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...   Yasmin...

    Antes de sair da casa de Natália vi Julian, ele havia chegado cedo e não parecia contente em me ver ali dentro, não me incomodei de fato, mas eu esperava que ele não me lança-se nenhuma palavra, no entanto, não foi como o esperado.

— No começo, foi muito bom ver vocês duas juntas, sendo amigas e passando horas a fio, mas atualmente eu apenas desejo que você se afaste. — Julian disse.

— Só vou me afastar se a Natália assim desejar, não vejo o porque da minha presença o incomodar, já que sempre fui muito cautelosa para não estar de frente para você. — O ponto alto da conversa era o porque ele estava tentando me afastar.

— Você está destruindo o meu casamento! — foi rude. — Colocando ideias na cabeça de Natália, fazendo ela virar contra a mim, você está enchendo ela de sentimentos os quais publicamente você não pode corresponder.

— Julian, você está destruindo o próprio casamento, não estando lá para defende-la da sua mãe, não estando em nenhum momento importante para ela, escondendo uma amante e trazendo ela para sua casa. — respondi a altura — Você aproveita o fato de Natália ser uma pessoa calma, calada e fechada, deixa tudo recair por cima dela, e depois age na maior inocência, você acha que sou eu destruindo seu casamento, quando foi por sua causa que ela machucou a mão?

Julian era apenas mais um homem se aproveitando de mulheres que mantinham algum sentimento por ele, e por quanto mais tempo ele pudesse ele manteria Natália presa a si, mesmo que recebesse o seu desgosto, contanto que ele mantivesse o seu ego alto, não teria problema haver danos.

— Só vai embora, vou fingir que não vi você aqui hoje. — Ele falou. — Espero não ter que encontrar com você na minha própria casa.

— Só, vou te dizer mais uma coisa. — Me aproximei o bastante e olhei no fundo de seus olhos. — Se eu ver Natália com algum machucado a mais, seja por sua causa ou por conta das suas amantes, eu vou sumir com ela, independente de não poder assumir ela a público, você nunca mais vai ver ela na sua vida. — Falei, vendo lentamente uma chama de fúria crescer em seus olhos. — Espero que não seja estúpido.

Fui embora, entrei em meu carro e dirigi até em casa. No dia, em que cheguei em casa com os quadros, juntamente de Natália, eu havia passado o dia inteiro nos braços de Bruno aos prantos, porque eu não poderia ser a pessoa da Natália, mas Bruno havia dito que agora, que eu encontrei a pessoa que fazia meu coração palpitar e errar as batidas, a pessoa que fazia em estar no céu e no abismo ao mesmo tempo, eu deveria lutar por ela, assumir o relacionamento e ser a pessoa a quem ela merecia, e ele não estava errado, mas eu me sentia mal por ele. Bruno e eu, temos uma relação simples, mas eu sei que há sentimentos amorosos pela parte dele, eu sei que quando ele cuida de mim, ele não está apenas sendo um amigo, ele cuida de mim como marido, ele mantém ainda viva a chama do recém casamento, mas ele sabe que o meu coração não é dele, e isso é triste.

Ao chegar em casa, estacionei e ele me esperava na porta.

— Tenho uma notícia muito boa. — Ele disse ao me ver fora do carro. — Os diretores de arte querem que você planeje uma exposição com as suas artes atuais.

— Não tem como planejar, eu ainda não terminei elas. — As obras de fato não haviam sido finalizadas.

— Mesmo não sabendo quem você é, eles apostam bastante em você e falaram que poderia ser uma mini exposição com artes antigas, eles querem alugar um lugar para você na galeria. — Ao ver por esse ponto a proposta era bem boa.

— Você pode resolver a mini exposição para mim, meu bem? — Perguntei — Eu vou escolher as obras e vou ver se pinto um pouco também. — lhe dei um abraço e entrei para casa.

Eu estava um tanto feliz por dentro, finalmente Natália veria uma exposição minha, mesmo que fosse mini, eu queria que a primeira exposição artística da vida dela fosse minha, entrei no ateliê que havia na minha casa com Bruno e comecei a saltitar de felicidade. Agora, eu precisaria escolher os quadros mais bonitos, será que ela vai gostar?

... Natália...

Na manhã seguinte, Julian ainda estava na cama quando eu despertei, eu não sabia como agir com ele, mas resolvi agir normalmente.

— Ainda está na cama? — Perguntei tirando ele do seu transe.

— Sim, vou passar o dia com você hoje.— de alguma forma essa fala me desanimou.

— Que bom! — sorri amarelo para ele.

Julian provavelmente tentaria se aproximar de mim, faria o marido bonzinho e presente, me defenderia duas vezes da mãe dele, me proibiria de ver Yasmin, e no final só o último iria valer, ele traria tanto a amante dele para casa que eu iria acostumar com ela em minha casa. Eu decidi ver onde isso vai dar.

—Vamos ao cinema? — perguntei

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