capítulo 8

Ivy Biancchi.

Sou Ivy Biancchi, estou completando 18 anos hoje. Desde a morte dos meus pai, meu irmão me internou no colégio interno, eles morreram quando eu era uma criança ainda.

Meu irmão disse que estava me colocando aqui para minha segurança, mas nem no enterro deles eu pude ir. Eu era só uma criança, mas já entendia que os meus pais não iriam mais voltar

A perda deles foi como se o sol tivesse desaparecido do meu mundo. Eu me sentia triste e sozinha, sem o abraço caloroso e as risadas que meus pais costumavam me dar.

À medida que os dias passavam, encontrei consolo na comida. Era como se cada mordida fosse um abraço reconfortante. Bolos, biscoitos e sorvetes se tornaram meus amigos mais próximos, principalmente quando eu comia em dose dupla. Ela me faziam sentir um pouco melhor, mesmo que apenas por um momento.

Até que cheguei na fase que nada que era de uma loja, servia em mim, e tive que usar roupas feitas por encomenda. Muitas vezes era frustante, mas eu me confortava quando comia algo doce, era como se fosse um analgésico para a dor da minha alma.

Sabe quando você pensa que jogaram você no fundo do poço, onde você se instalou e só estava se afundando cada vez mais? Foi assim que eu estava me sentindo, mas nunca tive uma mão para falar " venha, eu te ajudo a sair daí."

O resto das crianças do internato eram magras, então eu virei o motivo de chacota entre elas, baleia, bolota, bolofofo, almôndega, bujão, chupeta de baleia, entre outros.

Era cada dia um apelido que me davam, e eu acabei me afundando cada vez mais em meu poço particular. Mas, ao invés de me afundar em água, me afundei na comida. Ela era minha única amiga, a única que me entendia no meu momento de depressão.

Sofri muitos bullying lá dentro, muitas vezes, elas colocavam comida no chão com uma corda, onde eu ia pegar, e elas puxavam, e eu acabava caindo. Seria, sofri muito. Mas sempre acreditei que depois da tempestade, vinha o arco íris, e eu me apegava a isso, sabia que um dia eu seria feliz.

As tias do internato, com expressões severas e olhares repreensivos, continuavam a me monitorar de perto, determinadas a controlar minha voracidade por comida. No entanto, naquela prisão que meu irmão havia escolhido para mim, a comida era a única válvula de escape que eu tinha. Cada garfada era um pequeno ato de rebelião silenciosa contra a monotonia e a falta de afeto que permeavam o lugar.

Meu irmão, que me havia enviado para este lugar, parecia ter esquecido completamente minha existência. Nunca pisou naquele internato, exceto quando decidiu aparecer repentinamente, não para visitar-me ou verificar como eu estava, mas apenas para discutir os detalhes do meu casamento, dizendo que eu ficaria segura com a família do meu noivo.

Nas noites solitárias, enquanto me aninhava na cama estreita e desconfortável, eu sonhava com a liberdade e com a chance de escapar daquele lugar que se tornara um símbolo de minha solidão. Enquanto isso, eu guardava na gaveta doces que as tias dava de vez enquanto, eu comia um, e escondia o outro para as minhas madrugadas.

Os olhos do meu irmão, ficaram espantados ao me ver tão gorda, mas o que eu poderia fazer? Então, ele falou que eu me casaria em dois dias, e foi assim que aconteceu.

Ele trouxe uma equipe para me arrumar aqui dentro do internato mesmo, e diz que já vamos direto para a igreja. Olho para as meninas que tento me ofenderam, estão ficando aí, enquanto eu estou saindo para o meu casamento.

Depois de tudo pronto, me olho no espelho, e nem posso acreditar que seja eu mesmo. Nunca me importei nem mesmo de passar um batom na boca, e agora vejo o que uma maquiagem faz. Meus cabelos loiros ficaram tão macios, que dá até medo de chover e estragar tudo.

Chegamos na porta da igreja, e antes das portas se abrirem, Nicolas pega na minha mão e fala. Com um sorriso nervoso nos lábios, ele olha profundamente nos meus olhos e diz suavemente:

— Lembre-se sempre, se você se sentir mal, ou acontecer alguma coisa que te chateie, pode ir para casa, nossa casa.

— Eu vou fazer de tudo para ver o meu marido bem, e deixar ele confortável. Vou ser uma boa esposa Ni, pode ficar tranquilo.

Ele me dá um beijo na testa. Enquanto aguardamos o momento de entrar na igreja, as batidas do meu coração se misturam com as melodias suaves da marcha nupcial que tocava lá dentro. Este é o dia que mais sonhei e planejei, o dia em que minha vidas seria entrelaçada com um homem. A expectativa e a emoção no ar são palpáveis, e a sensação de amor e união me envolve como um abraço caloroso.

À medida que as portas da igreja se abrem lentamente, nossos olhares se encontram mais uma vez, e caminhamos juntos em direção ao meu futuro marido,

A igreja está lotada, mas não conheço ninguém, já que vivi presa. Mas, sou simpática, e vou cumprimentando a todos com um sorriso.

Mas, quando eu chego no altar, que eu vejo aquele homem, eu nem posso acreditar. Enquanto caminhava lentamente em direção ao altar, meus passos eram leves como plumas, mas meu coração batia tão forte que eu podia senti-lo ecoar em meus ouvidos. A visão do homem alto, com a pele branca e cabelos castanhs, esperando por mim, me fez sorrir internamente e sentir uma onda de emoção invadir todo o meu ser.

Seus olhos fixos em mim eram como faróis que me guiavam em direção ao nosso futuro juntos. Eu podia ver surpresa em seu olhar, e meu coração se encheu de gratidão por tê-lo encontrado.

Cada passo que eu dava era um passo em direção à vida que vamos construir juntos, e eu não poderia estar mais feliz. Quando finalmente cheguei ao altar e seus olhos encontraram os meus, soube que estava no lugar certo, ao lado do homem que escolhi para ser meu parceiro para toda a eternidade.

Seus olhos surpreso me deixou nervosa, pensando que ele não me aceitaria, mas, ele disse sim, com uma certa dificuldade, mas disse sim serei a mulher mais feliz ao lado dele.

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Comments

Jefferson Ferreira

Jefferson Ferreira

na foto ela parece tão fofa e muito bonita por sinal.... ela têm que emagrecer? têm sim, mas pela saúde em questão da idade e tudo nunca ppor causa de um macho escroto e mimado.

2025-01-12

0

Kevellyn Pinardi

Kevellyn Pinardi

eu acho que ela precisava de apoio psicológico e emocional no começo em os pais morreram não um isolamento em um internato

2025-01-23

0

Carolaine Teixeira

Carolaine Teixeira

lendo agora chorei e tudo o que ela sentiu eu senti cara e o horrível e uma sensação terrível 😭😭

2024-12-20

0

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