Ao entrar em casa...
Ao entrar em casa, dou comida para o meu cachorro e vou para o meu quarto tomar um banho. Preciso fazer algumas lives. Havia até esquecido que tinha um canal no TikTok. Após terminar tudo, preparo-me para descansar um pouco. Andei demais hoje. Porém, antes de deitar na cama, recebo uma ligação de um número desconhecido. Deve ser outro louco.
— Hello! Quem gostaria de falar? — Nossa! Meu inglês está mara.
A voz daquele homem ecoa nos meus ouvidos. E, cara, ele tem uma voz muito sexy.
— Será que a senhorita poderia dar-me um pouco do seu tempo? — Ele fala educadamente. — Se a senhorita não quiser encontrar-se comigo, podemos conversar por telefone.
Parece até outra pessoa. Mas, como sou educada, resolvi dar atenção.
— Ok, mas se tentar me comprar, vou desligar. — Ele responde com um som abafado na garganta.
Agora, parando para pensar: como ele conseguiu o meu número? E como ele sabe que minha mãe está doente? Será que está me seguindo?
— Serei breve. — Bocejo, mas continuo ouvindo. — Gostaria de fazer um contrato com a senhorita. Se aceitar, pagarei todos os medicamentos e tratamentos da sua mãe.
Meu coração acelera, e meus olhos chegam a brilhar. Mas a pergunta é: qual seria esse contrato e por que eu?
— E qual seria esse contrato? Por que eu? O que o senhor ganha com isso? — Pergunto várias coisas, e, quando ele ia responder, minha mãe bate na porta.
— Moço, irei ao seu encontro. Até mais ver. — Desligo o celular e corro para abrir a porta para minha mãe.
— Filha, você não vai tomar café? — Ela tosse sangue e limpa a boca.
Olho para ela, mas fico pensando no que aquele homem disse. Se for algo ao meu alcance, farei de tudo para conseguir. Ela entra no meu quarto e se senta na cama. Sento-me ao seu lado.
— Não estou com fome. — Dou um sorriso gentil. — Mãe, amanhã vou sair para resolver algo, e, se tudo der certo, pagarei seus remédios e tratamentos para o câncer.
Ela me olha, desconfiada.
— Assim, do nada? Filha, você não vai fazer nada errado, né? — Ela pergunta com um semblante sério.
— Claro que não, mãe. Jamais faria algo errado. Só vou descobrir amanhã, e, se der certo, conto para a senhora. — Digo seriamente. — Não se preocupe.
— Ok. Mas, se for algo errado, não faça, mesmo que eu esteja para morrer. — Apenas a abraço, e ela passa a mão nos meus cabelos.
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No dia seguinte
Agora são seis e meia da manhã, e já me levantei. Vou ao banheiro fazer minha higiene e me vestir. Não quero me atrasar, pois depois irei ao mercado comprar alguns suprimentos. Minha mãe vai me esperar para irmos juntas.
Desço as escadas rapidamente e vejo meu cachorro deitado no sofá. Claro que não resisto aos seus encantos e o encho de beijos. Mas não muito, pois não quero ficar cheirando a cachorro.
— Bom dia, mãe. — Dou um beijo em sua testa e me sento à mesa para tomar aquele café de lei.
— Bom dia, minha querida. — Ela sorri meigamente. — Você já vai sair? — Pergunta, um pouco preocupada.
— Sim, mas volto logo. Não se preocupe. — Levanto-me assim que termino. Dou mais um beijo em sua testa e saio rapidamente. Coloco uma bala na boca para não ficar com bafo.
Quando estou saindo de casa, um carro preto para na frente. Um homem de óculos escuros e terno preto desce do carro. Fico em alerta. Vai que é algum vigarista que rouba órgãos? Ou um assassino? Fico cismada, mas continuo andando. Quando tento desviar, ele me para e fala algumas coisas.
— Senhorita Salles, venha comigo. Meu patrão mandou buscá-la. — Ele aponta para a porta do carro, que já estava aberta.
No começo hesitei, mas depois aceitei. Nossa! Esse homem deve ser bem rico. Não consigo evitar um sorriso de diversão. Entro no carro e me aconchego.
Após passar por vários lugares e prédios enormes, chegamos à empresa Palace-Collins. Olho ao redor e vejo muitos seguranças. Assim que o carro para, o motorista abre a porta para mim. Ah, esqueci de dizer, mas fiz amizade com ele.
— Obrigada, Sr. Patrick. — Dou um sorriso e entro na empresa. Todos me olham estranho, mas não dizem nada.
Uma funcionária se aproxima e pergunta o que desejo.
— Gostaria de falar com o chefe. — Ela abre um sorriso debochado, e eu a olho de cima a baixo. — Está me achando com cara de otária ou o quê? — Pergunto, e ela me olha com nojo.
— Como se chama? A senhorita precisa ter horário marcado. — Ela pergunta, e eu bocejo.
— Esmeralda Salles. Foi seu chefe quem me chamou aqui. — Respondo calmamente, e ela dá uma risada alta.
— Desculpe-me, mas seu nome não está na lista. — Diz, com sarcasmo. Respiro fundo e apenas digo "ok". Não quero perder meu tempo com essa cobra seca.
Caminho até a grande porta, mas acabo esbarrando em alguém.
— Aí! O senhor não olha por onde anda? — Digo, irritada.
— Como ousa falar assim com o chefe? — Um segurança pergunta, arrogante. Ele segura meu braço com força, e o chefe dele apenas observa.
— O senhor está me machucando. — Tento ficar calma.
Por um momento, lembrei-me de quando treinava taekwondo, antes de sofrer a lesão que me impediu de continuar. O homem aperta meu braço com mais força. Quando ia socar a cara dele, o chefe dele interfere, impedindo-o de me machucar.
— Pensei que iria apertar mais. — Debocho e saio andando.
O chefe me para. Parece que todo mundo quer agarrar meu braço.
— A senhorita se chama Esmeralda Salles? — Ele pergunta, curioso, como se já tivesse me visto antes.
— Sim, sou eu. Vim ao seu encontro. — Respondo, olhando-o de cima a baixo.
Ele aponta para o elevador. Passo na frente, e ele me segue. Talvez isso fosse um novo começo. Ou poderia ser a minha ruína...
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Erika Batista
Ele tá bom de conversar com esses seguranças, a não ser que ele seja da laia deles, sair segurando uma mulher de qualquer jeito. Sendo que ela nem apresentou uma ameaça de fato a se preocupar.
2025-03-12
7
Benedita Nascimento
eu tô adorando a esmeralda amando a história tbm
2025-03-03
1
iranete teofilo
Eita mulher porreta. amando a história autora. Continue assim.
2025-03-07
0