Cadê a nova sócia?

Pov's Natalie Ferraz. 

Festa de gala.

Hotel.

23:30 PM

 Os quatros se retiram do salão indo para um lugar mais reservado. Eu os sigo, sem chamar atenção. Aproveito que ninguém está vigiando a área, para espiar da brecha. 

Ryan compactua com pessoas sujas, quero descobrir até que ponto está ligado a essa Máfia.  Ele e Caroline trabalham juntos! A mulher que tanto nos perseguiu no passado.  

Coloco o ouvido detrás da porta para poder ouvir melhor o que está sendo dito lá  dentro.

— Papai, esses são os papéis.— escuto a voz fina da tal Melissa.

— Cadê a nova sócia?— o homem pergunta.

— Provavelmente esteja no salão.— ela responde.

— Vá busca-lá.

Ferrou!

Tento apressar os meus passos, para não  me pegarem ouvindo a conversa, mas acabo sendo tão barulhenta com o meu salto que sou flagrada pela esposa do Ryan.

— É você mesmo que eu estava procurando.— a mesma diz, encarando-me de cima abaixo. É evidente que não gosta nem um pouco  de mim, e nem esconde isso.— Me acompanhe.

— Eu queria saber onde é o banheiro?— arrumo uma desculpa.

— Depois. Venha comigo!— me puxa.

Oh meu Deus! Me sinto tão nervosa, como devo me comportar? Não posso fingir que não os conheço.  Ou devo agir assim?

— Essa é a nova sócia.— a filha do sujeito de aparência mais madura, me apresenta a todos.

Os olhares dos rostos conhecidos, principalmente de Caroline e Ryan não expressam nenhuma reação de nervosismo ou desespero, ambos agem como se não me conhecessem. 

— Prazer!— a mulher que tanto me fez mal estica a mão, sorrindo.

Sinto um ódio tão imenso, pela naturalidade de como se comporta. Penso em não tocar, mas causaria um clima pesado e chamaria atenção dos demais que estão presentes nesta sala.

— Muito prazer.— profiro séria. 

— Bom papai.— a outra nos interrompe.— Essa é a Natalie, a nova integrante da Máfia. 

Os olhos azuis que estavam abaixados se erguem momentaneamente.  Não sei explicar, mas quando os seus olhos batem em mim, fico tão intimidada sentindo uma sensação esquisita. Sinto o olhar de Ryan queimar, por não gostar nem um pouco da forma de como o seu sogro está me olhando. 

O dono da Máfia faz questão de levantar da cadeira giratória, para vir me cumprimentar de perto. 

É tão constrangedor quando toca na minha mão, beijando o topo. Sua mulher fica de lado observando tudo, morrendo de ciúmes. 

— É muito bonita.— me elogia, abrindo um sorriso galanteador.  

Tal comentário arranca reações negativas dos outros, principalmente do meu ex.... que visualizo fechar a mão de com força, puto de raiva. 

— Obrigada.— agradeço timidamente, preenchida pelo contato visual do moreno charmoso. — Fico muito feliz de trabalhar pro senhor.— puxo o saco, estando completamente atraída. 

— Não me chame de senhor, me chame de Adam.— revela o seu nome.

Rio por um instante. 

— Eu adorei o seu sorriso, me lembra uma pessoa especial.— constata, analisando cada detalhe do meu rosto.— Você é casada?

— Viúva.— minto.— Meu marido está morto.— entreolho pro principal envolvido, que sente o peso das palavras. — Eu não amava ele, foi apenas um vacilão. — solto, num tom de desprezo, pois é isso que o pai dos meus filhos merece ouvir.

— Ela era amante do Arthur, Adam.— a ex primeira-dama inventa uma narrativa, se metendo na conversa. — Ela é a mulher que ele deixou a herança. É por esse motivo que a trouxemos aqui.

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