CAPÍTULO 6

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^^^Esmeralda Salles^^^

Acordo sobressaltada, mesmo não havendo motivo. Sou um pouco paranoica, mas dentro do limite aceitável. Não consigo evitar um sorriso ao pensar nisso. Olho para o lado e vejo que as crianças ainda estão dormindo. Levanto-me com cuidado e vou preparar algo para elas tomarem café. Daqui a uma hora, a dona Talia estará de volta, e quero deixá-las bem alimentadas.

Pouco depois, as crianças acordam e correm até mim, pulando no meu colo. Dou um beijo em cada uma e, com um tom gentil, digo:

— Agora, vão lavar os rostos e venham tomar o café, ok?

Elas obedecem, e, após tomarem o café da manhã, sento-me no sofá para esperar a dona Talia chegar. A casa já está arrumada, então não há muito o que fazer.

Logo ouço a porta se abrir.

— Cheguei! — Diz ela, entrando na sala.

As crianças correm para abraçá-la, e eu apenas sorrio. Depois que ela se acomoda, pede para eu esperar enquanto toma um banho rápido. Assim que retorna, senta-se ao meu lado no sofá, e começamos a conversar sobre como foi o dia com as crianças.

— Elas foram agitadas, mas adoráveis, como sempre. — Digo com um sorriso, enquanto ela me escuta atentamente.

Depois da conversa, a dona Talia me paga pelo dia e agradece. Antes de sair, dou um abraço nas crianças, que começam a chorar, implorando para eu voltar.

— Prometo que virei outra vez, mas vocês precisam se comportar, combinado? — Digo, tentando acalmá-las.

Dona Talia sorri, satisfeita ao ver como os filhos gostam de mim. Despeço-me e volto para casa.

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Voltando para casa

Ao chegar, sinto o cansaço tomar conta de mim. Cuidar de crianças exige energia e criatividade. Passo pela sala e vejo minha mãe no telefone, provavelmente falando sobre algum jogo. Ela sempre gostou disso. Vou direto para o meu quarto, onde tomo uma ducha relaxante. Depois, decido ligar para o Sr. John Collins para falar sobre o contrato.

— Alô, residência dos Collins. — Atende uma mulher com voz educada.

— Boa noite. Aqui é Esmeralda Salles. Gostaria de falar com o Sr. John Collins, por favor.

— O Sr. Collins está ocupado no momento, mas assim que possível pedirei que ele retorne sua ligação. — Responde ela, educadamente.

— Muito obrigada. Boa noite. — Encerramos a chamada.

Bocejo enquanto me jogo na cama, sentindo o corpo relaxar. Um sorriso de satisfação escapa enquanto fecho os olhos. No entanto, antes de adormecer, minha mãe entra no quarto.

— Mãe? Aconteceu alguma coisa? — Pergunto ao vê-la sentar-se ao meu lado.

Ela sorri levemente.

— Filha, você aceitou o contrato ou decidiu deixar isso para lá? Eu só quero que seja feliz. Não precisa fazer isso por minha causa. — Disse, com uma preocupação evidente na voz.

Respiro fundo antes de responder, tentando tranquilizá-la.

— Mãe, já tomei minha decisão. Aceitei a proposta, mas será algo temporário. Assim que possível, vou me casar com aquele homem para conseguir o dinheiro necessário para o seu tratamento. Sei que a senhora quer a minha felicidade, mas ela não terá sentido sem você ao meu lado. Então, por favor, confie em mim. — Disse, beijando sua testa.

Ela suspirou profundamente e deixou o quarto, sem dizer mais nada.

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Uma ligação inesperada

Estava prestes a dormir quando o telefone tocou. Revirei os olhos, frustrada, mas atendi.

— Alô? — Disse, tentando parecer calma.

— Srta. Salles? O Sr. Collins deseja falar com você. — Informou a mesma mulher de antes. Esperei por alguns segundos até que ele assumiu a linha.

— Boa noite, Srta. Salles. Peço desculpas por não atendê-la mais cedo. Estava ocupado. Vamos direto ao ponto: por que mudou de ideia? Está realmente disposta a se casar comigo ou está apenas blefando? — Perguntou ele, com um tom direto e arrogante.

Respirei fundo, controlando meu tom de voz.

— Não estou blefando, Sr. Collins. Aceitei a proposta exclusivamente para cuidar da saúde da minha mãe. Nada mais. Porém, se isso for um problema, posso desligar agora mesmo e fingir que essa conversa nunca aconteceu. — Respondi, mantendo a calma.

Houve uma breve pausa antes de ele responder.

— Muito bem. A senhorita será minha esposa daqui a um mês. Antes disso, precisamos nos encontrar novamente daqui a três dias na minha empresa. Vou falar com meu advogado para resolver as pendências. Assim que nos casarmos, você virá morar comigo e desempenhará o papel de uma esposa amorosa e gentil na frente de todos. Estamos entendidos? — Disse ele, com um tom firme, mas controlado.

— Sim, entendi. — Respondi, de forma breve e objetiva.

Ele encerrou a ligação logo em seguida.

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Reflexões

Após desligar o telefone, ajeitei-me na cama, pensando em tudo o que tinha acabado de acontecer. Não gosto do tom arrogante dele, mas isso pouco importa. O que realmente importa é que esse contrato poderá dar à minha mãe o tratamento necessário.

Fechei os olhos, tentando esquecer por um momento as preocupações do futuro. O dia seguinte seria longo, e eu precisava descansar.

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Comments

Ana Lúcia De Oliveira

Ana Lúcia De Oliveira

gosto muito do comportamento dela, não vi nada de vulgar em suas atitudes,pelo contrário demonstrou claramente que aceitou a proposta para salvar a mãe e nada mais

2025-03-09

16

Edivania Gomes

Edivania Gomes

só espero qie essa história seja diferente qie ela não se apaixone logo de cara por ele

2025-03-21

0

Pra Elaine Maria

Pra Elaine Maria

eu não acho sem educação nem vulgar,a acho firme no que quer . ele sim parece prepotente e autoritário,isso ninguém fala ,se ela for boazinha vai se ferrar.

2025-03-03

4

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