Eu não sei

 Washington D.C

Pov's Natalie Ferraz.

O silêncio ensurdecedor predomina. Lhe encaro horrorizada, por tamanha descoberta. Não sei o que sentir, não sei o que pensar.

— Como?— sussurro em choque.— De quem você pegou isso?— suas orbes imediatamente  se erguem. 

— Eu não sei.

— Como não sabe? A única mulher que você se deitava era eu. Ou você pegou da sua atual esposa?

— Não foi Melissa que me contaminou — ele afirma, fugindo de me encarar.

— Então de quem foi?— se cala pensativo.— Da primeira-dama?— cogito a possibilidade e  logo recebo a confirmação. 

Me espanto, piscando os olhos algumas vezes. Tudo começa a girar ao meu redor.

— Não pode ser....— ligo os pontos.— Ela doou sangue para NOSSA FILHA! COMO PÔDE ESCONDER ISSO DE MIM? 

O baque que eu recebo é tão grande. Caio numa crise de choro, sem conseguir conter as lágrimas. Há um nó na minha garganta que me faz sentir a pior sensação do mundo.

— Natalie....

— Cale-se!— grito com ele.— Desde de quando você tem isso? Fala, eu preciso saber!

— Descobri depois que você foi presa.

Dou um soco na parede, indignada. 

— Existe a chance desde bebê que tá na minha barriga, ter também?

Os olhos cabisbaixos do mesmo me encara, balançando a cabeça que sim. O choro me toma completamente. A vontade que eu tenho é de quebrar tudo.

— Natalie, eu sinto muito.

— Você não sente.— lhe olho com nojo.— Se sentisse, não teria se deitado com aquela puta — se aconvarda de se defender, somente fica de cabeça baixa enquanto aponto o dedo aos gritos.— Sabe o que eu mais me arrependo, é de ter me apaixonado por você.— verbalizo, com as lágrimas rolando pelo meu rosto.— Te amar foi um erro. Este homem que está parado na minha frente, não é o meu Ryan.— a maneira de como o menosprezo, lhe atinge em cheio.—  É apenas um qualquer. 

– Natalie, nada mudou.

Ele também chora, querendo me comover,  ao bancar o  "arrependido". 

— Vai embora!— aponto em sentido a porta de saída. — Sai daqui!— aos prantos, enlouqueço.— Eu nunca mais quero olhar para sua cara.

O homem que tanto amei se levanta, e em câmera lenta causa-me uma sensação tão ruim, é como se definitivamente não houvesse mais chances para nós dois. É como se o antigo Ryan, tivesse morrido.

Desabo a chorar quando fecha a porta do apartamento e se vai. Caio de joelhos no chão da sala, completamente devastada.

Descobrir que a doença pode ter passado pro meu bebezinho, para minha Laurel e até mesmo para mim, faz o meu coração sangrar.

Pego uma fotografia antiga que guardo, do tempo que estávamos juntos. Da época que éramos um casal.

Miro pro retrato.

Por que isso teve que acabar? 

((((((.......)))))

Na manhã seguinte. 

08:30 AM.

Nem dormi na noite passada, foi duro pregar os olhos depois daquilo. Acordei bem cedo e já estou de pé. Eu preciso tirar essa dúvida que está martelando na minha cabeça. 

— Mamãe, por que estamos num hospital?— a minha pequenininha pergunta, confusa, sentada ao meu lado enquanto aguardamos sermos chamados para realizar o teste.

— Você fará alguns exames, meu amor.

— Mas eu não estou doente.— soa manhosamente. 

— Você não precisa está doente, para fazer um check-up, Laurel.— toco em sua mãozinha pequena, confortando-a com um sorriso.

Somos interrompidas ao nos direcionarmos ao consultório médico.  

A doutora está terminando de examinar o paciente. Quando chega a nossa vez, tenho a desagradável surpresa...

— Melissa?— pronuncio incrédula. — Você é médica?

 Na hora sorrir, mirando diretamente para Laurel. Daí noto uma coisa estranha e não entendo o porquê da reação da minha filha de se esconder  atrás de mim, como se sentisse medo do olhar dessa mulher.  

— Olá, princesa, quanto tempo!— usa a simpatia para cumprimenta-lá — Como você cresceu. — se ajoelha, admirando-a.

Encolho mais a minha miúda detrás de mim, pois se mantém assustada.

— O que ela é sua, Natalie?  Não me diga que você é parente de Caroline. Minha madrasta sempre ocupando as pessoas. 

—Do que você está falando? 

— Essa garotinha fofa é filha da minha madrasta.

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