Capítulo 7. Sustos

          GAIA NARRANDO

Depois de desejar as boas vindas a ela, ordenei que os guardas a soltassem, apartir daqui ela tem como fugir, tem várias criaturas que a atacariam caso se sentissem ameaçados, entre eles tem vampiros renegados, inclusive eu e o meu dragão, é impossível que ela consiga fugir, no mínimo acabaria sendo assassinada pelo caminho, e além disso, ela nem conhece o caminho até o portal.

Desamarrei as mãos dela e segurei o braço dela para que não tentasse fugir.

— Pra quê é isso? Gaia perguntou.

— É pra você não fugir, vamos, respondi e a puxei forçando ela a andar.

 Eu pensei em vários lugares onde ela poderia ficar e nenhum deles ia a favor do horário que costumo treinar a minha filha, então decidi levá-la para a minha casa, lá seria tudo mais fácil, poderia treinar ela e a minha filha ao mesmo tempo e não haveria atraso nenhum, seria tudo a tempo e hora tal como eu gosto.

Chegamos na minha casa e não tinha ninguém, a Zafira provavelmente deve ter ido resolver alguns assuntos e a minha filha deve estar treinando como sempre, ela sempre treina quando o sol está se pondo, ela está dando no duro para se tornar uma boa general quando for me substituir, mas eu ainda estou longe de perder a forma, ainda sou muito jovem e tenho muita energia, mas eu tenho certeza que quando o dia pelo qual ela tanto anseia, ela será a melhor de todos assim como o pai.

Abri a porta e entramos na casa, depois de pensar bem voltei para fora e invoquei o meu dragão, ordenei que ele ficasse de olho na porta para que a Gaia não fugisse e voltei para dentro, encontrei a Gaia sentada como a deixei, tenho quase a certeza que ela quis fugir pela janela mas assim que viu a distância que teria que pular desistiu.

Decidi não perder mais tempo e iniciar logo com o treinamento dela, como fase inicial achei melhor ela ler o livro sobre a história de Endoril, lá ela também aprenderia sobre os dragões, deixei ela na sala e fui na minha biblioteca pegar o livro.

GAIA NARRANDO

O Varnnever saiu e me deixou sozinha, decidi aproveitar esta oportunidade e saí andando até a porta com o máximo cuidado possível para não fazer nenhum barulho, rodei cuidadosamente a maçaneta e abri a porta, mas me assustei com o quê vi, tinha um dragão enorme na frente da porta olhando para mim, eu quase gritei de tanto medo, mas me lembrei que o Varnnever estava lá dentro e contive o meu grito, quando o dragão jogou fumaça pelas narinas eu achei melhor entrar, comecei a fechar a porta lentamente quando de repente vi a silhueta de uma mulher e minuto seguinte tinha uma espada bem afiada em contato direto com o meu pescoço, eu congelei de tanto medo.

— Quem quer que você seja, saia se não quiser morrer, a mulher a quem pertencia a silhueta falou.

— Eu... eu vou sair, mas por favor afaste a sua espada do meu pescoço, eu acho que você me aleijou, falei tremendo de medo dos pés à cabeça.

Me arrependi de ter dito o que disse, aquela mulher encostou ainda mais a espada dela no meu pescoço e aí sim eu senti um corte no meu pescoço, vi a silhueta diminuir e logo uma moça que parecia ter a minha idade estava na minha frente, ela estava com uma armadura igual a do Varnnever e dos guardas que vi, parecia destemida e sem medo algum, sem nenhum receio de cortar o meu pescoço, de repente ouvi a voz do Varnnever, eu fiquei tão feliz, ele me salvou.

— Pare Amara! Ela é nossa convidada, o Varnnever falou.

Quando ele disse aquilo aquela moça abaixou a espada e fiquei tão mais tão aliviada, achei que fosse morrer na minha inocência.

— Nunca tinha visto ela no reino antes, a tal de Amara falou.

— Ela é a Gaia, é nova aqui, o Varnnever falou.

— Ah tá. Me desculpa se te assustei, é que eu sou assim mesmo, eu tenho um gênio forte que nem o meu pai. Alias, eu sou a Amara, filha do Varnnever, Amara se apresentou e estendeu a mão para mim.

Eu estava tão assustada ainda que não consegui nem Cumprimentar de volta ou sequer apertar a mão dela, ela pudia até não me assustar mais, mas o dragão ainda me fazia tremer de medo, quando a Amara percebeu que eu ainda estava assustada por causa do dragão mandou ele parar de olhar pra mim.

— Zagueiro, para de olhar assim pra ela, não vê que tá deixando ela assustada?!

O dragão jogou fumaça das narinas, e pra me deixar ainda mais chocada do que eu já estava ele revirou os olhos e depois falou:

— Me desculpa!

Quando eu ouvi ele falar arregalei os olhos de tal forma que até achei que eles fossem sair pra fora e em seguida desmaiei.

AMARA NARRANDO

Quando percebi que o dragão do meu pai estava deixando a Gaia assustada mandei ele parar de olhar para ela, e quando ele pediu desculpas ela simplesmente desmaiou, o meu pai veio, colocou ela nos ombros a levou para dentro, já que ninguém estava esperando uma visita, não preparamos nenhum quarto para ela, então concordei em levá-la para o meu quarto, não seria nenhum incomodo já que seria apenas até ela acordar.

Aproveitei a circunstância e fui arrumar um quarto para ela, não deu muito trabalho para limpar, nós limpando a casa completa no feriado de homenagem a falecida rainha do reino, neste dia nenhum pode segurar sua espada ou será punido pelo rei, o feriado deste ano foi antes de ontem e como sempre limpamos a casa toda, por isso, não me deu muito trabalho, foi muito rápido.

Quando voltei para o meu quarto a Gaia já estava acordando e quando recuperou completamente a consciência a primeira coisa que fez foi arregalar os olhos, depois perguntou com desespero se estava sonhado.

— E o dragão? Já foi? Eu estava sonhado?

— Calma Gaia, ele já se foi, meu pai falou.

A Gaia respirou de alívio e de repente ouvimos alguém batendo na porta.

— Oi meu amor! A mamãe chegou, a mãe falou assim que entrou no meu quarto.

Quando ela percebeu que a Gaia também estava lá falou:

— Gaia?! O que está fazendo aqui?

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