Ela é minha filha

Pov's Natalie Ferraz. 

Hospital de Washington. 

— Você cometeu um equívoco. — fito-a indignada, puxando mais a minha pequena para perto de mim.— Ela é minha filha.— rebato, sentindo muita raiva.

Ryan deve ter inventando alguma história absurda, não dúvido nada que tenha vergonha de eu ser a mãe dos nossos filhos.

— Talvez eu tenha confundido — a médica se corrige, percebendo o desconforto causado. — Vamos aos exames.

Apesar do clima tenso no ar, opto em deixar somente Laurel realizar o teste, porque eu não me sinto confortável em tê-la como minha médica.

— Você quer bater a ultrassom, Natalie?— a própria insiste em puxar a assunto,. — Se quiser, eu posso fazer. 

— Não precisa, obrigada.— a corto, com ignorância. — Já estou fazendo o meu pré-natal com outro médico.— minto, e ela me encara de relance por eu tratá-la tão mal.

— Tudo bem. Eu só queria ajudar.

Põe as luvas, preparando a seringa para realizar o exame de sangue. Laurel morre de medo de agulha e se encolhe inteira.

— Calma, filha. — seguro no seu bracinho. — Não  vai doer.

— Mas eu não quero mamãe.— seus olhinhos amedrontados mostram estarem quase ao ponto de chorar.

— Só vai ser uma picada, e você nem vai sentir, princesa.— a tal Melissa a acalma, sendo super simpática.

Será que ela é assim mesmo, ou está agindo com falsidade? Ela parece ser uma boa médica. 

Devaneio dos meus pensamentos, para não ficar me comparando a essa mulher e me sentindo inferior.

— Pronto!

A retirada do sangue é rápido. A médica rir para minha criança, dizendo que já acabou.

— Vocês podem aguardar aqui mesmo. — pede, encaminhando o vidrinho pro laboratório. — Se quiser fazer a ultrassom, enquanto espera....— novamente insiste na ideia.

— Faz mamãe.— Laurel de repente se anima.— Eu quero saber se é uma irmãzinha ou irmãozinho. 

— Você ainda não sabe o sexo do bebê, Natalie?— a esposa de Ryan pergunta.— Por que não aproveita que está no meu consultório e descobre logo. 

— Deixa para outro dia.— nego novamente.— Eu não me sinto bem hoje.

— Você não é a única.— na hora, solta sem querer estando desanimada. 

Em seguida se afasta indo pro canto.

— Há algum problema, Melissa?— questiono, ao vê-la tremendo as mãos enquanto retira as luvas. 

— Não é nada, Natalie. 

— Tem certeza?— encaro a sua fisionomia triste. 

— Não, eu não tenho certeza. — é daí que abaixa a guarda, olhando pra minha direção.— Não tenho amigas para compartilhar nada. Minha madrasta é sombra do meu pai, se eu expor alguma coisa sobre o meu casamento... Acabará chegando nos ouvidos dele. E ela também a ex do meu marido, seria um pouco estranho entende.

— Eu entendo.— digo, pois é um pouco irônico escutá-la dizendo isso. 

— Acho que eu vou pedir divórcio.— me confidencia tal segredo e reajo completamente surpresa.

— Como assim?

— Meu casamento é só de aparência, meu marido nunca me tocou. Eu não sinto ele apaixonado por mim. Tem alguma coisa se passando, ele está cada vez mais estranho. Talvez ele possa está me traindo com outra mulher.

Engulo em seco, quando expõe suas desconfianças. Oh meu Deus! 

— Voce já sabe quem? 

Ela me fita profundamente, como se a minha pergunta a ofendesse.

— Não. E se eu soubesse... Eu a mataria.— soa com toda frieza.— Estou brincando!— se conserta quando nota o quanto fico assustada.— Esse relacionamento começou errado desde do início. Acredita que eu conheci ele neste hospital?— recorda.— Ele apareceu aqui tão desesperado, querendo fazer um exame. Foi a partir dali que começou a minha ruína.  Eu menti para ele.

— Mentiu?

— Sim. Eu disse para ele que ele estava com HIV, mas o teste deu negativo. 

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