Eu amo a Natalie

Ryan Ferraz. 

Washington D.C. 

— Como é possível?— reflito, descrente.

— Simples. — a encaro— Eu precisava saber quem havia me contaminado com o HIV. Eu não sabia se tinha sido você, Arthur ou meu antigo guarda costas. Foi aí que eu pedi para que James investigasse o meu passado, descobrisse de onde eu vim, quem era a minha família.— seus olhos estão deprimidos, além de expressar tristeza em seu tom de voz.

— Mas como você descobriu que Natalie era a sua irmã? — indago, bastante confuso.— Não faz sentido!

— É porque você ainda não ouviu toda a história! Deixa eu terminar. — me interrompe, lançando-me um olhar intimidador. 

Me calo,  deixando-a prosseguir.

— James me trouxe um dossiê da mulher que me colocou no mundo.— seu tom emite com uma certa indiferença. — Ela era uma drogada, vivia dormindo com um e com outro.— conforme vai contando a história, a loira revela bem sentida: — Ela me vendeu por algumas moedas de troca, para cafetina do cabaré. Já que tinha abandonado a primeira filha no meio do mato.

— A Natalie.— menciono.

— Sim, exatamente. 

— Tem certeza que tudo isso que está me contando é verdade? 

— Pra quê eu perderia o meu tempo mentindo?— rebate, soando sincera ao meu vê. 

— Vindo de você, eu posso esperar tudo.– murmuro baixinho.

— Você Ryan não faz ideia de como eu me sinto. Quando eu penso que essa vaca deveria ter dado a mim e minha irmã uma oportunidade melhor de vida, me dá uma raiva! — mostra-se indignada.— Fomos completamente jogadas. Se eu não tivesse conhecido o Arthur, eu estaria ainda me prostituindo. Por que com nós duas, fomos escolhidas a viver na miséria? Enquanto a princesinha nasceu em berço de ouro.— faz a comparação, revoltada.

— Como assim, Caroline?— franzo a testa.

—  Melissa é filha de Esther. 

Tombo a cabeça para trás em choque.

— Está me dizendo que você e  Natalie são irmãs dela? 

— Sim, não percebeu como Adam ficou todo interessado em Natalie. — paro.— Porque Natalie, o lembra a ela.— me ponho pensativo. 

— É verdade.— meu tom soa fraco, ao concluir. — Droga! Que merda! Esse homem não vai deixar a minha mulher em paz. 

— Não mesmo.— ela ironiza. A encaro feio. — Sabia que eu dou o maior apoio para eles ficarem juntos. Adam é um homem bacana, merece alguém como Natalie. 

—  Vá se ferrar!

— Já você merece alguém como eu....— insinua e reviro olhos.

— Eu jamais vou gostar de uma pessoa como você, Caroline.

— Nunca diga nunca.— dispara, levantando a minha camiseta com as suas unhas afiadas.— Seríamos um ótimo casal Ryan.— sorrir maliciosa, e faço questão de tirar as suas mãos do meu corpo. — Nossa... que rude! Não precisa ser estúpido comigo, querido. Eu sei que você me deseja, não precisa dizer que não.

Fico tenso com aproximação, com a respiração ofegante.

— Eu amo a Natalie.— afirmo em alto e bom tom.

— Mas se sente atraído por mim.— seus olhos verdes claros afirmam. — Você é homem, Ryan, você tem o direito de ter outras mulheres.— acaricia o meu braço, fazendo-me ficar arrepiado com o toque.

— Para com isso, Caroline!— eu a impeço.— Não faz isso.– a repreendo. — Sai!— a empurro, para longe.

Ela começa a gargalhar da minha cara, cinicamente.

— Você não anda fazendo sexo com Melissa?

— Não é da sua conta. 

— Nem com Natalie. 

Meu sangue ferve quando insiste em me tirar a paciência. 

— Eu vou embora.

Dou às costas, andando.

— Você têm cinco dias para repassar a herança pro meu nome.— estimula um prazo, e olho para trás perplexo.— Nem um dia a mais,  e nem outro a menos. — me chantageia, falando de um modo diferente— Senão...

Volto os meus passos para trás e a beijo inesperadamente, colando os nossos lábios.  Embora seja apenas um jogo, essa mulher me desperta algo.

A preenso no canto da parede, deslizando uma trilha de beijos pelo seu pescoço, enquanto a ouço gemer baixinho no canto do meu ouvido. É estranho tocá-la e sentir desejo sexual por alguém do seu caráter. 

— Me engravida, Ryan.— desperto imediatamente do erro que estou cometendo. — Meu sonho é ser mãe. 

— Você está louca!

A solto.

— Se você me der um filho só meu, eu prometo deixar você e a Natalie em paz. 

Fito-a chocado.

– Você tem HIV, Caroline. É impossível. 

— Nós dois temos.— ela me relmbra essa parte. — Não vai fazer diferença nenhuma.

— Por que não pede isso ao seu marido?

—  Adam fez vasectomia, eu já tentei fazê-lo reverter e ele não quer. No fundo, ele tem medo de contrair o vírus. Eu quero muito um bebê.

— Eu não serei o pai do seu bebê.  Eu já tenho os meus próprios filhos com Natalie. 

— Natalie não precisa saber. Você pode ficar com ela e comigo ao mesmo tempo, eu sei dividir. — a olho horrorizado.— Aquela chata da Melissa, não vai te dar o suficiente. 

— Eu gosto de Melissa.— admito.

— É mentira!— se nega acreditar.— Seu casamento com ela é falso, eu sei.

— Pode até ser.— concordo e a mesma ergue o olhar.— Mas Melissa é uma mulher que eu adoraria me apaixonar.  Ela não é uma prostutita igual a você.— a humilho.— Se coloque em seu lugar, Caroline, eu sou um homem casado. Eu nunca vou te dar um bebê! 

— Vai se arrepender caro por está fazendo isso comigo! Você ainda vai se apaixonar por mim, Ryan.  Essa história ainda não acabou.

Saio do galpão, ouvindo-a espernear igual uma louca.

((((((((......)))))).

Pov's Natalie Ferraz. 

 Começo a sentir as contrações do parto e a minha bolsa estoura. 

— Mamãe está descendo um líquido pelas suas pernas.— Laurel aponta, num tom surpreso.

— Acho que o bebê vai nascer.— os informo, sorrindo emocionada. — Oh meu Deus, temos que ir ao hospital. 

As dores começam aumentar enquanto saímos do clube. 

Por incrível que pareça, quando estamos no estacionamento, noto o rosto familiar descendo do veículo de luxo e nem dá tempo de esconder os meus cinco filhos; o chefe da Máfia, o senhor Adam flagra bem na hora. 

— Você está se sentindo bem?— o próprio pergunta, ao me ver suando.

– O bebê da minha mãe tá nascendo.— uma das crianças solta empolgada.

— É verdade, Natalie?— os olhos azuis tão hipnotizantes questionam. 

— S-sim.— na hora sinto outra contração.— Aí! Aí!— gemo, sendo guiada pelo homem que envolve o braço no entorno da minha cintura, enquanto seguimos até o  carro.

— Eu vou ligar para minha filha, ela é médica. Vou pedir para ela nos esperar no hospital.

— Eu não sei se vai dar tempo!

Sinto as dores cada vez mais forte.

Eu só queria Ryan aqui comigo.

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