Capítulo 11. Impostor

GAIA NARRANDO

O cara se posicionou para lutar, mas eu continuei na mesma posição tudo o que fiz foi erguer um pouco as mãos, ele começou a andar igual nos filmes de artes marciais quando um procura a oportunidade perfeita para atacar, passei a seguir os movimentos dele, mas quando ele veio pra cima de mim eu fiquei tão assustada que fugi e corri em círculos no meio da arena, estava mais do que óbvio que eu ainda não estava preparada para isso.

           AMARRA NARRANDO

Por alguns minutos achei mesmo que a Gaia fosse atacar de volta ou se defender do ataque, mas invés disso ela fugiu, eu fiquei até envergonhada e tenho a certeza que o meu pai também, deu para notar no semblante decepcionado dele, ele treinou tanto a Gaia para receber isso.

— Mas o quê é isso? O que ela está fazendo? Por acaso ela nunca lutou na vida? Oh Amara, o quê o seu pai ensinou para ela? Francamente, falou e disse a arrogante da princesa Akira, ela se acha a melhor de todos, me irrita tanto, nem dá para acreditar que ela será rainha de Endoril.

— Parem, parem, parem — meu pai gritou muito irritado — O que você acha que está fazendo Gaia? Estamos num circo por acaso? Pare de correr e lute, seja uma cavaleira, você não servirá para nada se for uma covarde, agora se recomponha e lute com dignidade de ser quem você é, meu pai falou.

Me pareceu que as palavras dele feriram a sensibilidade da Gaia, o semblante dela mudou, parecia um pouco triste, mas talvez desta vez ela se concentre.

            GAIA NARRANDO

Me senti um pouco ofendida com as palavras do Varnnever, mas aceitando eu ou não ele tinha razão, ele não me treinou tanto para que eu me acovardasse a meio de uma luta, respirei fundo quando ele mandou a gente recomeçar a luta, o cara se posicionamos e desta vez eu também, uma posição aparentemente vulnerável, mas imponente, se eu consegui vencer o Varnnever então conseguiria vencer ele também.

O cara veio pra cima de mim de novo, mas desta vez eu me esquivei do ataque dele, e ataquei de volta, mas ele se desviou.

— Nada mal Gaia — cara me elogiou com um sorriso quase imperceptível.

— Obrigada! — Agradeci com um sorrisinho.

Quis elogiar ele também, mas ele me deu um tapa de pontapé no rosto.

— Devia saber que não bate em mulher, falei e me abaixei e dei um chute nos pés dele, mas ele saltou e começamos uma luta pra valer.

Nos demos uma porrada e tanto, dei um pontapé nele e ele meio que voou a alguns centímetros longe de mim, e para a minha desgraça perto da coleção de armas da arena, haviam espadas, machados, adagas e até lanças com ponta afiada de prata, na verdade, todas as lâminas das armas eram de prata, eu estava rezando para que ele não pegasse nenhuma das armas, mas eu me dei mal, ele tirou uma espada e deu alguns saltos atléticos para frente até chegar perto de mim, me desviei do ataque de espada dele e na primeira oportunidade corri e tirei uma espada.

Me arrependi logo em seguida, como eu iria usar uma espada se eu nem sei usar uma espada, o Varnnever não me ensinou, quase perdi a reação quando vi aquele cara vir na minha direção, ele estava prestes a me dar um golpe com a espada, mas felizmente eu travei o golpe com a minha espada, o que me deixou muito surpresa, e tenho a certeza que o Varnnever e a Amara também estavam muito surpresos, notei que o semblante dos dois estava espantado.

Eu fiquei incrédula com os movimentos que fazia, era como se o meu corpo se movesse sozinho, ou estivesse sendo controlado, nem parecia que era a minha primeira vez manejando uma espada, estava parecendo mais que eu era uma profissional, já estava começando a me gloriar, mas infelizmente para mim o cara pausou o meu momento de glória fez pequeno um corte no meu rosto com a espada dele, senti sangue escorrendo da ferida e coloquei a mão para ter a certeza porque tinha sentido a espada dele cortando a minha pele, quando olhei contatei o óbvio, sangue, quando ergui a cabeça e olhei para o cara, notei algo muito estranho, eu pudia jurar que os olhos dele estavam vermelhos.

