Capítulo 8. O livro de Endoril e uma casa mágica

            AMARA NARRANDO

— Gaia?! O que você está fazendo aqui? Minha mãe questionou surpresa.

— O rei mandou eu arranjar um lugar para ela ficar, eu decidi trazer ela para aqui, depois conversamos melhor sobre isto, meu falou.

— Eu vou fazer o jantar, falei e me levantei.

— Tem certeza querida?! Sabe que a sua mãe pode simplesmente fazer a comida aparecer com apenas um estalar de dedos! Meu pai falou.

— Eu sei, mas prefiro fazer a comida eu mesma, com as minhas próprias mãos, falei mostrando as mãos.

— Se prefere se cansar então está bem, minha mãe falou.

Percebi que a Gaia estava sem entender nada, pelo seu semblante ela parecia estar muito confusa, na verdade até eu estaria confusa se fosse humana e ouvisse alguém falar que pode fazer a comida aparecer.

— Papai, vem me ajudar a cozinhar, pedi.

— Eu? Querida você sabe que eu sou um desastre na cozinha, por quê não pede para a sua mãe? Meu pai falou.

— Por que a mamãe vai querer usar magia e eu não quero isso, falei.

— Está bem, eu vou. Zafira, pode explicar sobre o livro para a Gaia?! Meu pai falou se referindo ao livro que estava no chão.

— Posso sim, minha mãe falou e depois disso eu e o meu pai saímos.

            GAIA NARRANDO

Eu não estava com dificuldades de entender do quê eles estavam falando, como assim magia? Mas uma coisa é certa, eu percebi que não estou sonhando, tudo o que está acontecendo é real, então, onde está a minha cadela?

— Onde está a minha cadela? Perguntei.

— Não se preocupe, ela está bem, está sendo tratada pela feiticeira, Zafira falou.

— Feiticeira? Magia? Dragão? O que é que tá acontecendo na minha vida? Falei agitada.

— Se acalme, em breve você vai se acostumar a tudo isso. A sua cadela foi mordida pelo vampiro que atacou vocês e a feiticeira está tendo curar ela, Zafira falou tentando me confortar.

— O quê? Como está? Eu quero ver ela, falei com um semblante desesperado.

— Infelizmente você ainda não pode ver ela, mas eu prometo que você vai poder vê-la quando ela ficar boa, Zafira falou depois que sentou na cama ao meu lado — Agora precisa ler este livro.

Olhei o volume do livro e me assustei, era enorme, parecia que tinha uns dez livros juntos num só.

— Tudo isso? Perguntei arregalando os olhos.

Zafira sorriu e falou:

— Relaxa, não é pra ler tudo hoje, Zafira falou.

Zafira abriu o livro e começou a ler para mim, parecia que o livro contava a história do reino deles, além disso, na capa estava escrito " o livro de Endoril" ela umas três páginas e quando mencionou que nenhum humano consegue fazer aparecer o portal para este reino, o mesmo portal que eu atravessei, eu me interroguei quando ela falou isso, se nenhum humano consegue fazer o portal aparecer como foi que eu consegui? Eu queria perguntar pra ela mas a Amara apareceu e disse que o jantar já estava feito.

Fomos até a sala e a Zafira levou o livro com ela, eu fiquei muito surpresa, aquele livro parecia ser pesado, mas ela levou como se fosse nada, nos sentamos e começamos a comer com a companhia daquele livro, a Zafira colocou ele na mesa.

— Ah! Já tinha me esquecido, amor, a sua mãe me mandou um recado pra você, o Varnnever falou.

— A minha mãe?! Quando você viu ela?! Zafira questionou Varnnever.

— É uma longa história, depois eu te conto, ela disse que sente a sua falta, Varnnever falou.

Zafira ficou quieta quando ele disse isso, parecia que ela tinha ficado desconfortável, ficou meio triste, quando terminamos de jantar a Amara me levou para um quarto, era muito espaço e bem bonito também, gostei muito, a Amara me disse que de agora em diante aquele seria o meu quarto e eu até que gostei, só não gostei da ideia de ficar vivendo ali pelo resto da minha vida.

Quando ela foi embora resolvi dar uma olhada na janela pra saber se dava pra fugir por lá e me deparei com o olho enorme daquele dragão que tinha me pregado o susto que me fez desmaiar, ele estava olhando para mim, voltei a cobrir a janela na hora e me deitei na cama, dei as costas para a janela e me cobri com um lençol, estava mais do que óbvio que não seria hoje que eu conseguiria fugir daqui, então decidi dormir.

No dia seguinte fui acordada por um barulho muito irritado, parecia uma buzina, cobri os ouvidos para não evitar ouvir aquele som irritante e quando olhei vi que era o Varnnever quem estava fazendo aquele barulho irritante, ele estava soprando algo que se parecia muito com aquele instrumento que os vikings tocam para se alertar do perigo, sei lá qual é o nome daquela coisa.

— Está pensando que ainda está sua casa com os humanos? Acorda, você tem um treinamento para começar o dia, Varnnever falou.

— Como é? Perguntei confusa.

— O que você ouviu, agora levanta, vai tomar um banho e nos encontre na arena atrás da casa, Varnnever e depois saiu.

Eu fiquei sem entender nada, me levantei da cama e de repente lembrei que não sabia onde fica o banheiro, resolvi sair para perguntar ao Varnnever e quando abri a porta me deparei com algo que chocou, onde deveria ser a outra parte da casa tinha uma floresta e um rio com correnteza fluindo.

— Ahm?! Mas o quê é que.... nem consegui terminar de falar.

Eu não estava entendendo nada, fechei a porta e voltei a abrir para ter a certeza e a cena era a mesma, fechei novamente a porta mas tudo continuava igual.

— O quê é que tá acontecendo aqui? Me perguntei.

Como a cena não mudava resolvi sair, saí e admirei a calmaria e a beleza daquele lugar, havia um canto onde tinha várias rosas, tirei as minhas roupas e entrei no rio, alguns minutos depois comecei a me sentir observada então decidi ir embora, mas percebi que não tinha como, de repente uma porta apareceu, abri e vi que era o meu quarto.

— Mas como é que.... mais uma vez não consegui terminar a minha frase.

aquilo que estava acontecendo era bizarro, entrei e vi que tinha uma roupa na cama, eu realmente não estava entendendo nada, ou aquela casa era mágica ou estava assombrada, coloquei a roupa e fui atrás da casa tal como o Varnnever falou, tinha uma arena enorme lá, vi o Varnnever e Amara lutando com espadas.

— Vem Gaia, Amara gritou assim que me viu.

Eles pararam de lutar e eu entrei, a primeira coisa que fiz foi falar do que tinha acabado de acontecer, nem a Amara e nem o Varnnever pareciam surpresos com nada.

— Acho que o meu pai se esqueceu de te avisar, a casa é mágica, Amara falou.

— O quê? Questionei com um semblante surpreso.

— Chega de conversa, Amara dê a ela o livro, Varnnever falou.

A Amara fez aparecer o mesmo livro que a Zafira leu, o livro de Endoril, o Varnnever pegou o livro das mãos dela e entregou para mim.

— Sente-se e leia, Varnnever falou.

— Como assim? Eu achei que você fosse me treinar. Chama isso de treinamento, falei.

— Não reclame, sente-se e comece a ler. Se apresse se quiser ver a sua cadela, Varnnever falou.

Quando ele mencionou a minha cadela eu fui me sentar, só havia uma cadeira lá, passei o dia todo lendo aquele livro enquanto o Varnnever e a Amara treinavam, foi tão aborrecido.

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