Lucas Belmont, o homem mais lindo deste mundo, e agora meu marido. Jurei fazer de tudo por ele e até mesmo comecei uma dieta para que ele me visse de outra forma. Mas eu me acostumei tanto com a comida, que não foi fácil continuar com a dieta, sempre quebrava no segundo dia.
Notei que todas as mulheres da família dele são magrinhas, e me senti mal ao estar perto delas. Mas, em nenhum momento Lucas reclamou; achei até que ele tinha se apaixonado por mim desse jeito mesmo.
No nosso casamento, eu percebi as piadas dos amigo, mas fingir que não, pois não adianta eu começar uma confusão no dia mais feliz da minha vida.
As vezes, você fingir demência é a melhor coisa que você faz, se você não entende, as brincadeiras não continuam. Depois da festa fomos para a máfia, e ali selamos nosso amor. Eu gostei da nossa primeira vez, me senti muito bem ao me tornar a sua mulher, me sentir realizada.
Só que, depois da nossa noite de núpcias, ele nunca mais me procurou. Não sei o motivo, mas decidi que iria fazê-lo me ver novamente. Como não entendo nada sobre essas coisas de sexo, pedia ajuda à minha cunhada e sogra. Pelo telefone, elas me orientaram em tudo o que deveria fazer.
Montei um cenário exótico, morrendo de vergonha, vesti apenas uma lingerie, e quando ouvi a porta do quarto se abrir, e ele com aquela cara de surpresa, tenho certeza de que ele gostou.
Me aproximo dele, mas a campainha toca, e eu corro para me trocar. Desligo o som, coloco um vestido por cima e desço para ver quem chegou.
Porém, a casa estava vazia, nem mesmo ele estava aqui comigo. Vou até a sala e me sento no sofá. Onde será que ele foi?
Resolvo ligar para ele; se ele não me atender, é porque deve estar resolvendo algum problema. Mas ele me atende, ou atende sem querer, pois ouvi cada palavra que foi dita entre ele e seus amigos.
E meu casamento de contos de fadas desmoronou. Além de ele ter sido forçado a se casar comigo, ele falou tudo o que nunca me disse pessoalmente. Ouço a risada dos seus amigos, e ele acompanhado.
Fiquei na linha o tempo todo, e o motivo da conversa deles é sobre mim, meu corpo e minhas gorduras. Me desmancho em lágrimas, pois isso dói muito dentro de mim.
Nunca julguei ninguém pela aparência, mas meu marido, aquele que deveria me defender das ofensas dos seus amigos, estava falando da nossa intimidade.
Subo para o meu quarto, não posso ficar com alguém que odeia tanto o meu corpo como ele. Deixo o celular no viva-voz, enquanto vou colocando tudo dentro de uma mala.
Me sento na cama e começo a chorar, desesperada, por tudo o que ouvi da boca do meu marido. E agora, percebo que durante todo esse tempo, ele só me evitava sempre que íamos a algum lugar para o qual a família nos convidava.
Ele sempre me deixava com a Luna e com a Mia, e ficava entre seus amigos. Engulo o meu choro e pego a minha mala. Na hora que vou sair, dou de cara com ele entrando, completamente bêbado.
— Você ouviu a conversa, não foi?
— Ouvi, e estou indo embora. Não precisa mais se preocupar comigo, vou dar um jeito na minha vida. — Falo segurando o choro.
— E vai para onde? Você sabe que não tem divórcio, não é?
— Como eu disse, não se preocupe comigo. Vou dar um jeito.
Ele sai do caminho para que eu passe, e olhando uma última vez para ele, passo direto pela porta.
— Quando quiser voltar, o quarto dos fundos será o seu. Podemos manter o casamento no papel, mas não precisamos ser marido e mulher.
— Não voltarei para sua casa, não voltaria a te incomodar. — digo de costas para ele, e só escuto o barulho da porta se fechando.
Você me pagará por isso, Lucas. Vou fazer você engolir tudo o que você falou de mim, pode anotar isso.
Entro no carro, e peço para um dos soldados me levar para a casa do meu irmão. No meio do caminho, eu desmancho a chorar, e ao olhar para ele pelo retrovisor, posso ver os seus olhos de pena.
— Me perdoe falar, senhora, mas você é linda. Não deixe que ele tire seu brilho desse jeito. Eu trabalho há muito tempo para a família Belmont, e posso dizer que o Senhor Lucas não merece as suas lágrimas.
— Como sabe que estou chorando por causa dele?
— Ouvi a conversa de vocês, me perdoe, senhora. E já ouvi ele reclamando muitas vezes sobre a senhora e... bem, do casamento de vocês.
Peço para ele acelerar, quero chegar o mais rápido na casa do meu irmão, e o mais longe dele. Limpo as lágrimas dos meus olhos, e juro não chorar mais por ele. Quem vai chorar agora será ele e não eu.
Assim que o carro para em frente à casa do meu irmão, eu já desço e nem dou tchau ao motorista. Sei que é uma grosseria, mas o que tiver a ver com essa família, eu quero estar o mais longe possível.
Assim que eu entro, meu irmão olha para mim, e para as minhas malas sem entender nada.
— O que está acontecendo, Ivy?
— Você obrigou o Lucas a se casar comigo, Nick, ele me odeia, odeia o meu corpo, ele... — volto a chorar, e meu irmão vem para cima de mim e me abraça.
— Não chore, como eu disse, eu fiz isso para te proteger. Mas não se preocupe, vamos dar uma reviravolta na sua vida, ele vai perceber o que perdeu.
— Eu quero me divorciar dele, não quero ter mais nada a ver com ele.
— Não podemos desistir do casamento. — ele me conta sobre o contrato que ele fez, e isso me faz odiar meu irmão, pois é por isso que ele tem me tratado com cautela naquela casa, por isso ele não falou nada.
Vou para o meu quarto correndo, e me debruço na cama, e volto a chorar, pois apesar de tudo, criei um amor por ele. Amor esse, que eu vou matar, nem que seja enfiando uma faca no meu coração.
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Atualizado até capítulo 88
Comments
Joelma Portela
forçado ele nao foi, ele aceitou o casamento porque ele queria assumir a mafia
2025-02-24
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Joelma Portela
desgraçado
teus pais nao te ensinarao a ser esse babaca escroto
2025-02-24
0
Aline Moura
Tomara que amadureça essa mente infantil e emocionada
2025-03-25
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