Por alguns momentos me questionei se estava delirando porque se bem me lembro os olhos são castanhos e não vermelhos, fui tirada dos meus pensamentos pelo som dos aplausos, o cara fechou os olhos e quando voltou a abrir os olhos dele estavam castanhos, eu fiquei ainda mais confusa do que já estava.

— Bravo! Bravo! O Varnnever falou se aproximando aplaudindo — Nem sei o que dizer, estou muito surpreso. Os meus parabéns Gaia, você me surpreendeu de mais, literalmente, Varnnever falou.

— Obrigada Varnnever, falei.

— Podem se sentar. Quem são os próximos? Varnnever perguntou, logo dois rapazes levantaram a mão e o Varnnever mandou eles irem para o centro.

Eu e aquele cara fomos nos sentar no mesmo lugar e ele continuou me olhando, a cor dos olhos dele pareciam mudar toda vez que ele pestanejava.

— O que foi aquilo Gaia? Como.... onde você.... Amara estava falando mas eu a interrompi.

— Quem é o cara que não para de olhar pra mim? Perguntei.

— Aquele ali? — ele desviou o olhar — O nome dele é príncipe Fellipe, ele o príncipe dos dourados, Amara falou.

— O quê são dourados? Perguntei.

— Outro dia a gente fala disso, agora fecha a boca antes que o meu pai te mande lutar de novo, ou a mim, Amara falou.

— General Varnnever! Posso sair por alguns instantes? O tal de príncipe Fellipe falou.

— Pode ir, na verdade, está dispensado, sua mãe me falou que teria uma reunião hoje, Varnnever falou.

O príncipe Fellipe se levantou e saiu, não sei o quê? Mas eu sentia que alguma coisa nele não estava bem, pedi permissão ao Varnnever e ele me deixou sair, na hora que ele me deu permissão eu sai às pressas, vi o príncipe Fellipe de longe e comecei a segui-lo, achei muito estranho quando vi ele indo na direção da floresta atrás da academia, mas mesmo assim decidi continuar seguindo ele.

Seguimos por uma trilha, não faço ideia de quanto tempo andamos, mas deduzi que já estávamos muito longe da academia, não sabia nem como voltaria, mas já não dava para voltar atrás, não agora, eu precisava descobrir por quê ele me causava uma má impressão.

Andamos mais um pouco até chegar num espaço aberto com um rio na frente, o príncipe Fellipe parou bem perto do rio, de repente ouvi um barulho atrás de mim, olhei para trás e não vi nada, quando voltei a olhar para frente o príncipe Fellipe não estava mais lá.

— Ué! Pra onde ele foi? Me questionei surpresa e meio confusa.

Ninguém desaparece do nada, saí de trás da árvore onde estava escondida e me aproximei um pouco do rio, mas de repente ouvi uma voz atrás de mim:

— Presumo que esteja a minha procura

Olhei para trás e vi o príncipe Fellipe, mas ele se transformou em outra pessoa, quase tirou o meu fôlego, o cara em que ele se transformou era um gato, mas estava mais do que óbvio que aquele não era o príncipe Fellipe.

— Quem é você? Perguntei.

— Muito prazer, eu me chamo Aaron, e quem eu sou você vai descobrir em breve, quando estiver morta por ser pega no território inimigo.

— Como assim? Se você não é o príncipe Fillipe, onde está o verdadeiro príncipe Fellipe? Perguntei.

— Você nem sequer conhece ele, vá cuidar da sua vida, saia daqui — Aaron falou parecendo sério.

— O quê você é? Eu vi quando os seus olhos ficaram vermelhos, falei toda cheia de coragem.

Ele se aproximou de mim, os olhos dele ficaram vermelhos de novo e ele disse:

— Pelo meu tom de pele pálida e os meus olhos vermelhos, o quê acha que eu sou?

— Um... um v-vampiro? — Perguntei assustada.

Da última vez que me encontrei com um vampiro acabei com as costelas quebradas, além disso, a Amara me disse que os vampiros e os cavaleiros são inimigos.

— Exato. Agora limpe o sangue no seu rosto antes que eu perca o controle, estou me contendo muito, e se eu continuar olhando para o seu sangue, vou acabar mordendo você e só vou te largar quando tiver bebido todo o seu sangue até a última gota.

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