Um mês após o casamento, Ivy tem demonstrado ser uma pessoa carinhosa e extremamente dedicada. O único problema continua sendo o seu peso. Além disso, sua inteligência brilha; muitas vezes, antes mesmo de eu fazer um cálculo, ela já me apresenta a soma exata.
Só que, mesmo após um mês de casados, ainda não consigo vê-la como minha esposa. Não sei exatamente o porquê, mas a maneira como a vejo é semelhante à forma como enxergo a Luna, minha irmã. Só que 10 vezes maior em seu tamanho.
Talvez eu possa conversar com ela e termos um casamento de fachada, sem envolver nenhum tipo de sentimento. O pior é que vejo em seus olhos que ela gosta de mim; o brilho em seus olhos quando falamos algo é de uma pessoa apaixonada, pena que não é recíproco.
Durante esse mês, minha família foi chamada para vários eventos, e mesmo contra minha vontade, eu era obrigado a ir por ser o chefe da máfia, e tive que ir acompanhado dela, já que se tornou a primeira-dama.
Ela tem a habilidade de conversar com qualquer pessoa, dando respostas com destreza em qualquer assunto, mas, infelizmente, devido ao seu corpo, às vezes não recebe o respeito que merece. No entanto, é evidente que Ivy é uma mulher que não valoriza a si mesma, mas possui uma inteligência impressionante, capaz de responder a qualquer pergunta com maestria.
Mas quando percebo que todos começam a murmurar sobre nós, eu me afasto dela e vou para perto dos meus amigos; sempre a deixo com a minha mãe e a Luna.
Quando ela me questiona por que a deixei sozinha, eu sempre respondo que a deixo com as mulheres e fico com os homens, mas meu pai e o Nick não ajudam, pois não largam de suas mulheres, isso acaba me prejudicando um pouco, pois fica óbvio que estou deixando-a lá sozinha. Mesmo que esse seja o caso, ainda fico pensando no meu pescoço, caso o casamento seja um fracasso.
Quando vamos embora, sempre invento uma desculpa de ainda estar conversando com meus amigos pelo telefone. Deixo que ela vá para o quarto e durma, e só depois das 2:00, subo para o quarto para dormir. Muitas vezes, nem durmo na minha cama; vou para o quarto de hóspedes e durmo tranquilamente. Sempre tento acordar antes dela para que ela pense que dormi na mesma cama que ela.
Quando vamos dormir juntos, ela praticamente ocupa toda a cama king size. Ela se estende e se acomoda, dominando o espaço, e eu fico encurralado na ponta, com muito pouco espaço para me mover. O peso de seus braços e pernas sobre o meu corpo cria uma pressão desconfortável, quase como se eu estivesse sendo espremido.
A falta de ar se torna uma presença constante, e a sensação de agonia se instala. Às vezes, a noite se torna tão insuportável que acabo deixando o quarto e buscando refúgio no quarto de hóspedes, em busca de um sono mais tranquilo e espaço para respirar..
Tentando evitar conflitos, sempre acordo antes dela para que ela pense que eu dormi ao seu lado, e não fique querendo brigar por isso. Apesar de pensar dessa forma, nunca a humilhei, sempre a tratei bem, nunca fiz nada que a magoasse com minhas palavras.
Mas isso está me incomodando muito, está. A cozinheira até me disse uma vez que ela tentou fazer dieta, mas parou no meio do caminho, pois a fome era maior que a vontade de emagrecer.
Já tentei chamá-la para ir a um médico, com a desculpa de ver como está a nossa saúde, e na esperança de o médico chamar a atenção dela sobre o tamanho.
No entanto, nem os médicos foram capazes de fazer ela perceber o quanto isso é prejudicial, tanto na estética quanto na saúde. E eu já não sei mais o que fazer para que ela perceba que está desse jeito.
Tocar em sua pele é como tocar em uma gelatina quente. Seu pescoço... mal dá para ver se tem, pois está coberto com pele; às vezes fica vermelho, com assaduras, e ela aplica uma pomada branca, o que a torna ainda mais desconfortável.
Eu me esforço, tento olhar para ela como minha esposa, mas a cada dia que passa, sinto mais aversão, e se o meu pescoço não rolasse, eu já teria desistido desse casamento.
Sentamos à mesa para tomar café, ela me olha com um olhar doce, de mulher apaixonada, e eu sorrio, mas sem sentimento algum.
— Vamos na casa da sua mãe hoje? Ela me convidou para irmos lá almoçar.
— Eu não posso, tenho que ir para a máfia, mas você pode ir sem problemas.
— Eu quero ir com você, somos marido e mulher, e eu só saio dessas casa quando tem evento, e você nem fica comigo lá. Por favor, Lucas, estou te pedindo.
— E eu estou falando que não dá, Ivy. Sou seu marido, mas também sou o chefe da máfia, não posso brincar em serviço, ou perco a máfia para os meus inimigos.
Ela abaixa a cabeça, fico com dó, mas não quero sair com ela. Já concordei em sair com meus amigos, se ela souber disso, vai querer ir junto, e ambos seremos alvo de piadas.
Me levanto da mesa e sigo para a máfia, deixando-a na mesa, ainda tomando o café da manhã. Assim que entro no carro, minha mãe me liga, repreendendo-me e chamando-me de monstro por não sair com minha esposa.
— Leva ela para a casa da sua mãe e fica com ela lá. Eu não tenho tempo, e nem paciência, mãe. Não sou um monstro, apenas sou um mafioso ocupado.
— Seu pai era chefe antes de você, Lucas, e nunca me deixou sozinha, nunca negou nada a mim. Você está fugindo das responsabilidades de marido e tem sorte dela ainda querer estar contigo.
— Por mim, ela poderia ir embora, não fará falta nenhuma, pode ter certeza. — Minha mãe dá um berro tão grande no telefone me xingando que quase fico surdo. Ela desliga o telefone na minha cara, jurando nunca mais falar comigo. De novo isso, aí meu pai.
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Atualizado até capítulo 88
Comments
SCEU MATO GROSSO
comecei a ler ontem dia 20/12/2024 estava lendo um livro maravilhoso A GAROTA DO CHEFE 2- ASCENSÃO DE DEXTER livro muito bom
2024-12-22
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Belinha Tavares
gente não trata muito mal, ao meu ver, ele foi enganado
2025-01-25
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Alessandra Mineiro
Comecei a ler agora em 14/01/25, mas o Zé Mané vai se apaixonar e se arrepender de tratar a esposa desse jeito tenho dito😂😂😂😂😂😂
2025-01-15
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