavras deixam-me um misto de confusão e medo. No entanto, não paro de correr, enquanto sinto que a qualquer momento eu posso perde-la, e o tempo é algo preciso quando estamos em dívida com ele.
— Papai! – Grito, assim que o vejo entrando em casa com outro homem um pouco mais velho. — A-a mamãe...
Sem fôlego, tento dizer rapidamente. Sua expressão muda assim que ele vê o meu estado, e sem esperar que eu termine as palavras, ele passa por mim, subindo correndo as escadas enquanto o homem que estava ao seu lado, o segue. Ambos com preocupação nas expressões.
E-ela ficará bem...?
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Atualizado até capítulo 48
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