Pov's Ryan Ferraz.
Hospital Washington.
— Eu sinto muito!
A mão macia toca no meu ombro. Desperto, erguendo os meus olhos cabisbaixos. Rapidamente a encaro estando abalado, e a ignoro, virando o rosto para baixo.
— Lamento pelo que aconteceu com Natalie.
— Não finja que se importa!— a repreendo, com o tom alterado.
A loira encolhe os ombros.
— Você deveria culpar Melissa, foi ela que realizou o parto.— escuto-a insinuar.— Ela tinha todos os motivos para querer Natalie morta.
— MINHA MULHER NÃO ESTÁ MORTA! VOCÊ OUVIU?
— Está em coma, é quase a mesma coisa.— rebate a minha fala, dando de ombros.
— Olha aqui, Caroline!— parto para cima, apertando o seu pulso. — Não ouse repetir isso novamente...— vermelho de raiva, a ameaço.— A minha mulher vai sair dessa.
— Sua mulher?— zomba de mim, abrindo um sorrisinho sarcástico. — Deixa só Melissa ouvir tu falando isso.
— Não tô nem aí para Melissa!— declaro, completamente exaltado. — Tanto ela, como você, quero que se fodam!
E me arrependo por soltar o xingamento por sermos interrompidos justamente...
— Atrapalho?— a voz fina percorre pelo corredor do hospital.
Me afasto, desnorteado, por sermos flagrados pela médica que nos observa desconfiada.
Ela trata de se recompor, mais fica claro não gostar nem um pouco de presenciar a aproximação da sua madrasta comigo.
— Você viu o meu pai, Caroline?
— Está cuidando dos filhos da mulher que você praticamente matou.
Arregalo os olhos, alarmado pelo atrevimento. Até Melissa fica surpresa, por ser atacada com palavras tão maldosas.
— Não estou entendendo o seu tom, Caroline.
— Não se faça de sonsa.— sem medir as palavras, a mesma revinda.— De vítima você não tem nada.
— Essas acusações absurdas que você está fazendo contra mim, é sem cabimento algum!— Melissa se defende; pálida e nervosa.— Eu jamais colocaria a vida de uma paciente em risco.
— Nem que essa paciente fosse a ex do seu marido....
Vejo-a fechar a mão em punho, puta pelo comentário. Me coloco no meio das duas, por o clima está tenso.
— Eu não vou admitir que você coloque em dúvida a minha ética!
Caroline solta uma gargalhada.
— Sério mesmo, Melissa?— as duas se encaram com ódio.— Que você vai ficar com esse papo de boa samaritana. De santa você não tem nada.
— O que tá acontecendo aqui?
O tom rouco ecoa, percebendo a tensão no ar. As mulheres se silenciam diante da presença da figura autoritária.
— Pai, essa ridícula está tentando pôr o meu marido contra mim.
— Adam, você vai acreditar na palavra da desequilibrada da sua filha?
Os olhos de Melissa ficam lacrimejados ao ser humilhada pela madrasta. Sinto vontade de defendê-la, e até faço isso, tomando a atitude de segurar na sua mão na frente do casal.
Minha atitude a deixa tocada. A cena também incomoda a principal envolvida da confusão, que observa tudo incrédula ao ver que o seu plano sujo não saiu como planejado.
— Melissa não está mentindo.— a defendo.— A sua esposa anda se metendo demais em assuntos conjugais.
— É verdade, Caroline?— é interrogada.
— Claro que não, Adam. Eu só não acho a sua filha competente como médica. Eu dei apenas a minha humilde opinião. Se o seu genro não é capaz de enxergar isso, já não é problema meu.— me alfineta e rolo os olhos, de saco cheio.
Dou às costas, levando Melissa comigo.
A abraço de lado, enquanto andamos juntos.
No final do corredor, paramos.
—Pode ser que eu tenha cometido algum erro.— ela admite para mim, insegura. — Eu deveria ter notado o quanto a pressão dela estava alta.
Seguro em seus ombros, olhando-a no fundo dos olhos.
— A culpa não foi sua.— meu olhar tenso, a conforta. — Ei, não fica assim.— suspira fundo, com a fisionomia triste.
— Talvez ela nunca mais acorde.
Engulo em seco, vendo-a chorar quando me revela a pior hipótese.
— Natalie vai sair dessa.— sôo esperançoso. — Ela já passou coisas piores e conseguiu dar a volta por cima.
— Você não faz ideia da gravidade.... ela depende dos aparelhos para sobreviver. Só um milagre pode mudar o quadro.
**********
Uma semana depois...
Apartamento.
Trago a bebê para casa, sozinho, tendo que ser pai solteiro e tomar conta de seis crianças- ainda por cima de uma recém-nascida.
Eu não tenho a menor experiência em trocar fraldas, fazer leite ou algo do gênero.
Estou tão desesperado.
— Por favor, não pulem no sofá.
Repreendo as menores que brincam de pular no estofado, como se fosse um brinquedo elástico. Porém, nenhuma me obedece ou dá ouvidos.
— Papai, eu quero ir ao parque!
— Depois.
— Mais eu quero ir agora.
— Agora não dar, Annabelle!
— Por que a mãe não veio conosco?— Laurel questiona, curiosa, me desestruturando inteiro.
Elas acreditam que Natalie está se recuperando no hospital do parto, foi isso que inventei, pois ainda não tive coragem de contar que se encontra em coma.
— Sua mãe vai sair de lá logo.— minto, sem jeito.— Não façam bagunça.— volto a brigar com os mais novos que insistem em teimar.
— A campainha está tocando, pai!— Mary Jane avisa.
Me locomovo até a porta para ir abrir...
— Você?— sussurro abismado, ao ver a mulher carregada de malas.— Irá viajar, Caroline?
— Não seu bobo, eu vim morar com você.
Começo a tossir de nervoso.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Patricia M
que caroline mais chata
2024-02-13
2
rafamendes
senhor jesus é cada coisa
2024-02-01
1
Expedita Oliveira
Nojo dessa Caroline 😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜🤮😜 isso é uma 🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍🐍
2024-01-31
1