Porque eu mereço ser feliz de novo

Pov's Natalie Ferraz.

Iate de luxo. 

 Gargalha de mim e tenho a comprovação de que está blefando.  Meu sangue esquenta. Como pode debochar do meu sofrimento, de uma forma tão sádica. 

— Foi hilário a cara que você fez!— continua rindo, exibindo os seus dentes.—  Acho mesmo que eu deixaria você seduzir um velho?— me questiona, como se tivesse algum poder sob mim.

— Foda!-se pro que você acha, Ryan— me aproximo da mesa, perdendo a paciência.— Não vou tolerar essa tortura psicológica que tu está fazendo. Eu exijo saber onde eles estão! 

Não abaixo nem um momento a cabeça; o enfrento, lhe fuzilando com os olhos. A vontade que eu tenho é de aperta-lo pelo pescoço, até fazê-lo falar.

— Vou pensar no seu caso.— dá de ombros, agindo normalmente.—  Passe amanhã na empresa.

— Você acha que sou qualquer uma, para cair nessa conversinha fiada?— minha voz sai mais alta.— Não sou idiota para cair nos teus truques. Se for para eu ir naquela empresa, será junto com a polícia. 

Seus olhos se reviram com a minha ameaça, como se tivesse cansado de ouvir a mesma coisa.

— Ok. Pode sentar?— ele sinaliza para cadeira vazia. 

Ryan acredita que vou me comover ao desfrutar deste jantar romântico.

A contragosto me posiciono no assento, com o semblante emburrado. Jamais escondo a cara de frustração que sinto ao estar em sua presença. 

— Como foi a suas férias no presídio?— escuto, erguendo os meus olhos incrédulos.— Disse alguma coisa de errado?

— Você só abre a sua boca para falar merda, Ryan.— rebato.

— Nossa, Natalie..... que isso! Estou querendo apenas saber como foi.

— Foram um inferno, igual que estou tendo que passar agora.— admito e tal afirmação, lhe faz rir .

— Eu não sou tão péssima companhia assim— diz, esticando a garrafa de vinho e colocando uma quantidade de bebida na minha taça.— Gostaríamos muito que fôssemos amigos, não precisamos nos odiar. Não é porque terminamos o relacionamento que precisamos virar inimigos mortais.

— Quem terminou o relacionamento foi você, querido. — o corrijo, com sarcasmo.— Só esqueceu de me avisar.— fito a aliança que brilha em seu dedo anelar esquerdo.

— Eu estava muito ocupado com Melissa.— entra no meu jogo, tentando me causar ciúmes.— Ela é uma mulher fantástica. — solta o elogio.— Tive muita sorte de conhecê-la. 

— Que maravilha!— resolvo pegar a taça e beber alguns goles, porque a raiva fica tão grande que sinto vontade de explodir.— É estranho como o mundo dá voltas. Nunca consegui me relacionar com outro homem, fora tu. E você consegue facilmente se relacionar com outras mulheres. Talvez este bloqueio termine hoje. Quando eu conhecer outra pessoa não vou me sentir culpada de está te traindo, Ryan. 

Chego na conclusão e nos encaramos, há um misto de surpresa na sua reação. Pois não mostro ser aquela mulher frágil que dependia dele para tudo, pelo contrário, estou mais confiante. 

— Você foi o meu primeiro amor, Natalie.  E te ouvindo falar isso, caralho me dói muito. 

— Te dói? E imagina para mim que saio do presídio disposta a recomeçar e encontro o meu marido casado com outra mulher e os meus filhos desaparecidos. Você acha justo Ryan, eu ficar parada esperando por você? Eu mereço recomeçar com os nossos filhos. A gente passou um inferno em Nova York e em Los Angeles. Está mais do que na hora de colocar um ponto final nisso.

Choro ao expor as feridas que foram abertas. 

