...JHON COLLINS...
Após Esmeralda sair da piscina, encontro Ferdinanda novamente, e aquilo é um verdadeiro teste para minha paciência. Essa mulher tem o dom de aparecer nos momentos mais inoportunos. Eu já estava de mau humor por vê-la interagindo tão à vontade com outro homem, como se aquilo não fosse nada demais. Uma parte de mim se sente traída, mas rapidamente afasto esse pensamento. Afinal, nosso casamento é apenas um contrato, não é?
Deixo Ferdinanda falando sozinha e subo para o quarto. Ao entrar, percebo que Esmeralda está no banheiro. Aproveito o momento para mandar uma mensagem à minha mãe, avisando que retornarei amanhã a Nova York e pedindo que finalize os preparativos para a nossa casa.
Assim que Esmeralda sai do banheiro, já arrumada, pergunto casualmente:
— Vai sair?
Ela me responde que pretende tomar um sorvete. Não faço nenhuma objeção, mas a observo atentamente enquanto ela se prepara para sair.
— Hum... não fique até tarde na rua — digo num tom firme.
— Só vou tomar sorvete. Quer vir? — pergunta ela, me surpreendendo. O convite parece genuíno, mas eu apenas a encaro por um momento sem responder.
— Tudo bem, vou aceitar essa encarada como um "não". — Ela revira os olhos e sai, sem olhar para trás.
Fico no quarto, tentando me distrair com um livro, mas algo me incomoda. Esmeralda não é uma mulher previsível, e isso me deixa inquieto.
No bar
Já é tarde, e Esmeralda ainda não voltou. Meu desconforto se transforma em irritação, e decido verificar onde ela está. Mando uma mensagem para Bill, que rapidamente responde informando sua localização. Ele também menciona que Ferdinanda está com ela. Isso me faz levantar imediatamente.
Troco a calça de moletom por algo mais apresentável, pego as chaves do carro e desço acompanhado de três seguranças. Sempre ando com proteção, não apenas por causa de possíveis ameaças, mas agora também por Esmeralda. Nosso casamento pode ser um acordo, mas a segurança dela também é minha responsabilidade.
Chegando ao bar, a visão de Esmeralda bebendo e conversando com Ferdinanda faz minha raiva crescer. Ela havia dito que sairia apenas para tomar um sorvete. Tento manter a calma, mas as circunstâncias testam meus limites.
— Pensei que fosse só tomar sorvete — digo ao me aproximar, meu tom frio e controlado.
Esmeralda, no entanto, não se deixa intimidar. Com seu jeito atrevido, responde:
— Pessoas mudam de ideia.
A audácia dela me desarma por um momento, mas antes que eu diga algo, Ferdinanda decide se intrometer, insinuando que sou agressivo.
— Isso não é da sua conta! — rebato de forma incisiva, e percebo o desconforto nos olhos de Esmeralda.
Ela assume o controle da situação e, para minha surpresa, entende rapidamente a conexão entre Ferdinanda e eu. Sua percepção me desconcerta, mas antes que possa explicar, ela segura minha mão e me puxa para fora.
— Você estragou minha noite — diz ela enquanto caminhamos de volta para a pousada.
No quarto da pousada
Assim que entramos no quarto, percebo que Esmeralda está visivelmente irritada. Tento iniciar uma conversa, mas ela me ignora completamente. Quando finalmente decide falar, suas palavras são afiadas.
— Jhon, você realmente conseguiu se superar hoje. Não só me constrangeu na frente de uma mulher que claramente quer acabar com o meu casamento, como também me tratou como se fosse uma criança.
— Eu não queria constrangê-la, Esmeralda — digo, mantendo a calma. — Eu fui até lá para vê-la, mas quando soube que Ferdinanda estava com você, perdi a paciência.
Ela cruza os braços, me olhando com ceticismo.
— Você tem um talento especial para piorar as coisas. E, só para constar, não me importo com seus casos ou com quem você se relaciona. Mas não me envolva nisso.
Seus olhos mostram uma honestidade que me faz refletir. Não costumo ouvir críticas sem reagir, mas algo nela me desarma.
— Tem razão. Peço desculpas. Isso não vai se repetir.
Após dizer isso, vou ao banheiro tomar um banho, tentando colocar meus pensamentos em ordem.
Um momento inesperado
Quando saio do banheiro, noto que Esmeralda está tentando me evitar. Estou apenas com uma toalha, e percebo que ela me lança olhares furtivos. Resolvo provocá-la.
— Não vai vestir algo? — pergunta ela, visivelmente desconfortável.
— Está calor, e estou de cueca. Não precisa se preocupar.
— Claro que sim! — retruca ela, cruzando os braços.
— Se não acredita, posso mostrar — digo, provocativo. Faço menção de levantar a toalha, mas, num impulso, ela vem até mim para impedir.
O que acontece a seguir é inesperado. Ela tropeça e acaba caindo sobre mim. Por um momento, ficamos assim, próximos demais. Seu rosto está a poucos centímetros do meu, e sinto o calor de sua respiração.
Seguro delicadamente sua nuca, hesitando por um breve segundo antes de aproximar meus lábios dos dela. O beijo é intenso, mas curto. Para minha surpresa, ela retribui, embora logo se afaste, visivelmente confusa.
— Desculpe — digo, arrependido, embora não consiga ignorar o quanto gostei do momento.
Ela não responde. Apenas pega uma toalha e se tranca no banheiro, deixando-me sozinho com meus pensamentos.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Josy Borges
na narração dela ele se vira e dorme, na dele teve beijo. Não entendi nada q embaraçoso
2025-03-26
6
Lucia Sousa
Marilda ele já está só não se deu conta kkk o amor está no ar
2025-03-19
0
Marilda Visona
ela é dura na queda, vai fazer ele ficar caidinho por ela
2025-03-12
3