capítulo 7

Dois meses de casados, e eu a evitava todas as vezes que ela se deitava comigo na cama. Eu fingia estar com dor de cabeça, fingia estar dormindo ou então só ia para a cama depois de ter certeza de que ela já estava dormindo. Sair com ela, estava fora de questão.

Eu já estava ao ponto de falar com ela, para que tentasse uma academia, ou um nutricionista, pois o coração bom ela tem, mas não tem nenhum tipo de vaidade.

Acho que a única vez que ela ficou cuidada foi no dia do nosso casamento. Agora, ela veste o que cabe nela. Por diversas vezes, eu pegava suas calcinhas dentro da gaveta, e pareciam uma rede de balançar, de tão grandes que eram. Uma só delas caberia todas as mulheres dessa família.

A única coisa que me mantem longe disso tudo é a máfia. Por mim, eu dormiria e acordaria lá dentro, sem me preocupar. Apesar de ela estar bem calma agora, sei que essa calmaria não vai durar muito tempo, pois sempre tem uns que tentam a todo custo derrubar os Belmont. E eu estou agora no poder e tenho que evitar esse tipo de coisa.

Tem a empresa também. Meu pai, mesmo não querendo, a manteve em pé e como me entregou a máfia, disse que dela ele cuidaria até eu ter responsabilidade suficiente para chefiá-la também.

Depois de um dia tranquilo na máfia, o irmão da Ivy aparece e diz querer conversar comigo sobre as máfias. Permito a sua entrada na minha sala e assim que ele entra, já vem se sentando.

— Lucas, temos um problema.

— E o que seria? — falo colocando meus cotovelos sobre a minha mesa, esperando pelo favor que ele irá pedir.

— Lucas, estou na pista de quem matou os meus pais, mas sempre que eu chego na reta final, eles somem, evaporam. Eu não sei mais o que fazer, eu preciso me vingar dos meus pais, ou nem a minha máfia ficará segura, e nem a Ivy.

— Como assim? Porque eles pegariam a sua irmã?

— Porque a briga toda foi por causa dela, Lucas. Eles foram até a nossa casa e tentaram um acordo com o meu pai. Como só tinha a Ivy de mulher na família, eles queriam fazer um acordo de que, quando ela se tornasse adulta, levariam-na para se casar com o filho deles para juntar as máfias. Mas, os meus pais negaram, pois tinham a Ivy como uma preciosidade, uma pedra preciosa intocável, e ela só se casaria com quem ela quisesse.

— E por que você a colocou para fazer aliança com meus pais? — pergunto curioso, já que ele não deu opção para a irmã dele.

— Porque eu sei que vocês protegem a família, e esse foi o único jeito de mantê-la segura. Tudo que eu tenho feito até agora com ela, foi pela segurança dela.

Ele fala bem exaltado, com um peso nas palavras, mas se ele queria ela tão segura, por que a enfiou dentro de um internato, e não mais segura entre a máfia?

— Vou ver o que eu posso fazer, não se preocupe. Nossa máfia está aliada, problemas na sua são problemas nossos também. Vou conseguir isso para você, pode deixar.

Ele concorda com um aceno e se levanta para ir embora. Verifico o relógio e percebo que já está bem tarde, e preciso voltar para casa. Mesmo contrariado, levanto-me e também saio.

Ao chegar em casa, uma música romântica está tocando ao fundo. Velas e incensos estão espalhados pela casa, criando um ambiente totalmente romântico. Coloco meu paletó sobre o sofá e sigo para o quarto.

Ao abrir a porta, me deparo com a cama e o chão cobertos de pétalas vermelhas, um cenário lindo para um casal apaixonado. Ela sai do banheiro vestindo lingerie, com um sorriso envergonhado. Passo os olhos pelo seu corpo, e uma sensação de desconforto cresce dentro de mim.

Principalmente por não conseguir ver a peça, pois a sua gordura está tampando o pequeno pano que ela veste. Isso é tão chato, pois eu não a quero, eu não a desejo, por que ela insiste tanto?

— Boa noite, meu amor. — "Meu amor", uma frase tão pesada, eu queria sentir isso por ela, assim minha vida teria menos problemas. Estou há dias tentando me aliviar sozinho no banheiro, pois não posso nem arrumar alguém para me satisfazer.

Ela se aproxima de mim. Eu fecho os olhos e seu perfume é doce e agradável, mas só me faz imaginar outra mulher em seu lugar.

Quando eu abro os olhos, todo o romantismo desaparece. Ela se prepara para me beijar, e quando tento recuar, a campainha toca. Olho para ela e sorrio, pedindo para que se vista, pois podem ser meus pais.

Ela sai correndo para o banheiro toda atrapalhada, e eu vou atender a porta, já que os empregados não estão em casa hoje. Assim que eu abro a porta, meus amigos entram.

— Viemos comemorar o aniversário do Júlio e decidimos convidar você também.

Não penso duas vezes e os acompanho. Vamos diretamente para um bar, pois todos nós somos da máfia e esta é apenas uma reunião social entre amigos, já que todos somos casados.

— Cara, desculpa por falar isso, mas como você arrumou aquela mulher? — Meu celular toca e vejo que é Ivy. Recuso a chamada deslizando a tela para cima, e volto a colocar o celular no bolso.

— Não fui eu quem a escolhi, meu pai inventou essa história de casamento para ter a mafia. Não faço ideia de onde ele encontrou essa mulher.

— Cara, coloca ela em uma academia, ou vai viver a vida toda com uma baleia ao seu lado?

Começo a beber e desabafo com meus amigos sobre meus sentimentos. Com eles, consigo me abrir e falo sobre o dia em que ela entrou no chuveiro enquanto eu estava tomando banho. Meu banheiro não é pequeno, mas com ela lá dentro, eu estava sendo pressionado entre suas gorduras e o box do chuveiro.

— Fora que, nesses dois meses minha mão é a minha esposa, pois é a única que me faz gözär. Para a minha primeira vês com ela eu tive que imaginar uma loira, peituda, gostosa pra karalho, tipo uma puta de uma modelo de filme pornô, mas minha mão ao sentir os peito que pareciam uma montanha sem fim, e ao invés de deslizar por uma planície lisa até chegar na entrada da terra prometida, o que encontro são mais vários montes, com ondas gigantes no meio do caminho, eu nem consegui gözär, parei antes porque não estava dando.

Todos riem, pelo menos minha vida caótica está fazendo alguém sorrir. Ficamos a noite toda bebendo, Ivy não me liga mais, acho que ela entendeu que eu não quero falar com ela.

Depois que todos estão bêbados, decidimos ir embora. Entro no meu carro e pego o celular para colocá-lo no painel, e é aí que percebo que, em vez de desligar o celular, acabei atendendo a ligação. Tenho certeza de que ela ouviu toda a conversa...

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Comments

Jefferson Ferreira

Jefferson Ferreira

vontade da uns soco na cara desse moleque inconsequente e só para quando ele virá um homem de valor. Mas to contando com a Ivi para da uma lição nele.

2025-01-12

0

Joelma Portela

Joelma Portela

cada vez mais estou decepcionada com o Lucas.
tenho certeza que esse "" amigo" vao aprontar para alguma coisa para o Lucas

2025-02-24

0

Joelma Portela

Joelma Portela

babaca ,
😡😡😡😡😡😡😡😡

2025-02-24

0

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