— Tem razão.— o mesmo concorda comigo e levanto a cabeça.— Eu vou parar de brincadeira e vou falar sério agora. Está aqui o endereço. — mostra em seu celular.

Descubro que é num internato fora do país, aquele advogado não mentiu nessa parte. Fica localizado em Londres, na Inglaterra. 

— Como é que vou conseguir pega-lós?— pergunto, um pouco perdida.

—Já mandei um jantinho particular trazê-los de volta. Hoje mesmo eles estarão nos Estados Unidos.— meus olhos brilham completamente.

—Não está fazendo mais nenhuma brincadeira sem graça, né?— interrogo receosa.— Por favor, não brinque com os meus sentimentos de mãe. 

— Confie em mim, Natalie.

Ele toca em minha mão que está exposta sobre a mesa, acariciando. 

Rapidamente me afasto do seu toque.

— Se você tiver mentindo mais uma vez, Ryan, eu acabo com a sua raça. — falo, sério. 

   **********************************

De madrugada. 

Aeroporto clandestino.

Eu e ele aguardamos o jantinho pousar. Já estamos há hora e até agora nada. Me encontro uma pilha de nervos, com o coração querendo sair pela boca.

— Será que aconteceu alguma coisa?— minhas íris estão marejadas ao questioná-lo apreensiva.— Já era para ter vindo.

— Calma.

Ryan envolve a mão no meu ombro, me repassando conforto. Minha atenção está direcionada a pista de voo, nenhum sinal até agora.

— Não posso ficar parada aqui. Você pode está armando para mim.— o acuso, caindo em si.— Quem garante que não esteja mentindo?

— Por qual pretensão eu faria isso?

— Para me matar.

— Eu nunca machucaria você, Natalie.— seu tom manso, me faz duvidar.

— Será que não? 

Entreolhamos um pro outro, quando insinuo e não escondo o ressentimento que está estampado em meu rosto. 

É nessa hora que se ouve o barulho da aterrissagem do jantinho. Meu peito se enche de esperança quando avisto o avião descendo. 

Corro para mais próximo, o meu ex-marido me segue dizendo que é proibido, mas resolvo quebrar a regra para ficar mais perto de reencontrar os meus pequenos.

Estou tão ansiosa que acabo chorando de tanta emoção.

A última vez que os vi, foi naquele rio quando eu estava quase morrendo afogada.

Quando a porta se abre do avião, em câmera lenta os meus olhos conseguem mirar.....

— Papai!— Laurel é a primeira a vim. Ela está tão maior.

Assim que percebe a minha presença, grita:

— Mamãe!— seus olhinhos brilham. 

E abro os braços, para receber a minha garotinha favorita.

— Eu achei que você tivesse morta. — ouço a voz infantil dizendo. 

Focalizo no homem que está em pé, observando a cena. É sério que ele teve a coragem de inventar essa história para os nossos filhos?

— Quem disse isso?

Espero ouvir uma resposta, mas somos interrompidas: 

— Papai, você ainda está doente?— Mary Jane pergunta, deixando-o tenso.

— Como assim doente?— sussurro.

— Ele tem uma doença grave, mamãe.  É por isso que ele não estava podendo cuidar de nós.—  Laurel completa.

— Que doença é essa?— pergunto.

**********

Laurel

Mary Jane

Laurinha

Annabelle

Justin.

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Comments

Fbiana De Santos

Fbiana De Santos

lindo capítulo emocionante o encontro da mãe com os filhos que pai monstro

2024-06-06

0

Maria Figueiredo

Maria Figueiredo

todos lindos as crianças que pai mas louco falar pra crianças que tá doente e falar que a mãe tava morta
é um absurdo credo

2024-03-20

1

Neta Souza

Neta Souza

que criança lindas tomara que ela fique com as crianças e vai para longe disso tudo e seja feliz pois ela já sofreu de mais

2024-03-10

0

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Atualizado até capítulo 48

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