Angustiado

...Adam...

Ele terminou com a Sophie, caramba! Eu nunca gostei daquela garota, uma metida, se achava melhor que todo mundo por ser líder de torcida e namorar o Daniel. Achava curioso o fato dela viver em Brésalen mesmo sendo de família rica, sinceramente a família dela sempre me despertou curiosidade, tudo nela era estranho pra mim.

E agora saber que o Daniel se livrou dela, era perfeito, e na hora eu só pensei que ele fez isso por mim.

A curiosidade era tanta que quando dei por mim, já tinha perguntado por que terminou com ela. Eu queria muito ouvir ele dizer que fez isso por mim. Mas ele jogou na minha cara que nunca mais iria ficar comigo, afinal eu rejeitei ele primeiro. Era justo que ele se sentisse assim. Mas merda! Eu já estava de saco cheio disso, eu queria que ele, sei lá, gritasse, reclamasse, mas que continuasse ali sempre disponível pra mim.

Já era noite e ainda estávamos estudando, porém eu não queria mais ficar ali, eu estava triste, com raiva, pelo modo como o Daniel me tratava, e era tudo culpa minha.

Me levantei!

— Que foi? — Ele me olhou estranho.

Eu estava tendo outra crise de ansiedade. Mas não queria preocupar meus pais outra vez.

— Eu preciso sair! — Peguei as minhas chaves, carteira e simplesmente saí sem olhar pra trás.

Liguei o carro tremendo, respirei fundo e comecei a dirigir, inicialmente saí dirigindo sem rumo por algumas horas, até que decidi ir a casa da Lavínia.

— Adam? — A Bruna me recebeu surpresa. — O que faz aqui a essa hora? — Já passavam das 22hrs.

— Desculpa Bruna, eu só queria ver a Laví! — Falei tentando parecer o mais normal possível. Porém eu suava e tremia que nem vara verde.

— Tá tudo bem? Quer que eu ligue para os seus pais?

— Não, por favor, Bruna! Não incomoda os meus pais. — Implorei. — Eu tô bem, só preciso ver a Laví.

— Tudo bem. Mas se piorar o que está sentindo, me avise imediatamente.

— Sim, eu prometo. — Subi correndo até o quarto da Laví e me joguei em seus braços chorando, assim que ela abriu a porta.

— Adam? O que aconteceu? — Ela andou comigo até a cama e me deitou.

Continuei chorando abraçado a cintura dela. Fazia muito tempo que não chorava tanto assim. Laví me deixou chorar até que me acalmasse. Quando finalmente parei de chorar, ela se levantou, fechou a porta e pegou água pra mim.

— Toma, vai fazer você se sentir melhor.

— Obrigado Laví.

— Tá, agora me diz, que diabos tá acontecendo com você. — Ela me olhava preocupada.

— Eu gosto de um cara. De um homem! — Era a primeira vez que eu admitia isso, nem em pensamento eu tinha dito algo assim. — E agora ele não me quer mais, afastei ele com esse meu jeito idiota.

— Que? Você gosta de um cara? — Laví me olhava chocada. — Como? Desde quando? Quem é esse cara? E o que você fez com ele?

— Como, eu não sei. Na verdade, também não sei desde quando eu gosto dele, já que sempre preferi pensar que odiava ele. — Fui falando enquanto ela me olhava cada vez mais abismada. — É o Daniel e...

— Daniel? — Ela quase gritou! — Você gosta do Daniel? Caramba! Me conta tudo desde o início.

Respirei fundo e contei tudo pra Laví, do dia do jogo até hoje, incluindo todas as merdas que eu fiz.

— Caramba! Mas você é um babaca mesmo! — Ela me deu um tapa no braço. — No lugar do Daniel eu tinha te enchido de porrada.

— É, eu também teria feito isso no lugar dele. Mas o Daniel é sempre sorridente e grudento, meloso. Um idiota! — Falei rindo. — Ele nunca teria me dado um soco sequer. Apesar de ser um maluco psicótico que explode e tortura os computadores quebrados.

— Minha nossa, você e o Daniel. Eu nunca imaginei algo assim. — Laví ainda me olhava espantada. — Mas e agora que finalmente admitiu que gosta dele, o que vai fazer? Porque ficar aí se lamuriando não vai resolver nada.

— E o que eu posso fazer? O Daniel decidiu que vai me odiar pelo resto da vida. — Falei me sentindo derrotado. — Eu o humilhei, e agora ele mal consegue me olhar na cara. Acho que ele já deixou de gostar de mim.

— E se você falar pra ele tudo que sente? — Laví me olhou como se tivesse tido a melhor ideia do mundo.

— Que?

— Algo me diz que tudo que o Daniel espera, é uma declaração sua. — Ela sorria super empolgada. — Se você disser que gosta dele, ele vai ficar super feliz e vai parar de te dar esse gelo.

— Você acha? — Falei duvidoso.

— Eu tenho quase certeza. E então o que me diz?

— É, eu posso tentar! Eu não aguento mais essa distância entre nós. — Falei e a Laví se levantou super agitada.

— Vamos lá agora!

— Que? Mas são 03 da manhã.

— Temos que ir antes que você perca a coragem. — Ela falou determinada.

— Ele deve estar dormindo, e se sairmos sem que a Bruna nos veja, ela vai ligar pra minha mãe e vai ser uma confusão. — Constatei.

— Vamos fazer assim, vou deixar uma mensagem pra minha mãe, dizendo que fui te levar pra casa e que a Madú nem ia saber que você saiu. — Ela falava como se estivesse traçando uma missão impossível. — Depois vamos para a sua casa, entramos no seu quarto e eu ligo pro Daniel, até ele acordar. Daí eu convenço ele a falar com você. O que me diz?

— Você é maluca! Mas eu topo. Vamos lá!

Saímos depressa e fizemos tudo do jeito que a Laví planejou. No meu quarto eu já estava tendo um ataque nervoso enquanto ela tentava ligar para o Daniel. Já eram quase 05hrs da manhã quando ele finalmente atendeu o celular.

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Comments

Silvia Barbosa

Silvia Barbosa

Agora fica chorando o leite derramado? Chora bonequinha.....

2024-04-21

1

Ana Lúcia

Ana Lúcia

aí você é um pé no saco Adam

2024-04-06

1

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